21 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

 

 

TÍTULO: A Observação, aperfeiçoamento e fortalecimento na Unidade Básica de Saúde.

 

ESPECIALIZANDO: Jose Luis Hernandez Guerra

ORIENTADOR: Maria Betânia Morais de Paiva                                              

 

O processo de auto avaliação da minha Equipe de Atenção Básica (EAB)103 foi feito através dos critérios avaliativos de Auto-avaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ).

Nessa perspectiva, a organização do trabalho na Atenção Básica (AB) é fundamental para que a equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) possa avançar tanto na integralidade da atenção quanto na melhoria do próprio trabalho. Durante a realização do processo de Auto-avaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ-AB), a equipe da ESF Dr. Joaquim Saldanha, necessitou realizar uma intervenção para resolver questões-problema identificadas através dos critérios avaliativos do sistema citado.

 

Primeiro, foi feita uma reunião técnica a fim de realizar o debate dos padrões e indicadores ,assim como, os resultados. Foram convocados para a mesma os membros da equipe de saúde, médico, enfermeira, Agentes Comunitários de Saúde (ACS), técnico de enfermagem e componentes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da Unidade Básica de Saúde (UBS).A equipe ao auto-avaliar teve como base um conjunto de padrões de qualidade, que revelam quais são os padrões com maiores problemas que devem ser enfrentados com o intuito de qualificar o processo de trabalho e a atenção ofertada aos usuários.

A partir do diagnóstico obtido através do preenchimento do instrumento, deve ser realizada a priorização dos padrões para os quais serão programadas ações visando à superação dos problemas identificados.

Foram dispostos os critérios relativos à dimensão “Unidade Básica de Saúde”, sub dimensão: Infraestrutura e equipamentos (H 3.1-3.8); Insumos, Imunobiológicos e medicamentos (I. 3.9-3.16); Educação permanente e qualificação das equipes de atenção básica (J 4.1-4.3); Organização do processo de trabalho (K 4.4-4.17); Atenção integral a saúde (L 4.4-4.52); Participação, controle social e satisfação do usuário (M 4.53-4.56) e; Programa Saúde na Escola – PSE (N 4.57-4.62).

Segue abaixo a tabela com a pontuação de cada critério atribuída após debate do grupo acerca dos aspectos dispostos.

 

 

Tabela 1.0 – Resultado das Pontuações e Classificações dos Critérios Avaliados.

Sub dimensão

Pontuação

Classificação

1–H (H 3.1-3.8)

– Infraestrutura e Equipamentos

33

Regular

2–I (I. 3.9-3.16)

– Insumos, Imunobiológicos e Medicamentos

23

Regular

3–J (J 4.1-4.3)

– Educação Permanente e Qualificação das Equipes de Atenção Básica

55

Satisfatório

4–K(K 4.4-4.17)

 – Organização do Processo de Trabalho

56

Satisfatório

5–L(L 4.18-4.52)

 – Atenção Integral a Saúde

140

Satisfatório

6–M (M 4.53-4.56)

 – Participação Social e Satisfação do Usuário

22

Regular

7–N (N 4.57-4.62)

– Programa Saúde na Escola

40

Satisfatório

Fonte: Pessoal

 

Foi escolhido o problema, considerando os seguintes critérios: nota ≤ 5, factibilidade de resolução e independência da gestão municipal para realização e em seguida, elaborada  uma matriz de intervenção.A matriz de intervenção feita pela equipe abordou a sub dimensão L(ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE, (4.28- A equipe de Atenção Básica identifica e mantém registro atualizado das pessoas com fatores de risco/doenças crônicas mais prevalentes do seu território, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, asma, câncer e DPOC ).Desse modo, depois de realizada a auto avaliação foi eleita como objeto de intervenção a seguinte questão:Não há identificação nem registros atualizados das pessoas com doenças crônicas, ou fatores de risco da população que recebe atendimento e a partir dessa constatação foi elaborada a matriz de intervenção abaixo discriminada:

 

Matriz de Intervenção.

Descrição do padrão. 4.28 A equipe irá executar e manter registro de pessoas com doenças crônicas, hipertensão e diabete.

Descrição da situação-problema para o alcance do padrão. A equipe não tem identificado e não mantém registros atualizados das pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes,asma,obesidade câncer,pessoas com fatores de risco a prevalência no território.

Objetivo/meta. Melhorar acolhimento e atenção à pessoa com doenças crônica

Estratégias para alcançar os objetivos/metas

Atividades a serem desenvolvidas

Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades

Resultados esperados

Responsáveis

Prazos

Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados

Capacitação dos ACS e funcionários.

