Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Secretaria de Educação à Distância – SEDIS
Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde – LAIS
Programa de Educação Permanente em Saúde da Família – PEPSUS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
TÍTULO: CUIDADOS MATERNOS INFANTIS NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA INTERVENÇÃO POSSÍVEL
ESPECIALIZANDO: GUILLERMO JOSÉ RODRÍGUEZ NIEBLA
ORIENTADOR: ISAAC ALENCAR PINTO
COLABORADOR (A): SALMA MEIRA DE SOUZA
Este presente trabalho teve como estímulo a referência do ODM 5 – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – que é melhorar a saúde materna a partir de duas metas globais: reduzir a mortalidade materna e universalizar o acesso à saúde sexual e reprodutiva.
Por isso uma das competências da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Bairro Cruz do Monte do Município Parelhas-RN é acolher gestantes e suas famílias, desde o primeiro contato na unidade de saúde ou na própria comunidade.
A gravidez e o parto são eventos fisiológicos e podem levar a alterações físicas e emocionais. É um dever da equipe de saúde primária oferecer cuidado e atendimento a grávidas, puérperas e recém-nascidos, tanto para promoção, prevenção e/ou tratamentos.
Durante a gravidez existem dúvidas, expectativas relacionadas ao contexto familiar e social. O médico, enfermeiro e a equipe em geral devem fazer ações de promoção e prevenção em saúde nestes grupos, por exemplo: vacinação, palestras, visitas domiciliares, gráficos informativos, formação de grupos de apoio para as grávidas, puérperas e recém–nascidos.
Levando em consideração o exposto, foi elaborada um Matriz de Intervenção por nossa equipe a partir de uma reunião utilizando a Auto avaliação para Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (AMAQ), para a escolha do problema que afeta a população. Identificou-se como problema de saúde com uma pontuação de 2 pontos o percentual de consultas de gestantes, puérperas e recém-nascidos realizadas mensalmente, pertencentes ao padrão preconizado – Coordenação do cuidado.
Esperamos, com essa intervenção, melhorar a quantidade e a qualidade das consultas a este grupo e aumentar o conhecimento das gestantes e puérperas, para que tenham uma melhor gravidez e puerpério, com um melhor desenvolvimento psíquico, biológico e social posterior.
Nossa equipe criou um espaço e um momento para discutir, esclarecer dúvidas, sugerir temas e ouvir opiniões das grávidas e puérperas. Participaram das atividades vinte oito (28) grávidas e doze (12) puérperas com com seus doze (12) recém nascidos. Foi registrada a idade, escolaridade, classe econômica e trimestre de gravidez das gestantes. Com este grupo dividido em subgrupos de vinte (20) pacientes, trabalhou-se com palestras duas (2) vezes por semana, durante três (3) semanas.
As palestras giraram em torno de temas sobre os cuidados que devem ter as grávidas, puérperas e recém nascidos: tipo de dietas; quantidades de exames que devem ser feitos; vacinação; os fatores de riscos que podem afetar seus desenvolvimentos; tipos de atividades físicas; importância da participação paterna durante o período de gestação, parto e puerpério; depressão pós parto; o desenvolvimento do vínculo da tríade mãe/pai/filho; cuidados após o parto e com o recém-nascido; importância do crescimento e desenvolvimento infantil.
Com base nesse contexto aprendeu-se que fazendo as palestras e as consultas planejadas obteve-se um resultado satisfatório conscientizando os pacientes sobre o assunto em discussão. Nesse sentido, os pacientes foram informados com detalhe sobre a importância de assistir às consultas planejadas para conhecer sobre o desenvolvimento das grávidas, puérperas e recém-nascidos, além dos fatores de risco que podem afetar esses grupos e, assim, obter uma melhor qualidade de vida.
Como dificuldades encontrou-se que não foi dedicado tempo para se fazer um intercâmbio de opiniões, ou seja não realizamos um feedback e seria nesse momento que os pacientes poderiam se expressar, não ficando apenas recebendo informações passivamente; um baixo nível educacional das participantes; más condições de higiene; assim como um espaço físico insuficiente para atendimento à demanda. Como potencialidades identificou-se o interesse e a necessidade das participantes em receber as consultas pré-natais planejadas.
Pôde-se observar que o trabalho de micro intervenção com as pacientes atingiu resultados expressivos, à medida que serviu como dispositivo de suporte social e complemento das consultas pré-natais.
Acreditamos que dando continuidade a essa ação melhora-se cada vez mais a assistência e a qualidade do atendimento às pacientes. Como sugestão de melhoria, falou-se da importância de ouvir as demandas e dúvidas que se ajustem às necessidades das participantes, assim como a conformação de um grupo de apoio às gestantes e puérperas com o foco principal no acolhimento às suas demandas.
Matriz de Intervenção
Descrição do padrão: Coordenação do Cuidado |
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Descrição a situação problema para o alcance do padrão: Percentual de Grávidas, Puérperas e Recém-nascidos atendidos mensalmente. |
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Objetivo/Meta: 1. Melhorar a quantidade e a qualidade das consultas a este grupo e aumentar o conhecimento das gestantes e puérperas, para que tenham uma melhor gravidez e puerpério, com um melhor desenvolvimento psíquico, biológico e social posterior. |
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Estratégias para alcançar os objetivos/metas
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Atividades a serem desenvolvidas (detalhamentos da execução) |
Recursos necessários ao desenvolvimento das atividades |
Resultados esperados |
Responsáveis |
Prazos |
Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados |
Registrar as atividades coletivas mediante o controle da assistência |
Palestras e Educação continuada de Grávidas e Puérperas |
Cartilhas informativas
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Aumento da quantidade e qualidade das consultas |
Enfermeiro, Guillermo |
Contínuo |
Número de atendimento de Grávidas, Puérperas e Recém-nascidos registrado e total de atividades realizadas pela equipe |