16 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

AÇÕES PARA MELHORIA DA SAÚDE REPRODUTIVA

 

ESPECIALIZANDO:  KARLLA KARYNA TEOTONIO FOLLI

 

ORIENTADORA:       MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA

 

COLABORADORES: ACS ANTONIO EVANDRO

                                    ACS ANTONIO JOSÉ

                                    ACS ANTONIA MADALENA

                                    ACS ANTONIA VIANA

                                    ENFERMEIRA ISADORA

 

 

 

A tarefa do planejamento familiar permanece inacabada. Apesar do grande progresso ao longo das últimas décadas, mais de 120 milhões de mulheres no mundo todo desejam evitar a gravidez, porém nem elas nem seus parceiros estão fazendo uso dos métodos contraceptivos. Muitos são os motivos para que suas necessidades fiquem desatendidas: os serviços e os insumos ainda não estão disponíveis em todos os lugares ou as opções são limitadas. O medo da reprovação social ou a postura contrária do parceiro impõem barreiras formidáveis. Os temores dos efeitos colaterais e as preocupações com a saúde assustam algumas pessoas; a outra, falta conhecimento sobre as opções de contracepção e seu uso. Estas pessoas precisam de ajuda, já (HOPKINS, 2007).

 

       A Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regulamenta o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece em seu art. 2º: Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal (BRASIL, 2017).

 

       Em 2004, o Ministério da Saúde (MS) elaborou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, em parceria com diversos setores da sociedade, em especial com o movimento de mulheres e com os gestores do SUS. Essa política reflete o compromisso com a implementação de ações de saúde que contribuam para a garantia dos direitos humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis. Enfatiza a melhoria da atenção obstétrica, o planejamento reprodutivo, a atenção ao abortamento inseguro e às mulheres e às adolescentes em situação de violência doméstica e sexual. Além disso, amplia as ações para grupos historicamente excluídos das políticas públicas nas suas especificidades e necessidades (BRASIL, 2004).

 

        Em 22 de março de 2005, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional dos Direitos Sexuais e dos Direitos Reprodutivos (BRASIL, 2005). Entre as diretrizes e ações propostas por essa política estão: a ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis no Sistema Único de Saúde (SUS); incentivo à implementação de atividades educativas em saúde sexual e saúde reprodutiva para usuários (as) da rede SUS; capacitação dos profissionais da Atenção Básica (AB) em saúde sexual e saúde reprodutiva; ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária (laqueadura tubária e vasectomia) no SUS; implantação e implementação de redes integradas para atenção às mulheres e aos adolescentes em situação de violência doméstica e sexual; ampliação dos serviços de referência para a realização do aborto previsto em lei e garantia de atenção humanizada e qualificada às mulheres em situação de abortamento; entre outras ações.( BRASIL, 2005).

 

      Na unidade Básica de Saúde (UBS), tem-se o objetivo em levar orientações adequadas a todo o casal que vier em procura de respostas. O aconselhamento é um diálogo baseado em uma relação de confiança entre o profissional de saúde e o indivíduo ou casal que visa a proporcionar à pessoa condições para que avalie suas próprias vulnerabilidades, tome decisões sobre ter ou não filhos e sobre os recursos a serem utilizados para concretizar suas escolhas, considerando o que seja mais adequado à sua realidade e à prática do sexo seguro. (BRASIL,2010).

 

Mediante a isto, foi realizado as seguintes indagações, referente ao planejamento reprodutivo o pré-natal e o puerpério.

 

1. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO

 

 

 

1.1 Promovemos ações educativas, para homens e mulheres, sobre a decisão de ter filhos ou não?

 

1.2 Ofertamos métodos contraceptivos básicos à população? Abordamos adequadamente a necessidade de utilizá-los?

 

1.3 Discutimos conteúdos sobre diversidade sexual, relações de gêneros e prevenção de HIV/AIDS e outras DSTs?

 

1.4 A equipe realiza notificação e encaminhamento adequados dos casos diagnosticados de HIV?

 

1.5 Tratamos adequadamente as DSTs diagnosticadas?

 

1.6 Discutimos saúde sexual em grupos (jovens, gestantes, idosos)?

 

 

 

2. PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO

 