Aula para capacitação em pesquisa de Patologias Crônicas

Salão, pessoa capacitada,

Audiovisual

Melhorar o conhecimento do pessoal que vai fazer a identificação dos casos

Médico

15 dias

Exposição de impressões em reunião técnica mensal

Busca ativa do de pacientes com Patologias Crônicas

Levantamento comunitário de pessoas com Patologias Crônicas

Recursos humanos,

Enfermeira,

Medico,

NAFS

ACS

Pesquisa do90% dos pacientes com patologias crônicas

Enfermeira,

Médico,

NAFS

ACS

90

dias

Exposição de impressões em reunião técnica mensal

Pesquisa ativa todas as pessoas com fatores de risco para doenças crônicas.

Verificação de pressão arterial em consulta de todas as pessoas maior de 18 anos

Esfigmo manômetro, estetoscópio, Médico.

Captura de 90% de pessoas com fatores de risco para doenças crônicas

Medico

90 dias

Exposição de impressões em reunião técnica mensal

 

 

Nessa direção, a equipe vai a identificar e atualizar o registro das pessoas com doenças crônicas mais prevalentes, por exemplo: hipertensão, diabetes, obesidade, asma, câncer.Vai ainda, analisar periodicamente a população cadastrada na reunião técnica mensal, considerando as prevalências estimadas e seus fatores de risco. A identificação dessas condições acontecerá por meio de rastreamento, avaliação de sinais e sintomas e avaliação antropométrica através do Índice de Massa Corporal (IMC).

Após a identificação, se dará o registro de dados, como data da última consulta, exames de acompanhamento e outras informações relevantes aos sistemas de informação ou planilhas para acompanhamento das pessoas com doenças crônicas no território.

 

A outra parte da reunião tinha o objetivo de estabelecer uma ferramenta para registrar e monitorar os indicadores de qualidade do PMAQ. Segue abaixo o modelo do painel que é exposto na área de recepção da unidade, o qual é preenchido pelas equipes mensalmente e avaliado na reunião técnica.

Painel de monitoramento dos indicadores

 

Sala de Situação.

 

Indicadores

J

F

M

A

M

J

J

A

S

O

N

D

Total de população

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

< 1 ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

> de 15

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mulheres

15-59

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

> 60 anos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Atendimentos

Total de atendimento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Consulta Agendada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Consulta de Urgência o Demanda Espontânea

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Puericultura

< 1ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com Desmame

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

<1ano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

< 6 meses

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

<3mes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pré-Natal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gestantes acompanhadas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Atendimento pré-natal por Enfermeira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Atendimentos pré-natais médica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Doenças Crônicas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Total de Atendimentos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Diabéticos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hipertensão

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Asma Bronquial

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Saúde Mental

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hanseníase

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tuberculose

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Consumo de drogas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rastreamento Risco Cardiovascular

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rastreamento de Colo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Visita domiciliares

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Encaminhamento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Palestras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reunião técnica mensal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este painel na realidade, não comporta toda a informação pertinente, mas existeum registro digital para outros indicadores como o percentual de consulta médica e por enfermeira, percentual de consultas de livre demanda, percentual de consultas agendadas, exames citológicos, encaminhamento a serviços especializados, cobertura de consulta odontológica programada, entre outros, com respeito ao total de população que recebe atendimento na UBS.

Durante a realização da atividade existiu dificuldade com alguns membros da equipe,alguns não concordaram com os resultados exposto, pois dependem do resultado de seu trabalho na área de saúde, mais precisamos incrementar a busca ativa para a identificação de fatores de risco, além disso, existe uma tendência em culpabilizara esfera municipal por todas as deficiências de forma geral.

 

“Os momentos de construção ou preparação para a implementação de processos auto avaliativos atingem seu potencial indutor da transformação quando são orientados por métodos participativos, com uso de abordagens libertadoras da criatividade, que considera a pluralidade dos atores presentes”. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).

“A atenção integral à saúde envolve o acolhimento, tanto da demanda programada quanto da espontânea, em todas as fases do desenvolvimento humano” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).

Após momentos de auto-avaliação nós percebemos onde podemos melhorar nossa atuação, aumentar as ações, para melhorar o atendimento e a qualidade de vida de nossa população atendida.

 

 

REFERÊNCIAS:

-MINISTÉRIO DA SAÚDE. Auto-avaliação para melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica, AMAQ. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

– MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual para organização da atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 1999.

-(MINISTÉRIO DA SAÚDE. Avaliação para a melhoria da qualidade da estratégia Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

 

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