23 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

                     

                                                                                    Por um melhor crescimento e desenvolvimento na criança.

                                                                                               Especializando: Alicia Espinos Lòpez

                                                                                              Orientador: Cleyton César Souto Silva

           A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas. Os distúrbios que incidem nessa época são responsáveis por graves consequências para indivíduos e comunidades. Na área da Atenção Básica à Saúde, a Estratégia Saúde da Família, desde a sua criação, no ano de 1993, vem se consolidando como um dos eixos estruturantes do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de um movimento de expressiva expansão de cobertura populacional, aprimorando em muito o acesso da população às ações de saúde. (BRASIL, 2009)

           O novo padrão de crescimento infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma que todas as crianças em qualquer parte do mundo, que recebem o cuidado ideal, desde o inicio de suas vidas, tem o potencial de se desenvolver na mesma faixa de tamanhos e pesos. É claro que existem diferenças individuais entre as crianças, mas o nível regional e global de crescimento populacional é notavelmente similar. Por exemplo, criança na Índia, Noruega e no Brasil registram padrões de crescimento semelhantes se tiverem as condições para um crescimento saudável na primeira infância. O novo padrão mostra que diferença no crescimento da criança ate cinco anos depende mais da nutrição, das práticas de alimentação, do ambiente, dos cuidados de saúde, dos fatores genéticos e étnicos. (OMS, 2018)

           No Brasil, toda criança tem o direito de ser tratada na unidade básica de saúde, manter acompanhamento com o médico da área, e se tiver pediatra melhor. A equipe 0020 da UBS Igarapé da Fortaleza, no município Santana não deixa fora do entendimento nenhuma faixa etária e realiza puericultura utilizando os protocolos voltados para atenção á criança menor de dois anos. Na consulta é preenchida a caderneta segundo as recomendações do Ministério de saúde, exemplo a evolução, peso, altura, circunferência cefálica, torácica e abdominal, realizando um exame físico integral, focado no crescimento e desenvolvimento da criança, estado nutricional, e também são avaliando os reflexos que devem ter por mês de idade. Com todos os dados anteriores dá para perceber se a criança presenta alguma doença, má formação congênita, uma desnutrição proteico-calórica, ou não esta ganhando o peso adequado por semana nos primeiros dias de vida, e mensal.

           Também é avaliada a puérpera, as mamas e loqueos, e são realizadas várias perguntas, referente ao aleitamento, sempre enfatizando na importância do aleitamento exclusiva até 6 meses de idade, pois envolve um melhor  relacionamento entre mãe e filho, é o principal alimento que contém todos os nutrientes, vitaminas e minerais adequados para essa idade, nutrindo assim á criança, para que a mesma tenha menos risco de doenças infecciosas, já que o aleitamento contribui a melhorar a imunidade do ser humano, o desenvolvimento cognitivo, e fisiológico.

           Por tanto, as mãe são orientadas quanto alimentação, higiene das mamas, correta posição para amamentar o bebé e mudanças nas deposições (diarreias). Também são orientadas sobre o aleitamento materno complementar até dois anos de idade, a prevenção de infecções respiratórias, urinarias, e o esquema de alimentação, como ir incorporado alimentos naturais na dieta do bebé, assim como todos os cuidados geral na infância.

           São mantidos prontuários na unidade, para o acompanhamento da caderneta de saúde da criança. Importante dizer que como potencialidade, em nossa unidade se realizam teste da orelhinha, para a área de abrangência, e para o município todo, Também contamos com Pediatra. Teste do pezinho só no hospital daqui do município.

           Deve-se esclarecer que na área, sempre desde o pré-natal  é falada a importância de manter atualizado o esquema de vacina nas crianças, apesar de a UBS contar com sala de vacinas e profissionais que trabalham todos os dias de segunda a sexta feria, e que tem um sistema no computador onde anotam todos os dados e vacinas de cada paciente, existem mães e pais que não levam as crianças no dia previsto para a vacina, mas não é a maioria.

           Infelizmente é muito frequente consultar pacientes do interior  do município e até de outros estados pertos ao nosso, que chegam com o cartão de vacinas desatualizado, isso é uma desvantagem e desafio para nós como profissionais e para o sistema de saúde público.

          Diante desse problema, diversas atividades foram realizadas no município em geral, sendo divulgado através de mídias sociais como rádio, televisão, e jornal, aliás, banner colocados nas avenidas e em frente ás unidade com pontos de vacinas. Este trabalho já tem tempo de ser realizado, nem sempre é reconhecido pela população, mas a equipe tem que dar continuidade no dia a dia.

           A equipe tem realizado vária atividade na área de abrangência, focada no desenvolvimento e cuidados da criança até dois anos de vida como palestras sobre a higiene bucal, parasitismo intestinal, e outras sobre doenças identificas na área, mas neste momento se está realizando um trabalho mais voltado para a importância de manter atualizado o esquema de vacina que é um problema identificado há tempo, e ainda existem casos com vacinas atrasadas.

          Uma atividade das mais relevantes foi em uma escola perto da unidade onde fomos a vacinar todas as crianças contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) e vários estudantes não queriam ser vacinados, ou não levaram o cartão de vacina, imediatamente foi falado com os professores, e os pais como responsável foram convocados  para uma reunião sobre o tema, a qual foi realizada três dias despois. Ao decorrer de uma longa conversa todos compreenderam a importância  de manter o corpo imunizado, ter o cartão de vacinas, e aceitaram que seus filhos sejam vacinados. Isso foi uma conquista para nós como profissionais.

           Cada microintervenção é um desafio, neste período nossa equipe enfrentou como dificuldade que não conta com um cadastro atualizado de crianças até dois anos, até porque nem todos mantem acompanhamento pelo serviço público, e sempre tem pessoas que mudam de endereço sem avisar. Uma estratégia foi elaborada para resolver este problema, é que nas visitas domicilias a equipe irá solicitar e revisar o cartão de vacina de toda criança, embora não seja da área, aquele que estiver atrasado será encaminhado para UBS no ato.

           Dada às especificidades das famílias, diversos problemas podem acontecer como acidentes ou violência familiar, especialmente violência infantil. O Profissional tem toda a responsabilidade de notificar se aparecer algum caso. Também na unidade existe a equipe de NASF que conta com psicóloga para oferecer ajuda á criança ou familiares, e no município existem redes de ajuda, mas no momento não temos nenhum caso relatado ou notificado na área.

           Pensa-se que despois de todas as atividades que estão sendo realizada, e logo da campanha de vacinação contra o Sarampo, o número de crianças com o cartão de vacinação fora da data seja menor, aliás, que todos os membros da família fiquem cientes da importância da puericultura na criança, levar em tempo porque a unidade tem os profissionais para o atendimento da população.

 

  Referencias

-Nutrición para la Salud y el Desarrollo, sede de la OMS, Ginebra 2018

– Brasil. Ministério da saúde. Caderno de atenção básica (Saúde da criança, nutrição infantil). Ministério da saúde, Brasília 2009.

 

 

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