2.1 Fazemos busca ativa das gestantes da Unidade? Inclusive adolescentes?

 

2.2 Fazemos levantamento periódico das gestantes do bairro, incluindo as que fazem pré-natal em serviço privado?

 

2.3 Preenchemos adequadamente a caderneta da gestante?

 

2.4 Solicitamos TODOS os exames complementares recomendados?

 

2.5 Tratamos as DSTs, quando diagnosticadas?

 

2.6 Orientamos quanto aos cuidados nutricionais na gestação? Estimulamos hábitos de vida saudáveis?

 

2.7 Orientamos sobre a importância de retornar para a consulta de puerpério?

 

2.8 Orientamos sobre amamentação?

 

       Em respostas a estas perguntas, no aconselhamento do planejamento reprodutivo, as respostas são positivas; a equipe tem se mostrado bastante empenhada em desenvolver trabalho, ao planejamento familiar, na vida reprodutiva de nossos pacientes, na unidade temos a distribuição de forma espontânea de preservativos à população; a equipe de enfermagem tem mostrado um trabalho exemplar a respeito das orientações sobre o uso correto dos métodos ofertados, e de mesma forma, orientando sobre a necessidade de utilizá-los  para prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

 

      É realizado de forma periódica pelos Agentes de saúde (ACS) de cada micro áreas, a busca ativa de gestante, é feita preenchimento adequado na caderneta da gestante e em conjunto em seu prontuário, porém os exames solicitados nem sempre são realizados pelas gestantes, devido “esquecimento” ou até mesmo, por não serem ofertados pelo serviço, de forma gratuita.

 

      As orientações, referente a alimentação adequada, é realizada pela equipe, de forma cuidadosa, pois alguns pacientes, possuem aumentos das taxas, levando assim um cuidado específicos; referimos a uma avaliação com o nutricionista da unidade, o qual é feita verbalmente e por escrito no prontuário. As pacientes têm acatado de forma positiva, as orientações da equipe. É realizada também a consulta com o dentista de nossa equipe, o qual com empenho, orienta as pacientes nos cuidados que deve ter com seus dentes.

 

     No final da gestação, as pacientes são referenciadas a avaliação com o médico obstetra, para realizar a melhor conduta para aquela paciente, porém antes de referenciar, tanto a equipe de enfermagem quanto a equipe médica, orienta a respeito da Alta da paciente e puerpério mediato e tardio; é orientado também, a realização das consultas em conjunto com o novo integrante da família, para cuidados e prevenções.

 

      Em reunião mensal com a Equipe de Saúde, destacamos datas, a serem realizados projetos educativos nas escolas, referente a saúde reprodutiva e saúde sexual, gestação na adolescência, visando também exames complementares a serem realizados após o início de suas atividades sexuais. Nesta ação a equipe contará com o apoio dos profissionais do Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (NASF) de nossa cidade.

 

       Ações como atividades educativas com pacientes puérperas, como o aleitamento materno que é realizado no puerpério imediato, mediato e tardio, já é realizado pela equipe da zona Rural, ações como prevenção de infecções gestacionais, boas práticas alimentares e na ingesta de líquidos, a parte das ações realizada, sobre a coordenação do Fisioterapeuta do município em conjunto com o NASF, PROJETO MOVIMENTO É VIDA, ressaltando as modificações que o corpo gestacional sofre, como, práticas de exercícios terapêuticos, reeducação postural, alívio da dor, e como já foi dito anteriormente, a importância da saúde alimentar, dirigida pelo Nutricionista do município, importância da saúde bucal em apoio com a cirurgiã dentista da equipe, ressaltando manter uma boa saúde bucal na gestação.

 

Referências

 

 

 

1-    BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

 

 

 

2-    BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 300 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 26)

 

 

 

3-    ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida: documento orientador de implementação. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

 

 

 

4-    ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Pacto Nacional pela redução da mortalidade materna e neonatal: documento orientador de implementação. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

 

 

 

5-      HOPKINS, J. Planejamento familiar:  um manual global para profissionais e serviços de saúde. Organização Mundial da Saúde e Escola Bloomberg de Saúde Pública/Centro de Programas de Comunicação da Universidade Johns Hopkins. OMS, 2007.

 

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