RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: PLANO DE AÇÃO PARA REDUÇÃO DO RISCO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ
ESPECIALIZANDO: RAUL MANUEL DURAN VERDECIA
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
Com este trabalho, eu quero lê fazer refletir sobre os riscos das Doenças de Transmissão Sexual na Gravidez, especificamente a Sífilis. Na reunião realizada pela minha Equipe de Saúde foi encontrado que nos últimos doze meses, um aumento no número de casos diagnosticados com sífilis em mulheres gravidas, e com maior prevalência na idade entre 17 a 28 anos, com baixo nível de escolaridade, baixos níveis de renda e condições higiênicas precárias, além disso com pouco conhecimento sobre o uso da camisinha ou tabu quanto ao uso da mesma.
Minha equipe está composta por Enfermeira, Médico, Técnica de Enfermagem e oito Agentes Comunitários de Saúde. Prestamos o nosso serviço de saúde em oito povoados do município Indiaroba, Estado de Sergipe, com centro de referência no povoado Sitio Novo, e temos uma população total de 2276 pessoas e 241 famílias.
Como desafio para minha equipe de saúde, está a diminuição da infecção da sífilis na gestante e a redução dos casos de sífilis congênita, bem como as possíveis complicações e sequelas da infecção, aumentar os conhecimentos da população sobre a doença, e consciencializar a população sobre a importância das relações sexuais protegidas.
Segundo o Brasil (2006), a enfermidade teve um aumento de 20,9 % nas gestantes e de 19 % nos casos congênitos. Os estados com maior número de notificações são Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Sergipe, Santa Catarina, Matogrosso do Sul e Paraná.
Para uma melhor compreensão da doença temos que conhecer o que é Sífilis. A Sífilis é uma infecção pela bactéria Treponema Pallidium, e é transmitida principalmente pela via sexual. A Infecção pode apresentar várias manifestações clínicas e estágios (Sífilis primaria, secundaria, latente ou terciária, tardia e congénita), sendo nos estágios primário e secundário a maior possibilidade de transmissão. Os sintomas se manifestam entre 3 e 12 semanas após a infecção, começando com o aparecimento de uma ferida na região genital que não sangra e è indolor. Se não houver tratamento, o quadro pode avançar para outro estagio e afetar outros sistemas do organismo. O treponema tem a capacidade de atravessar a barreira placentária, infectando o feto, o que é então chamada de sífilis congênita. Os riscos que pode apresentar quanto a mãe como o feto é; abortamento precoces, tardios e trabalho de parto prematuros; baixo peso ao nascer; óbito fetal; malformações cerebrais (exemplo a microcefalia); surdez; cegueira; problemas nos ossos; síndrome nefrótica e edema; deformação do nariz, nos dentes, mandíbula e céu da boca; meningites e convulsões (RODRIGUES et al., 2004).
Tomado em consideração que a doença vai aumentando dia a dia, a minha equipe avaliou as principais dificuldades para a diminuição das infecções, como primeiro a equipe identificou o baixo nível de escolaridade, a pouca informação da população sobre os meios de proteção, promiscuidade, pouca acessibilidade aos meios de proteção, pouca informação sobre doenças de transmissão sexual e seus riscos para a saúde, o tabu sobre o uso da camisinha (perda da sensibilidade),pouca preparação dos profissionais de saúde sobre o tema, escassos recursos e locais para realizar palestras e atividades educativas, diagnostico tardio das infeções, a notificação ineficiente ou não notificação dos casos.
O plano de ação feito pela equipe para neste trabalho foi: a realização de palestras públicas sobre o tema; a superação acadêmica do profissional de saúde; a entrega de camisinha nos postos de saúde; fazer trabalho de grupo com gestantes e parceiros; avaliação mensal dos resultados; seguimento periódico das gestantes, parceiros e lactantes.
A equipe, no período de seis meses, espera aumentar os conhecimentos das gestantes e importância do uso da camisinha; diminuir os casos de infeção e aparição de problemas e complicações nas gestantes, nos fetos, recém-nascidos e lactantes; obter uma maior distribuição dos meios de proteção; obter uma maior preparação do profissional de saúde; incorporar e comprometer neste trabalho a Prefeitura, Secretaria de Saúde e equipe de saúde.
MATRIZ DE INTERVENÇÃO |
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Descrição do padrão: Riscos da Sífilis na Gravidez |
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Descrição da situação-problema para o alcance do padrão: Falta de conhecimento sobre a prevenção da infecçao por sífilis nas gestantes. |
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Objetivo/meta: Diminuir a incidência de sífilis, reduzir os casos de sifilis congênita, ampliar os conhecimentos gerais da população sobre a doença, evitar complicações na gravidez e para o recém nascido, causadas pela doença. |
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Estratégias para alcançar os objetivos /metas |
Atividades a serem desenvolvidas (detalhamento da execução) |
Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades |
Resultados esperados |
Responsáveis |
Prazos |
Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados |
Elevar os conhecimentos da populacao sobre a doenca.
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Realizar palestra na comunidade. Relizar atividades recreativas,de promocao e prevencao |
Local para as palestras. Recurso humano. Apoio da Secretaria de Saude (reursos materiais), confeccionar cartazes informativos.
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Que a população conheça a doença e como evitar a infecção
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Secretaria de saude. Medico. Enfermeira. Tecnico de enfermagen e ACS. |
6 meses |
Controle permanente das fichas de atendimento individual.
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Conscientizar sobre o uso dos meios de proteção (camisinha) |
_Distribuçao de camisinhas _Palestras na comunidade para demostrar o venefiço da protecçao. |
_Bom abastecimento de camisinhas (para homes e mulheres) |
Maior preocupação da comunidade por procurar se proteger. Disminuçao das infeçoes nas gestantes e populacão geral. |
Enfermeira. Medico. Técnico de enfermagem e ACS. Secretaria de Saude. |
6 meses |
Control na demanda dos meios de proteçao. |
Lograr controle periódico nas gestantes e parceiro |
Realização de testes rapidos nas gestantes e parceiros. Indicação de exames Sorológicos. __ |
Testes rápidos nos postos de saúde. Acessibilidade para a população os laboratórios. |
Detecção oportuna dos casos novos. Tratar oportunamente a doença.
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Secretaria de Saúde. Enfermeira. Medico. Secretaria de Saúde. |
6 meses |
Controle dos exames no cartao de gestante. Controle das estatísticas da área. |
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/AIDS. Diretrizes para controle da sífilis congênita: manual de bolso. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
RODRIGUES, C. S.; GUIMARÃES, M. D. C.; GRUPO NACIONAL DE ESTUDO SOBRE SÍFILIS CONGÊNITA. Positividade para sífilis em puérperas: ainda um desafio para o Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2004, v.16, n.3, p.168–75.
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