TITULO: A VACINAÇÃO NA ATENÇÃO Á SAÚDE DA CRIANÇA COMO UMA AÇÃO PRECONIZADA DO PMAQ NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA / UBS CENTRO.
ESPECIALIZANDO: DAYME TORRES ALBA .
ORIENTADOR: CLEYTON CEZAR SOUTO SILVA.
A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-segundo ano de vida de uma pessoa. É um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança – especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade. Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e na aquisição das bases de sua personalidade. (ARIES, 1981)
A Educação Infantil como etapa inicial da educação básica e é de extrema importância para o desenvolvimento das habilidades que possibilitarão a compreensão e interiorização do mundo humano pela criança, neste sentido é essencial trabalhar atividades operacionais, pois é a partir da interação com o meio, determinado por um ato intencional e dirigido do professor que a criança aprende (VYGOTSKY, 1998).
A consulta de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil ou puericultura, quando realizada no âmbito da Estratégia de Saúde da Família (ESF), funciona como uma ferramenta indispensável na construção do Sistema Único de Saúde, além de propor novas formas de relacionamento entre profissionais de Saúde e as crianças. Ela tem como objetivo acompanhar a progressão das crianças de forma global. A fim de possibilitar uma assistência integral e promover qualidade de vida. (Brasil 2005)
O Ministério da Saúde propôs, em 2005, um instrumento de avaliação formativa para a ESF, a Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia Saúde da Família (AMQ),focado na autoavaliação pelos principais atores envolvidos (gestores, gerentes e profissionais de saúde), e apresentando padrões de referência para a organização dos serviços, visando uma atividade-meio, que estimule o alcance da qualidade das ações na ESF. O instrumento valoriza, entre outras, as ações realizadas no âmbito da atenção à saúde da criança, com foco no incremento da qualidade dessas. Assim, o objetivo é verificar o grau de desenvolvimento das ações de atenção à saúde da criança nas equipes da Estratégia Saúde da Família. (BRASIL, 2005.)
Este é o assunto sobre o qual foi feita nossa reunião deste mês,encontro que acontece todos os meses para discutir os problemas enfrentados e encontrar soluções para estes, mas esta reunião foi para discutir um dos itens avaliados no PMAQ – Dimensão: Educação permanente , Processo de trabalho e atenção integral a saúde . Subdimensão L: Atenção Integral à Saúde , padrão 4.18 A equipe de Atenção Básica acompanha o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de 2 anos, usando como ferramenta um questionário sobre atenção as crianças, perguntas de sim ou não, onde todas as perguntas foram com respostas positivas.
Nossa a equipe realiza consultas de puericultura nas crianças de até 2 anos, consultas que são agendadas para todas as segundas-feiras, alcançando no primeiro ano pelo menos 7 consultas entre médico e enfermeiro, além de consulta com o pediatra da área e odontologista. São utilizados os protocolos para atenção das crianças, cada criança tem seu cartão ou cardeneta de saúde de acordo com o sexo, atualizado para um melhor acompanhamento, a equipe realiza busca ativa de crianças com baixo peso, prematuros, com consultas de puericultura e vacinação tardia , através de visitas domiciliares.
São realizadas ações de promoção da saúde sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, e introdução de alimentos e aleitamento materno continuado a partir dos 6 meses da crianças, sobre o cumprimento do calendário de vacinação no momento apropriado, sobre o estado nutricional, a implementação profilática de vitaminas, higiene, cuidados para evitar acidentes de qualquer natureza, além da importância da realização dos testes de triagem neonatal (teste do pezinho ,orelinha ,de olinho e coraçãozinho) .
Dentro de todas as ações de promoção que nossa equipe de saúde desenvolve como uma atividade com mais sucesso e exitosa é o cumprimento do calendário de vacinação no tempo preciso para 100% da população infantil. Procurando sempre que os pais compreendam a importância da vacinação. Para o qual uma ação voltada é realizada, através de uma palestra.
