RELATO DE EXPERIÊNCIA
(Microintervenção 1)
TÍTULO: PLANO DE AÇÕES PARA REDUZIR A INCIDÊNCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE JAÍ CARVALHO, MUNICÍPIO NOSSA SENHORA DAS DORES, ESTADO SERGIPE.
ESPECIALIZANDO: OSVALDO DE LA RIVERA GARCÍA
ORIENTADOR: ANGELO AUGUSTO PAULA DO NASCIMENTO
Toda Unidade Básica de Saúde da atenção primaria à saúde (APS), possui o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima da vida das pessoas. Configura a principal porta de entrada para os serviços de saúde e tem, na figura do agente comunitário de saúde (ACS), o elo de comunicação entre a equipe e a população adscrito. Incorpora os princípios básicos do sistema único de saúde (SUS) da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social (BRASIL, 2017).
Minha Unidade Básica de Saúde, número 7, Jaí Carvalho, do Município Nossa Senhora das Dores, Estado de Sergipe participa das atividades planejadas no Programa Mais Médicos. Sendo de relevância para a equipe garantir o acesso a tratamentos, atenção da comunidade, e fornecer educação em saúde para o usuário e sua família. (TALAEI et al., 2016, p. 36).
Sendo muito importante avaliar os problemas e fazer um plano de ações para diminuir sua incidência. Com uso correto das potencialidades como um pessoal capacitado em saúde da família, os agentes comunitários com forte vínculo com a comunidade, participação do NASF para o abordagem de grupo com a nutricionista e professional de educação física; e de entes da gestão municipal para a toma de decisões (BRASÍLIA, 2017).
Para fazer um plano de ações sobre o principal problema de saúde fizemos um trabalho em equipe com os 6 agentes comunitários, a enfermeira, a técnica de enfermagem, e o médico. Iniciando com uma dinâmica de interativa, em seguida feito leitura da pauta por tópico que baseou-se no perfil epidemiológico local, conhecendo da realidade local e necessidades da comunidade. Mais tarde avaliamos os indicadores do PMAQ, até chegar ao consenso da escolha do problema para fazer a matriz de intervenção.
Avaliando o PMAQ. Colocamos no primer plano a Hipertensão Arterial seguindo o modelo da AMAQ, o padrão 4.29, subdimensão L, Atenção Integral a Saúde. A equipe de Atenção Básica organiza a atenção às pessoas com hipertensão, diabetes e obesidade com base na estratificação de risco. (BRASIL, 2017). Mostrando que o Índice de atendimentos por condição de saúde avaliada Hipertensão arterial, foi de 3 pontos: Dando importância ao problema, sobre a qual fizemos a matriz de intervenção com o objetivo/meta, construção de um plano de ações para reduzir em um 25 % a incidência da Hipertensão Arterial na UBS número 7, Jaí Carvalho.
Seguindo este conceito é necessário avaliar a doença hipertensão arterial sistêmica (HAS) já que é considerada um importante problema de saúde pública devido à sua alta prevalência e baixas taxas de controle, contribuindo significativamente nas causas de morbidade e mortalidade cardiovascular. No Brasil, 25% da população adulta apresenta essa doença e estima-se que em 2025 esse número terá aumentado em 60%, atingindo uma prevalência de 40%. A HAS, além de ser uma das principais causas de mortes por doenças do aparelho circulatório, acarreta um ônus socioeconômico elevado, com uma vida produtiva interrompida por invalidez temporária ou permanente. (MOREIRA et al., 2017). No nordeste do pais a prevalência é de 23,5 (DATASUS, 2018), e em nossa área é de um 25,6.
