CAPÍTULO I TITULO : A AUTOAVALIAÇAO COMO FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO DE AÇOES NO TERRITORIO
ESPECIALIZANDO : ROBERTO LAZARO SANCHEZ GONZALEZ
ORIENTADOR : MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES : EQUIPE DE SAUDE DA UNIDADE BASICA SEBASTIAO FERREIRA DE OLIVEIRA .
A saúde familiar é muito importante para o mundo pois pretende ver o indivíduo de forma geral e inserido no contexto da família, por isso a maioria dos países dedicam esforços para melhorar a atenção e o cuidado no âmbito do núcleo familiar. No Brasil não é diferente do resto do mundo e nessa perspectiva foram criadas algumas ferramentas de avaliação que possam mensurar como se dá o acesso aos serviços e a qualidade da atenção prestada pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) por ser um modelo de atenção adotado por grande parte dos municípios na tentativa de organizar a atenção Primária à Saúde(APS). Nessa direção, foi elaborado um manual de Auto avaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ-AB). O (AMAQ) é um instrumento avaliativo de grande importância criado com o fim de orientar e apresentar possibilidades de enfrentamento de situações problemas identificadas por parte das equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS).Com base no AMAQ da de toda a equipe decidi realizar minha micro intervenção em este tema.
Para realizar nossa microintervenção foi preciso primeiramente realizar uma reunião com todos os profissionais da unidade de saúde com o objetivo de organizar o trabalho em equipe. Nesta reunião, decidimos dividir o trabalho em três grandes momentos a saber: um primeiro momento a partir da observação do processo de trabalho cotidiano a a equipe coletou algumas informação consideradas importantes; um segundo momento foi realizado entrevistas com usuários, a fim de se obter dados mais compatíveis com a realidade do serviço e por último, a equipe se reuniu para em conjunto realizar a matriz de intervenção. Em seguida como colocados em pauta de discussão o monitoramento dos indicadores norteados a partir do Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade (PMAQ) e desse modo, foram criados os instrumentos para monitorar os indicadores de saúde do serviço.
Com base na coleta de informações realizada pela equipe no primeiro momento já descrito foi realizado uma autoavaliação da dimensão Unidade Básica de Saúde a qual se realizou passo a passo por suas subdimensões. Foi na subdimensão Infraestrutura e Equipamentos que se encontraram os principais problema da UBS local devido a falta de materiais e equipamentos necessários para atendimento de emergência, de vital importância numa unidade de saúde. Ao avaliar a disponibilidade dos medicamentos necessários para o atendimento de uma emergência médica, também foi constatado outra grande dificuldade, pois além dos medicamentos, não havia equipamentos de suporte à vida, fato que incomodava toda equipe, principalmente o profissional médico, uma vez que comprometia seu processo de trabalho diante uma intercorrência que colocasse em risco a vida de pacientes.
Com relação a organização do processo de trabalho e atenção integral, a equipe encontrou grandes dificuldades no acolhimento e planificação de consultas a grupos especiais, uma vez que ficamos na UBS a maior tempo e dia da terça-feira é destinado ao atendimento em um sítio na zona rural, onde a demanda espontânea é muito maior que a demanda planejada o que ocasiona conflitos pois há busca por atendimento médico é bem superior ao planejado. Fato esse que compromete as visitas domiciliares dificultando o acesso aos acamados uma vez que a a equipe tem que aproveitar esse dia para realizar varias atividades. Diante dessa realidade a equipe compreendeu que a falta de recursos de nossa UBS compromete a qualidade da atenção básica prestada à comunidade local.É que momentos de reunião é importante para que se possa buscar soluções passíveis de transformar a realidade.
Na segunda parte de nossa autoavaliação foram entrevistados uma parcela representativa da população de nosso território, composto por todos grupos etários e grupos especiais como pacientes com doenças crônicas, idosos, grávidas, adolescentes, incapacitados e pacientes com Infecções transmissíveis na perspectiva de identificar qual a percepção dos usuários e o nível de satisfação com a assistência prestada.Nesse sentido, foram identificados como principais problemas produto destas entrevista a falta de canais de comunicação permanente com os usuários ,sobretudo, a não participação de um líder comunitário nas reuniões da equipe para transmitir os problemas que afetam a comunidade.Apesar das fragilidades identificadas a equipe recebeu o reconhecimento por parte da população pelo trabalho realizado o que foi muito gratificante.
Como potencialidade advinda da microintervenção destaca-se o importância de conhecer o pensar e sentir da população com relação ao atendimento. Por último foi realizada outra reunião com o objetivo de se elaborar uma matriz de intervenção com base nos principais problemas seguindo a ordem de importância, a disponibilidades dos recursos e o grau de governabilidade para enfrentamento.Foi possível ampliar o olhar e compreender os problemas que enfrentávamos no cotidiano do trabalho, fortalecendo os vínculos e estreitando os laços para que possamos de fato realizar o trabalho em equipe. Com esta autoavaliação esperamos obter uma melhoria satisfatória do acesso e qualidade de atenção no território, procurando sempre que possível dar uma resposta a maioria dos problemas identificados e com isto melhorar a saúde pessoal e familiar. Na segunda etapa da micro intervenção foram criados os instrumentos para o seguimento e controle dos indicadores estudados os quais permitem a nossa equipe ter o conhecimento da quantidade de atendimentos espontâneos, programados, de emergência, aos pacientes com doenças crônicas, encaminhamentos, doenças transmissível, gestantes, puericultura entre outros.
Espera-se que esse processo de problematização da realidade contribua para ampliar as estratégias de superação e enfrentamento das situações identificadas em prol da satisfação do usuário, nossa principal missão enquanto profissionais de saúde.
Ponto(s)