TÍTULO: ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO PARA MELHORAR O ATENDIMENTO AO PLANEJAMENTO REPRODUTIVO, PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO NA UBS DR° JOSÉ MEDEIROS, CAICÓ, RIO GRANDE DO NORTE.
ESPECIALIZANDO: YOSIEL OLIVA PÉREZ.
ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIEIRA DE MELO.
Umas das etapas mais importantes na vida de quase todas as pessoas, é o momento em que se decide a procriação, na qual o planejamento reprodutivo é uma ferramenta muito importante. Trabalhar com todos os aspectos que envolvem a gestação e sobretudo em bairros onde o nível cultural é muito baixo requer um maior esforço por parte de toda a equipe (BRASIL, 2013). A Atenção Básica à Saúde é a principal orientadora e facilitadora de um planejamento reprodutivo adequado e também tem como tarefa uma atenção pré-natal e puerperal adequada (BRASIL, 2005).
Tendo presente esses problemas de saúde e com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento ao Planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério, é que nossa Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. José Medeiros, no dia 04 de junho do presente ano, fez uma reunião. A reunião contou com a participação dos ACS, técnicos de enfermagem, enfermeiro, técnica em saúde bucal e médico. Neste encontro avaliamos as atividades que realizamos na UBS, com o propósito de melhorar a qualidade do atendimento ao planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério.
Para a identificação de deficiências em cada aspecto, a equipe foi questionada em vários aspectos chegando à conclusão que apesar do trabalho realizado até agora, ainda existiam fragilidades como: abordagem insuficiente à população sobre a necessidade de utilizar métodos contraceptivos básicos, ausência de Dispositivos Intrauterinos (DIU) para colocação na UBS, elevado número de gestantes adolescentes, déficit de atividades em grupos (jovens, gestantes, idosos) sobre saúde sexual e reprodutiva, insuficiência na busca ativa das novas gestantes na área, baixa cobertura de exames e indisponibilidade pelo SUS de outros exames necessários na gestação além de baixo índice de retorno das puérperas para consulta.
Uma vez achadas todas essas fragilidades é que a equipe se propõe fazer uma microintervenção educativa dirigida a pacientes em idade fértil, gestantes e puérperas, além dos funcionários da UBS. No dia 18 de junho do presente ano e no horário da tarde, na sala de reuniões da UBS, realizou-se uma palestra educativa dirigida pelo médico e o enfermeiro. Na palestra foram abordadas algumas das fragilidades encontradas na reunião da equipe.
Durante a microintervenção educativa toda a equipe sabia que alguns dos participantes teria baixo conhecimento sobre os temas abordados (planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério), e se trabalharmos sobre a população de abrangência e sobre todos os adolescentes conseguiremos baixar o índice de gestações na adolescência.
Para o desenvolvimento das atividades foram encontrados grandes desafios entres os quais estão os já mencionados anteriormente, além de conseguir uma ampla participação da população e que o conteúdo fora apropriado, tendo em conta as diferentes pautas culturais e nível educacional. Reconhecemos que ainda podem ser feitas várias ações encaminhada a melhorar essa intervenção, como: aumentar a frequência das atividades educativas, relatar por parte dos usuários suas vivências e reconhecimentos de erros para que sirva de guia a outros usuários e ampliar essa atividade às escolas.
Foram muitas as vivências positivas da equipe durante a microintervenção, tais como: poder trabalhar em equipe e poder levar à população participante conhecimentos que sirvam para melhorar sua qualidade de vida, aumento de usuários interessados na utilização de métodos anticoncepcionais após a microintervenção, comprometimento dos ACS para ampliar a pesquisa de novas gestantes que ainda não foram captadas e o mais importante que foi a gratidão dos usuários com a equipe por aplicar essa microintervenção. Além de vivências positivas, a equipe também enfrentou vivências negativas como: existência de elevado número de gestações na adolescência que poderiam ter sido evitadas com atividades como essas, baixo interesse das adolescentes por uso de métodos anticoncepcionais, além de baixo acesso aos exames e aos seus resultados em tempo oportuno.
Depois de refletir sobre a aplicação dessa microintervenção o autor evidencia que ainda a Atenção Primaria de Saúde tem muito trabalho pela frente. O município necessita melhorar a rede de serviços para a atenção obstétrica e neonatal, disponibilizar exames que são as vezes necessários para o estudo de pacientes com antecedentes de infertilidade, de forma geral, todavia é insuficiente o trabalho que se faz com direção a esses temas e que sem dúvida temos que fazer o maior esforço por melhorar.
REFERÊNCIAS