RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: PLANEJAMENTO FAMILIAR E SAÚDE DA GESTANTE.
ESPECIALIZANDO: RAFAEL SANDRIN
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
COLABORADORES: EMANUELA OLIVEIRA, MARTA MOREIRA DE AGUIAR, TARCIANA FONTES.
O desejo de constituir família é objetivo de alguns casais, que têm esse direito conferido pela constituição onde os mesmos são livres para decidir em qual momento da sua vida o fará. O estado deve oferecer os recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos assegurando cada um dos cônjuges e fornecendo direito ao casal de planejar sua família. Após a decisão consciente de ter ou não filhos essa família é acolhida pela equipe de saúde e escolhem caso decidam prevenir uma gravidez o método contraceptivo a ser utilizado de acordo com o que ambos achem melhor, recebem aconselhamento sobre o método escolhido.
A ocorrência de casos de doenças sexualmente transmissíveis também é um dos desafios na área da saúde reprodutiva e sexual e no ato do acolhimento o profissional da saúde deve salientar a importância do uso de preservativos. No que concerne a anticoncepção os serviços de saúde devem fornecer todos os métodos contraceptivos recomendados pelo ministério da saúde. Nas Unidades básica de Saúde normalmente é possível ter acesso com mais facilidade a três tipos de métodos contraceptivos, injetável, pílula e camisinhas esse acesso gratuito é de livre escolha sem restrições.
Porém apesar de fácil acesso aos métodos contraceptivos um maior percentual de grávidas não planejaram a gestação, principalmente na adolescência onde há um maior número de casos. A gestação é um período especial para a mulher, há uma transformação em seu ser, tanto no lado emocional quanto físico, as mudanças no corpo são percebidas nas primeiras semanas e por isso também é preciso um cuidado maior com a nutrição durante esse período.
Sob forma de palestra, famílias e gestantes foram convidados a participar de um encontro com a presença de uma nutricionista palestrando sobre alimentação, um fisioterapeuta falar sobre mudanças corporais na gestação e relaxamento e o médico da equipe de saúde falando sobre a importância do aleitamento materno.
Sabe-se que é de suma importância que haja um acompanhamento desde a descoberta da gravidez para evitar problemas de saúde na mamãe e no bebê. Durante a gravidez a gestante necessita de um ganho de energia maior através da alimentação que ajudará em sua atividade muscular, sua taxa metabólica basal tem um aumento de em média 15% a partir da segunda metade da gestação, as gestantes precisam de uma dieta equilibrada e saudável. Sob orientação de uma nutricionista gestante aprenderam sobre introdução de alimentos que ajudarão a mantê-las nutridas, e de que forma podem distribuir esses alimentos em sua dieta diária.
Se os alimentos nutritivos não estiverem apropriados não estiverem presentes na dieta da mulher grávida, podem surgir várias deficiências maternas. Com frequência ocorre deficiência de cálcio, fosfato, ferro e vitaminas. (Guyton e Hall, 2002).
A avaliação do ganho de peso durante o pré-natal é acompanhada por enfermeiros e médicos da unidade de saúde, esse acompanhamento nutricional pode evitar riscos durante a gestação, e seguem recomendações do ministério da saúde. A nutrição, desenvolvimento e crescimento do feto são baseados nas reservas nutricionais da mãe. Quando a gravidez ocorre na adolescência existe uma preocupação em torno do desenvolvimento gestacional em razão de hábitos alimentares e da fisiologia ainda imatura. A adolescente precisa de orientações que a façam compreenderem as novas necessidades de nutrientes essenciais, para que o seu organismo tenha uma gestação sem riscos de ganho insuficiente ou excessivo de peso.
Segundo Guyton e Hall (2002), habitualmente, a partir de sua dieta a mãe não absorve quantidades suficientes de proteína, cálcio fosfatos e ferro durante os meses de gravidez para suprir essas necessidades aumentadas do feto.
