IMPLEMENTAÇÃO ATIVA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE VOLTADA PARA DIMINUIÇÃO DE AGRAVOS NA COMUNIDADE DE CRISTINÁPOLIS, SERGIPE, SEGUNDO A AUTO AVALIAÇÃO PARA MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA E MONITORIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
ESPECIALIZANDO: DAIANA LOUISE ANDRADE SILVA
ORIENTADORA: JULIANA FERREIRA LEMOS
Para realização da atividade de microintervenção foi solicitado com a Coordenadora da Atenção Básica o questionário do AMAQ (Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica), já preenchido anteriormente pela equipe em agosto de 2017. Realizamos uma reunião com todos integrantes atuais da equipe, enfermeiro, técnico de enfermagem, dentista, auxiliar do dentista, médica e os agentes comunitários de saúde (ACS) para uma nova reavaliação do questionário e uma avaliação das ações realizadas. Foram observadas as subdimensões que estavam regulares e condizentes com a pontuação e foi identificado um problema no quesito correspondente a educação permanente que diz: “as estratégias de educação permanente são construídas baseadas em temas e necessidades definidas com os profissionais da atenção básica”, (item 2.3) havia sido demarcado com pontuação 7, porém não está condizente com a realidade do momento, a pontuação real é 4 devido a alguns quesitos, não está sendo realizado periodicamente atividades de educação permanente para a equipe.
Foi observada pouca produção de atividades de caráter pedagógico para os integrantes da equipe, funcionários e para a população assistida. No começo do ano foram recontratados os ACS e agentes de endemias e alguns novos contratos. Para recebê-los a gestão da Atenção Básica ofereceu, nos dias 30/01/2018 a 02/02/2018, uma capacitação importante, curso introdutório de vários temas de saúde, para aprimoramento dos funcionários, porém, não houve continuidade e regularidade dessa dinâmica de prática de educação em saúde.
A educação em saúde é fundamental para o processo de trabalho da equipe, propicia maior capacidade de análise de problemáticas, intervenções e diminuição de agravos. Como médica realizei 2 atividades em 3 meses do atual ano de 2018, voltados para educação em saúde sobre hipertensão e diabetes com a participação de todos da equipe e de pacientes, e uma aula sobre tuberculose pois identificamos 2 casos confirmados na nossa área e dificuldade por parte da equipe do Centro de Atenção Psicossocial) CAPS em orientar esses pacientes que coincidentemente frequentavam o serviço. Os funcionários do CAPS e da nossa equipe foram também atualizados sobre conjuntivite e influenza, doenças que estão atualmente em surto. Percebemos em conjunto a importância dessas atividades e como o esclarecimento e o conhecimento melhoraram as dúvidas, a insegurança por parte dos funcionários em conviver e passar informação para os usuários.
Notamos a importância da continuidade nas dinâmicas de aprendizagem, temas que precisam ser ainda discutidos, regularidade nessas ações, maior busca ativa para aumentar participação dos usuários aos eventos pedagógicos e maior participação por parte da equipe de saúde dental que ainda não realizou nenhuma atividade pedagógica. Diante disso decidimos realizar a microintervenção voltada as práticas de educação em saúde.
O munícipio aderiu ao Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde- PROEPS-SUS em 2017, para recebimento de subsidio financeiro para estimular e fortalecer a qualificação dos trabalhadores da saúde do município de Cristinápolis- SE. Com esse programa buscaremos concretizar maiores resultados na microintervenção.
A microintervenção foi criada na mesma reunião com a equipe e com a participação da Coordenadora da Atenção Básica, realizamos, em comum acordo, a criação da matriz de intervenção, estabelecemos as estratégias para alcançar o objetivo de maior regularidade das práticas de educação em saúde para equipe e usuários, estabelecemos também metas de atividades educacionais mensais, já estipuladas no cronograma mensal das atividades gerais da equipe, levantamento de temas de necessidades atuais e importantes para as capacitações, firmamos acordo de espaço físico e uso de equipamento de multimídia com a Coordenadora da Atenção Básica para a realização das ações. Como dificuldade percebemos a pouca adesão dos usuários nas atividades educacionais anteriores, evidenciando a necessidade de divulgação maior e com antecedência das ações por parte dos agentes de saúde e, além disso, notamos pouca ação da equipe de saúde bucal em conjunto com a equipe completa.
A segunda atividade realizada na reunião da equipe foi construir um controle de registro dos atendimentos realizados, anteriormente esse controle só era feito mediante preenchimento da ficha de atendimento individual por cada profissional, decidimos confeccionar uma ATA que ficará disposta na sala de acolhimento, a técnica de enfermagem coletará os dados do paciente e o tipo de consulta realizada, esse instrumento servirá para quantificarmos posteriormente e aprimoramos nosso registro de cada indicador proposto pelo PMAQ a partir do SIS e o seu monitoramento mensal, após a coleta e a soma do número total de cada tipo de atendimento ou prestação de serviço iremos dispor os valores em uma planilha simplificada que é alimentada mensalmente e disposta no mural de avisos na recepção para a população ter acesso e poder verificar o quantitativo mensal de serviços realizados pela equipe. A planilha segue em anexo abaixo.
