TÍTULO: A Observação, aperfeiçoamento e fortalecimento na Unidade Básica de Saúde.
ESPECIALIZANDO: Jose Luis Hernandez Guerra
ORIENTADOR: Maria Betânia Morais de Paiva
O processo de auto avaliação da minha Equipe de Atenção Básica (EAB)103 foi feito através dos critérios avaliativos de Auto-avaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ).
Nessa perspectiva, a organização do trabalho na Atenção Básica (AB) é fundamental para que a equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) possa avançar tanto na integralidade da atenção quanto na melhoria do próprio trabalho. Durante a realização do processo de Auto-avaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ-AB), a equipe da ESF Dr. Joaquim Saldanha, necessitou realizar uma intervenção para resolver questões-problema identificadas através dos critérios avaliativos do sistema citado.
Primeiro, foi feita uma reunião técnica a fim de realizar o debate dos padrões e indicadores ,assim como, os resultados. Foram convocados para a mesma os membros da equipe de saúde, médico, enfermeira, Agentes Comunitários de Saúde (ACS), técnico de enfermagem e componentes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da Unidade Básica de Saúde (UBS).A equipe ao auto-avaliar teve como base um conjunto de padrões de qualidade, que revelam quais são os padrões com maiores problemas que devem ser enfrentados com o intuito de qualificar o processo de trabalho e a atenção ofertada aos usuários.
A partir do diagnóstico obtido através do preenchimento do instrumento, deve ser realizada a priorização dos padrões para os quais serão programadas ações visando à superação dos problemas identificados.
Foram dispostos os critérios relativos à dimensão “Unidade Básica de Saúde”, sub dimensão: Infraestrutura e equipamentos (H 3.1-3.8); Insumos, Imunobiológicos e medicamentos (I. 3.9-3.16); Educação permanente e qualificação das equipes de atenção básica (J 4.1-4.3); Organização do processo de trabalho (K 4.4-4.17); Atenção integral a saúde (L 4.4-4.52); Participação, controle social e satisfação do usuário (M 4.53-4.56) e; Programa Saúde na Escola – PSE (N 4.57-4.62).
Segue abaixo a tabela com a pontuação de cada critério atribuída após debate do grupo acerca dos aspectos dispostos.
Tabela 1.0 – Resultado das Pontuações e Classificações dos Critérios Avaliados.
Sub dimensão |
Pontuação |
Classificação |
1–H (H 3.1-3.8) – Infraestrutura e Equipamentos |
33 |
Regular |
2–I (I. 3.9-3.16) – Insumos, Imunobiológicos e Medicamentos |
23 |
Regular |
3–J (J 4.1-4.3) – Educação Permanente e Qualificação das Equipes de Atenção Básica |
55 |
Satisfatório |
4–K(K 4.4-4.17) – Organização do Processo de Trabalho |
56 |
Satisfatório |
5–L(L 4.18-4.52) – Atenção Integral a Saúde |
140 |
Satisfatório |
6–M (M 4.53-4.56) – Participação Social e Satisfação do Usuário |
22 |
Regular |
7–N (N 4.57-4.62) – Programa Saúde na Escola |
40 |
Satisfatório |
Fonte: Pessoal
Foi escolhido o problema, considerando os seguintes critérios: nota ≤ 5, factibilidade de resolução e independência da gestão municipal para realização e em seguida, elaborada uma matriz de intervenção.A matriz de intervenção feita pela equipe abordou a sub dimensão L(ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE, (4.28- A equipe de Atenção Básica identifica e mantém registro atualizado das pessoas com fatores de risco/doenças crônicas mais prevalentes do seu território, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, asma, câncer e DPOC ).Desse modo, depois de realizada a auto avaliação foi eleita como objeto de intervenção a seguinte questão:Não há identificação nem registros atualizados das pessoas com doenças crônicas, ou fatores de risco da população que recebe atendimento e a partir dessa constatação foi elaborada a matriz de intervenção abaixo discriminada:
Matriz de Intervenção.