A importância do consumo de frutas e legumes frescos, grãos e cereais também integrais, a ingestão de bastante liquido, atividade física regular segundo prescrição médica. É solicitado também, que não haja consumo de alimentos industrializados, processados e refinados, frituras, alimentos gordurosos, bebida alcoólicas e doces em excesso.
Durante toda a gestação ocorrem mudanças no corpo da gestante, mas é no início da gestação que há um aumento da sensibilidade no paladar, olfato e audição, irritabilidade, oscilação de humor chora e ri com mais facilidade essas mudanças são estabilizadas a partir do segundo trimestre.
Sua frequência cardíaca e o volume de sangue tem um aumento, essa transformação é necessária para o início da formação do feto. É de fundamental importância que os profissionais que acompanham as gestantes durante o pré-natal compreenda toda a fundamentação fisiológica, para que reconheçam e compreendam todas as transformações aliviando assim as angustias e dúvidas, sobre sinais e sintomas da gestação.
Inicia-se um processo de mudanças, desconfortos, inchaços e sensações de incomodo como enjoos e náuseas, Para a redução dos desconfortos após o segundo trimestre já pode ser indicada massagens relaxantes, alguns fisioterapeutas indicam alguns tipos de massagens que ajudam a aliviar dores e inchaços, promovem circulação sanguínea, relaxamento muscular e ajudam a promover bem estar. As mudanças no trato com as gestantes
A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida e complementar durante os próximos dois anos. (Brasil, 2013)
Já existem vários estudos científicos que comprovam o alto valor biológico do leite materno principalmente na prevenção de doenças e infecções ajudando a reduzir o índice de mortalidade. Com a retirada da placenta há uma queda de hormônios da gestação, causando uma retroalimentação negativa e fazendo com que a hipófise inicie a produção de prolactina iniciando a promoção da secreção do leite, nos próximos dias seguintes após o parto haverá uma produção copiosa de leite. O processo de amamentar permite um grande impacto vital na saúde da mãe e do bebê.
A implementação de uma iniciativa que promova, proteja e apoie o aleitamento materno faz parte do coletivo, vem sendo um desafio para todo o sistema de saúde, que busca intensificar a pratica do aleitamento materno exclusivo entre os lactantes menores de 6 meses. As dúvidas habituais sobre o aleitamento surgem no decorrer da palestra, durante os primeiros meses de vida do bebê é comum surgirem dificuldades para amamentar e pressões sociais para a introdução precoce de água, chá, leites infantis e outros, algumas mães pela falta de orientação acreditam que seu leite possa não saciar o bebê. As mães foram alertadas sobre os riscos de se utilizar leites artificiais. Muitas delas reclamam da falta de apoio ativo durante o período que amamentaram tanto profissional quanto familiar principalmente no campo emocional. O ato de ouvir as mães principalmente no período da amamentação sobre suas dificuldades e preocupações proporciona uma forma de ajuda-las a superar suas insatisfações, faz parte do atendimento humanizado no acolhimento. No acompanhamento a essas gestantes a orientação sobre à pega, ordenha e posição para amamentar são incisivas.
O momento foi integrador gerou satisfação na equipe de saúde e uma conexão ainda maior entre as gestantes e a equipe. Houve um benefício irrefutável participar de um momento onde ficou consolidada a conquista da confiança das futuras mães que participaram, para com a equipe que promoveu. Ao se elaborar reuniões ou eventos onde há certa expectativa de presença do maior número de pessoas, percebe-se que os maiores desafios ainda é conseguir reunir um grupo de pessoas interessadas no que será discutido e que estejam dispostas a comparecer.
Referências
AMARAL, Eliana et al. Manual Técnico do Pré Natal e Puerpério, Disponível em:
<http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e-a-puerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e-puerperio/manual_tecnicoii.pdf> Acesso em: 16 jun. 2018.
GUYTON, Arthur e HALL, John. Tratado de Fisiologia Medica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2002.
Brasil, Ministério da Saúde. Aleitamento Materno. Disponível em:<http://www.brasil.gov.br/editoria/saude/2013/08/aleitamento-materno-e-tema-de-campanha-no-pais> Acesso em: 16 jun 2018.
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