Aprendemos a importância de maior regularidade das atividades de educação em saúde e percebemos as potenciais melhorias que serão trazidas a nossa equipe e funcionamento com a intervenção, melhorias na difusão da informação, segurança dos profissionais em orientar os usuários, mais autonomia na dinâmica da equipe e singularidade de ações para organização geral e desenvolvimento da funcionalidade da Atenção Básica na nossa equipe que refletirá em saúde para a população adstrita.
PLANILHA DOS INDICADORES DO PMAQ DA EQUIPE 07
ESF DE CRISTINÁPOLIS – SE
DRA. DAIANA ANDRADE
REGISTRO MENSAL E MONITORAMENTO DE 2018
INDICADORES:
Média de atendimentos de médicos e enfermeiros por habitante. (AT/H)
Percentual de atendimentos de consultas por demanda espontânea. (%DE)
Percentual de atendimentos de consulta agendada. (%CA)
Índice de atendimentos por condição de saúde avaliada. (ATC)
Razão de coleta de material citopatológico do colo do útero. (CITO)
Cobertura de primeira consulta odontológica programática. (ODO)
JUN | JUL | AGO | SET | OUT | NOV | DEZ | |
AT/H | |||||||
%DE | |||||||
%CA | |||||||
ATC | |||||||
CITO | |||||||
ODO |
2.Coordenação do cuidado
Percentual de recém-nascidos atendidos na primeira semana de vida. (%RN)
JUN | JUL | AGO | SET | OUT | NOV | DEZ | |
%RN |
3.Resolutividade da Equipe de Atenção Básica
Percentual de encaminhamentos para serviço especializado.
Razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programáticas.
JUN | JUL | AGO | SET | OUT | NOV | DEZ | |
%ESP | |||||||
TTO |
4.Abrangência da oferta de serviços
Percentual de serviços ofertados pela Equipe de Atenção Básica. (%SAT)
Percentual de serviços ofertados pela Equipe de Saúde Bucal (%SBU)
JUN | JUL | AGO | SET | OUT | NOV | DEZ | |
%SAT | |||||||
%SBU |
MATRIZ DE INTERVENÇÃO
Descrição do padrão: 2.3 As estratégias de educação permanente são construídas coletivamente baseadas em temas e necessidades definidas com os profissionais das equipes de Atenção Básica. |
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Descrição da situação problema para o alcance do padrão:Os profissionais da atenção básica não realizam com periodicidade e de forma regular as atividades de educação em saúde permanente. | ||||||
Objetivo/Meta:Garantir a efetividade e regularidade das atividades educacionais em saúde para os funcionários da atenção básica e para os usuários. E como meta a realização mensal de tais atividades, planejamento mensal nas reuniões da equipe sobre data da próxima ação, tema de acordo com a dificuldade levantada pelos integrantes e fiscalização do funcionamento e resultados da intervenção proposta, observando as melhorias e fazendo um levantamento de diminuição de agravos com a educação em saúde como nossa prioridade. | ||||||
Estratégias para alcançar os objetivos/metas | Atividades a serem desenvolvidas (Detalhamento da Execução) | Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades | Resultados esperados | Responsáveis | Prazos | Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados |
Implementação em cronograma das atividades mensais atividades voltadas a educação em saúde para os profissionais da equipe e usuários, ministradas pela medica, enfermeira e dentista. Levantamento das problemáticas para escolha dos temas das capacitações. Reunião com a coordenação. | Reuniões mensais para planejamento das atividades e controle regular das execuções, e das melhorias Aulas de capacitação dos profissionais da equipe. Aulas informativas para os usuários. Criação de grupos de apoio para usuários que necessitem de acompanhamento mais rígido voltada em educação de saúde. | Espaço físico, cadeiras e insumos. Multimídia. Material didático informativo. Cartazes. | Aumentar a regularidade das atividades em educação saúde. Capacitar profissionais de saúde da equipe. Promover mais segurança e autonomia aos agentes de saúde na orientação realizadas aos usuários. Melhorar o acesso a informação aos usuários. | Coordenadora da atenção básica. Médica da equipe. Enfermeira. Dentista. | Mês de maio, já iniciado planejamento na reunião anterior e programação na data da próxima reunião com a equipe em 21 de maio. | Monitoramento da gestão da atenção básica Registro fotográfico, por assinatura em ata das atividades e dos participantes (funcionários e usuários). |