Descrição do padrão. 4.28 A equipe irá executar e manter registro de pessoas com doenças crônicas, hipertensão e diabete. |
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Descrição da situação-problema para o alcance do padrão. A equipe não tem identificado e não mantém registros atualizados das pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes,asma,obesidade câncer,pessoas com fatores de risco a prevalência no território. |
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Objetivo/meta. Melhorar acolhimento e atenção à pessoa com doenças crônica |
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Estratégias para alcançar os objetivos/metas |
Atividades a serem desenvolvidas |
Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades |
Resultados esperados |
Responsáveis |
Prazos |
Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados |
Capacitação dos ACS e funcionários. |
Aula para capacitação em pesquisa de Patologias Crônicas |
Salão, pessoa capacitada, Audiovisual |
Melhorar o conhecimento do pessoal que vai fazer a identificação dos casos |
Médico |
15 dias |
Exposição de impressões em reunião técnica mensal |
Busca ativa do de pacientes com Patologias Crônicas |
Levantamento comunitário de pessoas com Patologias Crônicas |
Recursos humanos, Enfermeira, Medico, NAFS ACS |
Pesquisa do90% dos pacientes com patologias crônicas |
Enfermeira, Médico, NAFS ACS |
90 dias |
Exposição de impressões em reunião técnica mensal |
Pesquisa ativa todas as pessoas com fatores de risco para doenças crônicas. |
Verificação de pressão arterial em consulta de todas as pessoas maior de 18 anos |
Esfigmo manômetro, estetoscópio, Médico. |
Captura de 90% de pessoas com fatores de risco para doenças crônicas |
Medico |
90 dias |
Exposição de impressões em reunião técnica mensal |
Nessa direção, a equipe vai a identificar e atualizar o registro das pessoas com doenças crônicas mais prevalentes, por exemplo: hipertensão, diabetes, obesidade, asma, câncer.Vai ainda, analisar periodicamente a população cadastrada na reunião técnica mensal, considerando as prevalências estimadas e seus fatores de risco. A identificação dessas condições acontecerá por meio de rastreamento, avaliação de sinais e sintomas e avaliação antropométrica através do Índice de Massa Corporal (IMC).
Após a identificação, se dará o registro de dados, como data da última consulta, exames de acompanhamento e outras informações relevantes aos sistemas de informação ou planilhas para acompanhamento das pessoas com doenças crônicas no território.
A outra parte da reunião tinha o objetivo de estabelecer uma ferramenta para registrar e monitorar os indicadores de qualidade do PMAQ. Segue abaixo o modelo do painel que é exposto na área de recepção da unidade, o qual é preenchido pelas equipes mensalmente e avaliado na reunião técnica.
Painel de monitoramento dos indicadores
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Sala de Situação.
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Indicadores |
J |
F |
M |
A |
M |
J |
J |
A |
S |
O |
N |
D |
Total de população |
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< 1 ano |
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> de 15 |
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Mulheres 15-59 |
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> 60 anos |
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Atendimentos |
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Total de atendimento |
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Consulta Agendada |
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Consulta de Urgência o Demanda Espontânea |
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Puericultura |
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< 1ano |
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Com Desmame |
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<1ano |
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< 6 meses |
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<3mes |
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Pré-Natal |
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Gestantes acompanhadas |
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Atendimento pré-natal por Enfermeira |
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Atendimentos pré-natais médica |
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Doenças Crônicas |
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Total de Atendimentos |
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Diabéticos |
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Hipertensão |
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Asma Bronquial |
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Saúde Mental |
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Hanseníase |
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Tuberculose |
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Consumo de drogas |
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Rastreamento Risco Cardiovascular |
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Rastreamento de Colo. |
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Visita domiciliares |
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Encaminhamento |
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Palestras |
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Reunião técnica mensal |
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Este painel na realidade, não comporta toda a informação pertinente, mas existeum registro digital para outros indicadores como o percentual de consulta médica e por enfermeira, percentual de consultas de livre demanda, percentual de consultas agendadas, exames citológicos, encaminhamento a serviços especializados, cobertura de consulta odontológica programada, entre outros, com respeito ao total de população que recebe atendimento na UBS.
Durante a realização da atividade existiu dificuldade com alguns membros da equipe,alguns não concordaram com os resultados exposto, pois dependem do resultado de seu trabalho na área de saúde, mais precisamos incrementar a busca ativa para a identificação de fatores de risco, além disso, existe uma tendência em culpabilizara esfera municipal por todas as deficiências de forma geral.
“Os momentos de construção ou preparação para a implementação de processos auto avaliativos atingem seu potencial indutor da transformação quando são orientados por métodos participativos, com uso de abordagens libertadoras da criatividade, que considera a pluralidade dos atores presentes”. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
“A atenção integral à saúde envolve o acolhimento, tanto da demanda programada quanto da espontânea, em todas as fases do desenvolvimento humano” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016).
Após momentos de auto-avaliação nós percebemos onde podemos melhorar nossa atuação, aumentar as ações, para melhorar o atendimento e a qualidade de vida de nossa população atendida.
REFERÊNCIAS:
-MINISTÉRIO DA SAÚDE. Auto-avaliação para melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica, AMAQ. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
– MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual para organização da atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 1999.
-(MINISTÉRIO DA SAÚDE. Avaliação para a melhoria da qualidade da estratégia Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Ponto(s)