15 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Planejamento reprodutivo, Pré-Natal e Puerpério

 Titulo: Métodos contraceptivos básicos a população.

 Aluno: Dr. Dayan Cervantes Valdes

 Orientador:  Cleyton Cezar Souto Silva.

 

Anticoncepção corresponde ao uso de métodos e técnicas com a finalidade de impedir que o relacionamento sexual resulte em gravidez. E um recurso de Planejamento Familiar, para a constituição de prole desejada e programada de forma consciente. (FEBRASGO,2015, p.10).

 A eficácia de um método contraceptivo é a capacidade deste método de proteger contra a gravidez não desejada e não programada. É expressa pela taxa de falhas próprias do método, em um período, geralmente no decorrer de um ano. (FEBRASGO, 2015, p.11).

 A segurança e o potencial do método contraceptivo causar riscos a saúde de quem o utiliza é avaliado pelos efeitos indesejáveis e complicações que podem provocar. Quanto maior a segurança do método, menor será a probabilidade de trazer qualquer tipo de problema a saúde de quem faz seu uso. (FEBRASGO, 2015, p.11).  

 A escolha para utilização de um método contraceptivo e a opção feita pelo(a) usuário(a). O medico deve, sempre, privilegiar esta opção e considerá-la prioritária. Entretanto, nem sempre o método escolhido poderá ser usado, tendo em vista características clinicas evidenciadas pelo(a) usuário(a), que podem contraindicar seu uso. Assim a tarefa primordial do médico desenvolver semiótica apropriada para avaliar se o(a) usuário(a) apresenta algumas destas condições clinicas ou afecções. Se sim, deve o médico colocar os demais métodos possíveis a disposição da pessoa interessada, explicando-lhe as suas características, modo de uso, riscos e benefícios, bem como a eficácia. Assim, possibilita ao paciente, condições de fazer nova opção e se comprometer com ela. Os resultados do uso de qualquer método anticoncepcional, eficácia, uso correto, ausência de efeitos indesejáveis etc., são diretamente relacionados com o grau de comportamentos dos usuários com a eleição do método. (FEBRASGO, 2015, p.11).

 Nossa equipe fez uma microintervenção para adequar novos métodos para distribuição de contraceptivos básicos a população como a entrega de camisinhas, pílulas e injeções anticoncepcional, para impedir gravidez indesejadas principalmente nas adolescentes sexualmente ativas e IST (sífilis, gonorreia, HIV, condiloma acuminado).

Para potencializar nosso trabalho a equipe realizou uma ação educativa na população nas diferentes áreas da Unidade Básica de Saúde (UBS), com grupos de pessoas de diferentes faixa etárias, onde explicamos os métodos contraceptivos, como usar eles, a importância da dupla proteção e os feitos colaterais que estes podem ocasionar, o que são as IST, os sintomas e quais tem cura e quais não. Logo em seguida fizemos a entrega de camisinhas e de panfletos ilustrados como método educativo, elaborando uma série de preguntas para que eles respondam.

Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças ou enfermidade, em todas as matérias relacionadas com o sistema reprodutivo, suas funções e processos. Organização das Nações Unidas, (1994) diz que a saúde reprodutiva implica, portanto, que as pessoas estejam aptas a ter uma vida sexualmente satisfatória e segura, que tenham a capacidade de reproduzir-se e a liberdade de decidir faze-lo se, quando e quantas vezes, desejarem. (FEBRASGO, 2015, p.15).

Foi realizado uma dinâmica com objetivo educativo e obter maior conhecimento para a comunidade, assim podemos avaliar o nível de conhecimentos que eles possuem referente aos métodos contraceptivos e as doenças sexuais. Realizamos testes rápidos em uma boa parte da população, para pesquisar ativamente casos que pudessem ter IST. Aqueles casos com resultados positivos foram notificados, interrogados, tratados e encaminhados para tratamento. Foi realizado um registro de todos os homens e mulheres atendidos neste dia para obter um controle e acompanhamento dos mesmos, permitindo-nos identificar grupos de risco.

A equipe da UBS transmitiu uma boa educação sexual para população, com o planejamento de evitar o aumento de IST, prevenir o aumento de mulheres adolescentes grávidas, e alcançar os objetivos individuais da comunidade, além da educação dos pais e filhos que muitas das vezes não tem estudo e que se enquadram como analfabetos. E necessário avançar na qualificação destas ações, consolidando os direitos sexuais e os direitos reprodutivos, com atenção especial ao grupo de adolescentes.

A dificuldade para o desenvolvimento desta ação, foi o difícil acesso as áreas distantes da Unidade de Saúde, problemas com o transporte e déficit de combustível para acessar as áreas fechadas e ribeirinhas e as vezes a falta de um local adequado para o fluxo da nossa atividade.

A satisfação de um trabalho em equipe prático, dinâmico e resolutivo, veio com a participação da comunidade e o alcance dos objetivos previstos na nossa atividade com êxito. Também houve a insatisfação, devido à dificuldade para reunir as pessoas do sexo masculino, por sentirem vergonha, preconceitos em assistir e participar das atividades educativas, a falta de conhecimento sobre educação sexual nos adolescentes sexualmente ativos e a pouca utilização dos métodos contraceptivos. 

Para melhorar esta intervenção faltou o apoio do NASF principalmente da Assistência Social e Psicóloga para trabalhar com os adolescentes sexualmente ativos sobre o uso de métodos educativos através de vídeos conferências, desenhos animados, entre outros, planejar e providenciar os recursos necessários para o desenvolvimento da atividade. Também faltou criar um grupo que promova saúde sexual e que trabalhe como apoio na transformação e educação da nossa comunidade. 

É importante refletir sobre a necessidade de realizar atividades como estas, com objetivos preventivos, educativo e coletivo com periodicidade, para êxito na saúde sexual e reprodutiva e não realizar somente em datas comemorativas vinculados com este tema. Fazer pesquisas ativas, promover saúde sexual e trabalhar no controle das IST em locais de difícil acesso a estes recursos citados.

E necessário ampliar o leque de oferta, garantir a continuidade e o uso correto destes, pois embora o critério idade e número de filhos pareçam bastantes liberais no que diz respeito a LT, o legislador transferiu para as equipes de saúde a responsabilidades de desencorajar a esterilização precoce, através de informação segura e adequada, e ao poder público, a obrigação  de garantir a oferta de todos os métodos reversíveis ou não conforme previsto no Art.9 da lei 9.263\96: (FEBRASGO, 2015, p.22)

Quem procura o planejamento familiar está em busca da santificação de um desejo pessoal de limitar, regular ou espaçar os números de filhos de acordo com o que considera melhor para si. A equipe de saúde, detentora de conhecimento técnico, cabe complementar e corrigir as informações para uma escolha realmente consciente e informada para a consecução deste objetivo. (FEBRASCO, 2015, p.23)

 

 

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