Estrategias para alcançar os objetivos e metas |
Atividades a serem desenvolvidas(detalhamento da execução) |
Recursos necesários para o desenvolvimento das atividades |
Resultados esperados |
Responsáveis |
Prazos |
Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados |
Registrar ao usuário hipertenso, e pesquisa de casos novos em cada atividade do equipe |
Adaptar o protocolo da HAS a nossa área do trabalho. Toma de pressão arterial a toda pessoa maior de 18 anos que chega à consulta |
Recursos materiais: Fichas para cadastro e acompanhamento de hipertensos, do Sistema de Informações em Saúde da Atenção Básica. |
Avaliação da prevalência e incidência da Hipertensão Arterial |
Médico |
Ime-diato e contí-nuo |
Registro da prevalência e incidência da hipertensão na ESF 7. Jaí Carvalho |
Construir um plano de ações de educação permenente em saúde que aborda os problemas sobre o autocuidado para o controle da HAS. |
Capacitação da equipe para a educação em saúde sobre usuários hipertensos. Fazer atividades individuais e coletivas encaminhadas a MEV, e usos correto de medicação |
Recursos materiais: Equipes e materiais audiovisuais que etimulem o desenvolvimento da equipe. Recurso financeiro para a confecção gráfica de cartilhas. Uso de notebook e projetor de imagem e vídeos. Impressos das escalas do risco e a escala de Framingham. |
Toda a equipe capacitada e envolvida na educação dos hipertensos com base na modificação do estilo de vida |
Enfer-meira |
Ime-diato e contí-nuo |
Plano eleborado com o número de ações realizadas. |
Estratificar o risco cardiovascular e avaliar escala de Framinghmam. |
Avaliar o risco cardiovascular em todas as pessoas de nossa área, as doenças acompanhantes E o estilo de vida (dieta e prática de exercícios). |
Recursos humanos: Em cada consulta médica e de enfermagem de Hiperdia fazer classificação de risco e acompanhamento para hipertensos. Recursos tecnológicos: solicitação anual de exames laboratoriais e de imagem para avaliar o risco cardiovascular |
Avaliação integral dos hipertensos cadastrados. Realizado pelo o médico e enfermeira. Com disponibilidade de uso de meios diagnósticos e medicamentos do dia e da emergência hipertensiva. |
Médico |
Um ano e conti-nua. |
Tabelas com o risco cardiovascular do território. Número de escalas de Framinghmam prenchidas |
Organizar atividades coletivas. |
Criar grupos de educação em saúde e fazer atividades recreativas, mínimo de uma vez por mês, com apoio do NASF. Incentivar a comunidade a participar das atividades físicas. E promover caminhadas coletivas 2 a 3 vezes por semana, pelo menos por 30 minutos |
Recursos materiais: Sala de reunião com mobiliário adequado e suficiente para atender a demanda. Convites para que os hipertensos participem das ações da ESF e da comunidade para modificar estilo de vida. Recursos humanos: equipe do NASF do município |
Hipertensos comprometidos com a modificação do estilo de vida. |
Agente comu-nitario Evilaziae pro-fessora de educa-ção física do NASF |
Men-sal e conti-nua |
Tabelas com grupos criados. Registros em livro de atividades coletivas com lista de participantes. |
Com a microintervenção a equipe Jaí Carvalho terá uma ferramenta nas mãos para melhorar a qualidade de vida das pessoas com hipertensão. Com um plano de ação para diminuir a incidência da doença, que inclui fazer atividades educativas, integrais e multifatoriais para atuar sobre os riscos, com a participação de todos para melhorar a saúde do indivíduo, a família e a comunidade. Diminuir a mobilidade e a mortalidade, o consumo de medicamentos, e o número de encaminhamentos e internamentos nos hospitais.
A equipe poderá oferecer aos usuários e a comunidade uma visão mais ampla do problema, dando-lhes conhecimento para adotar atitudes de mudanças de hábitos de vida. Oferecendo um melhor controle e seguimento dos indivíduos hipertensos, identificando precocemente os fatores de risco modificáveis. Tendo como importância, a necessidade de fortalecer as parceiras com a secretaria da saúde, assim como com os diferentes grupos operativos como o NASF, com o objetivo oferecer uma atenção diferenciada aos usuários hipertensos.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica: AMAQ. Brasília – DF. 2017.
BRASÍL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas Farmacêuticas no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 33 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Disponível em: <http://datasus.saude.gov.br/>. Acesso em: 2 maio. 2018.
TALAEI, M. et al. Incident hypertension and its predictors: the Isfahan Cohort Study.J Hyertension, v. 32, n. 1, p. 30- 82, 2016.
MOREIRA, J.P.L.; MORAES, JR.; LUIZ, R.R. A prevalência de hipertensão arterial sistêmica autorreferida nos ambientes urbano e rural do Brasil: um estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública, v. 29, n.1, p. 62-72, 2017.
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