RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: PLANEJAMENTO REPRODUTIVO, PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO NA UBS POV. SAQUINHO, EM TOBIAS BARRETO (SE).
ESPECIALIZANDO: RENAN XAVIER PINHEIRO
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
Sobre o Planejamento Reprodutivo, é comum a equipe de saúde realizar palestras educativas sobre diversos temas, inclusive os mais comuns, como Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes. Também realizamos com certa frequência palestras sobre anticoncepção, ensinando como utilizar os principais métodos contraceptivos disponíveis na unidade. Não é comum discutirmos temas como diversidade sexual e relações de gêneros. Porém orientações sobre prevenção do HIV/AIDS, além de outras DSTs sempre fazem parte de muitas palestras realizadas pela equipe, que está sempre alerta a qualquer suspeita ou casos diagnosticados para serem notificados e encaminhados aos centros de referências. As demais DSTs são tratadas adequadamente na própria unidade. É perceptível o número aumentado de jovens adolescentes grávidas sendo atendidas na unidade. É necessário aumentarmos o número de palestras para esse grupo, realizando também esse tipo de palestras nas escolas.
Em relação ao Pré-Natal e Puerpério, o adequado acompanhamento exige busca ativa das gestantes na área, fazendo levantamento periódico de todas elas, inclusive as que fazem pré-natal em serviço privado. Durante o acompanhamento, solicitamos todos os exames complementares recomendados pelo Ministério da Saúde de acordo com a idade gestacional, tratamos as DSTs diagnosticadas, além de um correto preenchimento da caderneta da gestante.
Também é fundamental realizarmos orientações quanto aos hábitos de vida, sejam nutricionais ou atividades físicas, já que muitas têm receio em fazer exercícios quando estão gestantes. Orientações durante o puerpério e algumas dúvidas de alterações fisiológicas no puerpério são sempre motivos de consulta da maioria das puérperas, assim como dúvidas sobre qual anticoncepcional utilizar ou quando poderá ter relação sexual novamente. Não menos importante, as dúvidas e orientações sobre a amamentação são sanadas nas consultas e/ou palestras com as mesmas.
O que se percebe na unidade em que trabalho é que o grupo de maior fragilidade seriam os jovens adolescentes. É fundamental intervir tanto nas mulheres quanto nos homens jovens adolescentes, pois na área de abrangência da unidade é perceptível um número relevante de gestantes adolescentes.
Algumas medidas para melhoria desses dados seriam: aumentar o número de palestras na unidade de saúde; aumentar o número de palestras nas escolas; orientar os principais métodos contraceptivos; questionar os jovens sobre seus conhecimentos quanto a educação sexual para sabermos quais as principais dúvidas; aplicar provas práticas para percebermos o nível de conhecimento a respeito do tema Educação Sexual e onde podemos focar melhor na intervenção. Espera-se, a partir de então, que o número de jovens gestantes reduza bastante no decorrer dos próximos anos.
Foram realizadas então as primeiras palestras iniciando pela USF. O público presente parecia bastante interessado e atento as orientações. Apesar de o foco ser o público jovem, estavam presentes também alguns idosos e alguns pais dos garotos. Para uma primeira palestra foi bem legal a participação dos jovens, apesar de que alguns ficaram tímidos na presença dos pais para sanar as principais dúvidas.
A palestra seguinte ocorreu na escola próxima a unidade de saúde. Foram abordados temas como anticoncepção, além das principais dúvidas de como ocorre a gravidez com seus “mitos” e “verdades”.
Agendamos também um mini-teste para ser realizado posteriormente para sabermos onde estão ainda as principais dúvidas e onde podemos melhorar nas orientações. Inclusive os primeiros colocados foram premiados com alguns presentes, como incentivo à participação e empenho.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, 32).
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