RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
ESPECIALIZANDO: OSVALDO SOTOLONGO HERNÁNDEZ
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
Sobre a atenção em saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS), ela é ofertada:
“Através de ações municipalizadas e organizadas por níveis de complexidade. A Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas foi pactuada em julho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção integral em Hospitais Gerais. Além de atender pessoas com transtornos mentais, estes espaços acolhem usuários de álcool, crack e outras drogas e estão espalhados pelo país, modificando a estrutura da assistência à saúde mental. E vêm substituindo progressivamente o modelo hospitalocêntrico e manicomial, de características excludentes, opressivas e reducionistas, na tentativa de construir um sistema de assistência orientado pelos princípios fundamentais do SUS” (FIOCRUZ, 2017, p.1).
Na Rede de Atenção à Saúde Mental, o Centro de Atenção Psico Social (CAPS) é um dispositivo importante, pois:
“É um serviço substitutivo de atenção em saúde mental que tem demonstrado efetividade na substituição da internação de longos períodos, por um tratamento que não isola os pacientes de suas famílias e da comunidade, mas que envolve os familiares no atendimento com a atenção necessária, ajudando na recuperação e na reintegração social do indivíduo com sofrimento psíquico” (SCHRANK; OLSCHOWSKY, 2008, p.128).
Enquanto que a Estratégia Saúde da Família (ESF):
“Tomada enquanto diretriz para reorganização da Atenção Básica no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), tornou-se fundamental para a atenção das pessoas portadoras de transtornos mentais e seus familiares; com base no trabalho organizado segundo o modelo da atenção básica e por meio ações comunitárias que favorecem a inclusão social destas no território onde vivem e trabalham” (CORREIA; BARROS; COLVERO, 2011, p.1502).
Devido à grande importância que tem a atenção das pessoas com transtornos mentais nas UBS nossa equipe de trabalho pertencente à UBS do povoado São Mateus, município Gararu, Estado Sergipe, realizou uma reunião com o objetivo de confeccionar um registro de pacientes com doenças mentais, os medicamentos que usam e a avaliação psiquiátrica para assim poder ter um melhor controle dos pacientes, melhorar a qualidade do atendimento e acompanhamento, além de evitar o uso abusivo dos medicamentos psicotrópicos.
Nessa reunião foi preciso a participação de todos os integrantes da equipe de saúde. Uma vez explicada a importância dos objetivos da reunião começamos o debate onde cada integrante aportava uma ideia ou experiência que ajudava para a confecção do registro ou planilha. Ao concluir com o debate foi confeccionada o registro ou planilha que incluía dados pessoais, doença metal, psicotrópicos em uso, posologia e tempo de uso dos psicotrópicos, além de a data das consultas agendadas e as avaliações pelo psiquiatra da área.
Nossa UBS consta com um Psiquiatra que, junto com a equipe de saúde, ajuda a melhorar o acompanhamento dos pacientes com doenças mentais. Além disso, nossa região consta com um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) que oferece atendimento ás pessoas com sofrimento ou transtornos mentais, além de pessoas com necessidades decorrentes de uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crises ou reabilitação psicossocial. Os serviços do CAPS são de caráter aberto e comunitário e está constituído por uma equipe multiprofissional.
Nossa reunião teve uma grande importância para nossa equipe de trabalho porque ajudou para melhorar a qualidade do atendimento e acompanhamento dos pacientes com doenças mentais, evitar o uso abusivo dos remédios psicotrópicos e também ajudou para conscientizar de que as pessoas com doenças mentais nunca deveram ser excluídas da sociedade, pois devem ser apoiadas pela sociedade e incluídos em atividades sociais e comunitárias (escola, trabalho, etc.). Consequentemente, eles devem ser apoiados pela família, fator-chave para o sucesso do tratamento e do processo de reabilitação.
REFERENCIAS
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Ministério da Saúde. Saúde Mental. 2017. Disponível em: < https://pensesus.fiocruz.br/saude-mental>. Acesso em: Jul. 2018.
CORREIA, V. R.; BARROS, S.; COLVERO, L. A. Saúde mental na atenção básica: prática da equipe de saúde da família. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v.45, n 6, p.1501-1506, 2011.
SCHRANK, G.; OLSCHOWSKY, A. O centro de Atenção Psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v.42, n.1, p.127-134, 2008.
Ponto(s)