16 de julho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

RELATO DE EXPERIÊNCIA

 

TÍTULO: PLANEJAMENTO REPRODUTIVO, PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO: AÇÕES EDUCATIVAS COM ESCOLARES.

ESPECIALIZANDO: TANYA LISSETH PEDROSA ORTEGA

ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO

 

A principal função da atenção básica na atenção em planejamento reprodutivo seria o aconselhamento e a oferta de métodos contraceptivos. Tal fato é reforçado pela concepção da maioria dos usuários que ainda não identificam as unidades básicas de saúde como locais de promoção de saúde. Entretanto, os profissionais de saúde que atuam na atenção primária devem ser capacitados tanto para a orientação e prescrição de contracepção, quanto para a atenção ao usuário que planeja engravidar e que deseja ser avaliado previamente com o objetivo de verificar se está saudável e apto (BRASIL, 2015).

O auxílio à concepção ocorre de diferentes formas: disponibilizando e incentivando a avaliação pré-concepcional (consulta que o casal faz antes de uma gravidez), a fim de identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a evolução normal de uma futura gestação. Essa avaliação caracteriza-se como um importante instrumento para melhoria dos índices de morbidade e mortalidade materna e infantil. E as atividades a serem desenvolvidas nessa avaliação incluem: anamnese e exame físico, com exame ginecológico completo (incluindo exame das mamas), além da realização de alguns exames complementares de diagnóstico (BRASIL, 2013).

Em nossa Unidade Básica de Saúde (UBS) Elvira Francisca de Jesus, conhecemos as famílias de nosso território e de maneira programada promovemos ações educativas para homens e mulheres sobre a decisão de ter filhos ou não. Fazemos palestras uma vez sobre temáticas diferentes brindando orientações fundamental és sobre planejamento reprodutivo, pré-natal o puerpério, ofertamos métodos contraceptivos básicos a população, explicamos a importância e abordamos adequadamente a necessidade da utilização e prevenção de HIV/AIDS e das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Nossa equipe realiza notificação e encaminhamento dos casos diagnosticados de HIV e tratamos adequadamente as infeções de transmissão sexual. Nossa unidade básica de saúde tem 9 agentes de saúde, que fazem busca ativa das gestantes, inclusive adolescentes, fazemos levantamento periódico das gestantes que assistem a nossa consultar pelo e-sus e das que fazem pré-natal em serviço privado.

Ao receber em nossa consulta uma usuária suspeitando que ela está grávida, oferecemos o teste laboratorial rápido para confirmação ou não da gestação. Ao receber o exame com resultado positivo para gravidez, a gestante é imediatamente acolhida, tendo sua primeira consulta pré-natal agendada para enfermeira ou para o médico da unidade.  Para o pré-natal de baixo risco, o total de consultas como mínimo deverá ser de 7 (sete), com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro, as gestantes com risco incrementado som avaliadas a cada 15 dias pelo médico y a enfermeira sim não es possível a resolutividade ou a melhoria e encaminhada para a ginecologista de nossa área pelo e-sus.

Nossa primeira consulta pré-natal é feita geralmente pela enfermeira contempla anamnese completa incluindo os antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e obstétricos, data da última menstruação; a regularidade dos ciclos menstruais; uso de anticoncepcionais; intercorrências clínicas, obstétricas e cirúrgicas, detalhes de gestações prévias, caso haja; hospitalizações anteriores, traumatismos. Investiga-se aspectos sócio epidemiológicos. Destaca-se que a caderneta da gestante é preenchida adequadamente e as ISF são tratadas oportunamente quando são diagnosticadas. Ainda com relação ao pré-natal, ressalta-se que orientamos quanto aos cuidados nutricionais na gestação; Estimulamos os hábitos de vida saudável; Investigamos reações alérgicas e história pessoal ou familiar de doenças hereditárias/malformações; Orientamos sobre a importância de retornar para seguimento pré-natal e consulta de puerpério e explicamos a importância sobre amamentação e agendamos a data da próxima consulta.

Os profissionais de saúde envolvidos na assistência humanizada ao pré-natal devem conhecer a importância do aleitamento materno e estimular durante toda a gestação as mães para que amamentem, brindando orientações sobre a latência materna exclusiva hasta os 6 meses e a complementaria hasta os 2 anos, oferecendo instruções sobre o aleitamento e esclarecendo as principais dúvidas e oferecendo informações sobre as ventejas da mesma incluindo para a criança e para elas.

Segundo a portaria nº 1.153 (2014), o Governo Brasileiro considera a necessidade de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida, e continuado até os dois anos de idade, ou mais, complementado com alimentos adequados, seguros e saudáveis. De fato, o leite materno é o melhor e mais completo alimento para o bebê. Além disso, ele fortalece o sistema imunológico da criança, protegendo-a contra muitas doenças. Acredita-se que o aleitamento materno deve ser a primeira prática alimentar dos indivíduos, sendo necessário para a garantia da saúde e do desenvolvimento adequado das crianças.

Algumas investigações demostram a importância da promoção e do trabalho sistemático a fazer já que muitas mulheres, embora considerem o leite materno a melhor opção alimentar para a criança, não amamentam. Mesmo aquelas que se submetem à rotina assistencial, estabelecida pela política estatal como base para o êxito na amamentação, costumam desmamar seus filhos antes do quarto mês de vida. (BRASIL, 2004; ARAÚJO, 2007)

Nesta micro intervenção, sobre planejamento reprodutivo eu como médica da USB mais a enfermeira fizemos  uma palestra nas escolas de nossa área, nela foram abordadas as consequências da gravidez na adolescência devido a que temos adolescentes gravidas em nossa área, ofereci-os informações gerais sobre o uso de os anticoncepcionais e as infecções de transições sexuais, visto que o corpo da mulher nessa idade ainda não está preparado para ser mãe. 

Os estudantes ficaram motivados, pois mostramos fotos de algumas das complicações da gravidez em adolescência, assim como fotos de pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) destacando que elas podem ser prevenidas. Eles ficaram impressionados com os conhecimentos adquiridos, pois não conheciam só ligeiramente as formas de prevenção e as doenças que podem causar.   Aprendemos com essa experiência que nossos adolescentes têm escassas informações, seja na escola ou na família, sobre a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis.  A equipe gostou da atividade pela interação alunos-equipe de saúde presente, visto que os adolescentes mostravam muita atenção e fizeram muitas perguntas interessantes para tirar as dúvidas sobre o tema apresentado.    

Em nossa UBS temos que continuar trabalhando a melhorar a programação para desenvolver as discussões em locais adequados porque nossa clínica não tem condições de infraestrutura necessárias para realizar nossas atividades educativas de promoção da saúde e prevenção de doença com qualidade. Refletindo sobre o tema devemos insistir para dar continuidade a essas atividades. 

 

                                        Referências

 

ARAUJO, Raquel M. A.; ALMEIDA, J. A. G. Aleitamento materno: o desafio de compreender a vivência. Rev. Nutr., Campinas, v.20, n.4, p.431-438, 2007.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.153, de 22 de maio de 2014. Redefine os critérios de habilitação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), como estratégia de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à saúde integral da criança e da mulher, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 184p. (Cadernos de Atenção Básica; n. 23).

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

 

 

 

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