7 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

 

CAPÍTULO I: Observação na Unidade de Saúde Edith Kluppler Méndes, Município Lagarto-SE.

 

          A estratégia de Saúde da Família foi proposta pelo Ministério de Saúde como ferramenta de reorganização da atenção básica procurando uma possibilidade de reorientação do Sistema de Saúde. Incorporou princípios como universalização, descentralização, integralidade e participação na comunidade, facilitando o desempenho do trabalho nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) (BRASIL, 2017a).

          Garantir qualidade da atenção, atualmente, constitui um dos principais desafios do Sistema Único de Saúde (SUS), onde deve se compreender os princípios de integridade, universalidade, equidade e participação social.

          Nesse contexto, o Ministério de Saúde (MS) apresenta a terceira versão do documento auto avaliação para melhoria do acesso e da qualidade de atenção básica (AMAQ) reafirmando seu compromisso com os processos de melhoria continua do acesso e da qualidade dos serviços da atenção básica em todo o país (BRASIL, 2017b).

          A AMAQ constitui um instrumento composto de ações e atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Saúde Mais Perto de Você. Apresenta um conjunto de iniciativas do Departamento de Atenção Básica (DAB) para cuidar da população no ambiente em que vive pelo qual surge o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) como uma das estratégias indutoras de qualidade pelo Ministério da Saúde. Entre os objetivos do programa, destaca-se a institucionalização da cultura de avaliação da Atenção Básica no SUS (BRASIL, 2017b).

          Avaliamos a Dimensão: Gestão da Atenção Básica que inclui as subdimensões:

– Apoio institucional.

– Educação permanente.

– Monitoramento e avaliação.

          Nossa equipe achou melhor avaliada a educação permanente, seguida do apoio institucional e com questões para melhorar o monitoramento e avaliação.

          Na Dimensão: Educação Permanente. Processo de Trabalho e Atenção Integral à Saúde, achamos que a Educação permanente e qualificação das EAB foram melhores avaliadas, ficando detalhes pendentes nas demais.

          Meu trabalho e feito em uma área rural onde a população mora dispersa em assentamentos que ficam distantes da Unidade de Saúde, a qual conta com uma pobre informação sobre eventos de planejamento familiar, uma vez que contamos com um número elevado de gravidez na adolescência. Antigamente, não eram feitas consultas de planejamento familiar e orientação na população.

          A partir dessa informação nossa equipe começou estudar as ações regulares de planejamento familiar, justificando assim com base na AMAQ a intervenção referente à sexualidade, a fim de realizar um conjunto de ações educativas, para homens e mulheres, em especial para os adolescentes, abordando a decisão de ter filhos ou não, no contexto de seus projetos de vida.

          Tratam-se temas de questões a respeito da fertilidade; direitos sexuais e reprodutivos, respeitando os aspectos religiosos, culturais e a diversidade da população. Oferecem-se de forma facilitada, métodos contraceptivos básicos (camisinhas masculina e feminina, contraceptivos orais e injetáveis); dispositivo intrauterino (DIU); diafragma, realização de laqueadura de trompas e de vasectomia; anticoncepção de emergência.

          Descrição do padrão: A equipe de atenção básica desenvolve atividades coletivas abordando conteúdos de sexualidade, planejamento familiar e prevenção de DST/ AIDS e hepatites virais.

          Descrição da situação problema: A equipe de atenção básica não desenvolve atividades coletivas abordando conteúdos de sexualidade,  planejamento familiar e prevenção de DST/ aids e hepatites virais, entre outras.

          Assim ficaram como estratégias para alcançar os objetivos e metas: a realização de intervenção educativa sobre a sexualidade na adolescência em pessoas da comunidade Campos de Crioulo, Município Lagarto.

          Como principais atividades desenvolvidas forem propostas: capacitação da equipe de saúde sobre a metodologia para realizar a microintervenção; aplicação de um questionário a pessoas da comunidade, incluindo adolescentes, pais e professores, com perguntas relacionadas com sexualidade e adolescência; realização de palestras e atividades em grupos.

          Os recursos necessários para o desenvolvimento das atividades são: recursos humanos que incluem a Equipe de Saúde da Unidade de Atenção Básica; e recursos materiais como um computador, uma impressora, papel A4, Cartucho HP 1018 Preto, e canetas.

          Esperamos como resultado da matriz de intervenção: melhorar os conhecimentos de adolescentes e pessoas responsáveis da comunidade sobre a sexualidade e planejamento familiar, diminuir a incidência de eventos não planejados como, gravidez, DTS e conflito familiar.

          O principal responsável de cumprir com nossa matriz de intervenção é o médico em conjunto com a equipe da UBS tentando realizar em um prazo de 02 meses.

          Como mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados deve-se fazer uma avaliação através de um questionário para medir o nível de conhecimento adquirido pelos adolescentes.

          Após o trabalho e implementação dessa matriz de intervenção, espera-se melhorar os conhecimentos e comunicação da população geral da comunidade, adolescentes, pais e professores.

Foram identificadas ademais as potencialidades e fragilidades, encontrando que nossa principal potencialidade foi à infraestrutura da equipe e os recursos necessários para a realização das ações; e como principais fragilidades encontraram a pouca existência de registros de eventos de participação comunitária e em escolas, pelo qual foi criada uma matriz de intervenção, sendo seu objetivo principal a formação de um grupo com fins educacionais para tratar o problema em questão, no caso à falta de orientação sexual nos adolescentes, professores e pais dos mesmos.

 

         

REFERÊNCIAS:

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017a.

BRASIL. Ministério da Saúde. AMAQ: Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica : AMAQ.Brasília : Ministério da Saúde, 2017b.

 

 

 

 

 

 

 

1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars (No Ratings Yet)
Loading...
Ponto(s)