A vacinação infantil é a uma das maiores realizações da saúde pública. Graças à implantação bem-sucedida de programas de vacinação infantil, a incidência das doenças que podem ser evitadas pelas vacinas encontra-se hoje em seu nível mais baixo; sarampo e poliomielite já não se propagam mais nas Américas; e a morte de uma criança causada por uma doença que pode ser evitada pela vacina é uma ocorrência rara (CDC, 1999).
A vacinação é um serviço médico preventivo recomendado para praticamente todas as crianças do mundo. Embora os calendários de vacinação variem entre os países, todos eles estabelecem uma série de vacinas básicas para que as crianças cresçam e se desenvolvam, tornando-se adultos saudáveis (GUYER, SMITH, CHALK, 2000).
As vacinas são fundamentais para a saúde de nossos filhos. Quando vacinamos seu corpo, ele produz anticorpos contra os germes modificados que contém. Estes anticorpos irão protegê-los contra os germes reais que causam a doença, destruindo-os e impedindo-os de adoecer. Isso nos dá imunidade contra futuros encontros com o microrganismo agressor, que acionará novamente a produção de anticorpos de defesa.( PREVENTIVE MEDICINE, 2000)
Sem dúvida, a vacinação é uma das medidas mais eficazes para a prevenção de doenças. Atualmente, as vacinas mais utilizadas em todo o mundo são hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, Haemophilus influenzae tipo b, meningococo C, pneumococo, sarampo, rubéola, caxumba ou caxumba, catapora, papilomavírus humano, rotavírus, hepatite A e influenza.
É importante que os pais saibam quais são os sintomas que podem produzir as vacinas, explicando sempre que há mais benefícios do que problemas a serem enfrentados. A maioria das reações que podem ocorrer após a administração de uma vacina é leve e temporária.
As reações mais frequentes são: Perda de apetite; Vermelhidão e inchaço no ponto em que foi injetado, Febre leve. Todas essas reações geralmente desaparecem depois de dois ou três dias.No entanto, o conselho é que, se esses sintomas persistirem após a administração de uma vacina, é melhor entrar em contato com o pediatra ou com o profissional de saúde mais próximo. (NATIONAL VACCINE ADVISORY COMMITTEE,2003)
Como principal dificuldade foi encontrada, a falta de conhecimento das mães sobre o PNI (Programa Nacional de Imunização) e calendario vacinal das crianças.
Como potencialidade as mães se comprometeram a manter as vacinas de seus filhos atualizadas, de contar com todo o seu apoio e conscientização. Além disso, ao final da palestra , saíram conhecendo e sabendo a importância da vacinação.
Espera-se encontrar com essa ação sobre a importância e o cumprimento do calendario vacinal, reduzir as doenças que são evitadas com as vacinas, alcançar mais benefícios que danos e lograr vacinar ao 100% das crianças menores de 1 ano com todas as vacinas indicadas no calendário básico.
REFERÊNCIAS
1-Ariès, Philippe (1981). A história social da criança e da família. [S.l.]: LTC. ISBN 85-216-1347-4.
2- VIGOTSKI, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. Trad. José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
3- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil. Brasília (DF); 2005a.
4-Gil CRR. Formação de recursos humanos em saúde da família: paradoxo e perspectivas. Cad. Saúde Pública. 2005; 21(2):490-498.
5-. Ministério da Saúde. Avaliação para melhoria da qualidade qualificação da Estratégia Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.
6-Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Impact of vaccines universally recommended for children–United States, 1990-1998. MMWR – Morbidity & Mortality Weekly Report 1999;48(12):243-248.
7-Chen RT, Davis RL, Sheedy KM. Safety of immunizations. In: Plotkin SA, Orenstein WA, eds. Vaccines. 4th ed. Philadelphia, Pa: Saunders; 2004:1557-1581.
8-Recommendations regarding interventions to improve vaccination coverage in children, adolescents, and adults. Task Force on Community Preventive Services. American Journal of Preventive Medicine 2000;18(1 Suppl):92-96.
9-National Vaccine Advisory Committee. Standards for child and adolescent -immunization practices. National Vaccine Advisory Committee. Pediatrics 2003;112(4):958-963.
10- Guyer B, Smith DR, Chalk R. Calling the shots: immunization finance policies and practices. Am. J. Prev. Med. 19 (3 suppl): 4-12. Washington; 2000.
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