15 de julho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

TÍTULO: Observação na Unidade de Saúde Parque das Luzes

ESPECIALIZANDA: Ana Lucia Pena Paredes

ORIENTADORA: Maria Helena Pires Araújo Barbosa

            A Unidade Básica Parque das Luzes do Município Jardim de Piranhas no estado Rio Grande do Norte realizou uma autoavaliação utilizando como ferramenta a Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica ( AMAQ), para a identificação dos padrões com avaliações igual ou inferior a cinco.

         Para isso, o primeiro passo foi a realização de uma reunião com os membros da equipe. O padrão escolhido foi o referente à alimentação do sistema de informação vigente da atenção básica (Padrão 4.16). Esse padrão tem a função de fornecer apoio informacional das atividades desenvolvidas pela equipe de saúde. Enfatizando este padrão como um problema na unidade básica em que atuo, foi realizada uma micro intervenção para melhora do padrão, esperando obter resultados positivos com sua execução e continuidade.

            No segundo passo elaboramos uma matriz de intervenção (quadro 1) que teve como objetivo melhorar a alimentação da informação no sistema de informação vigente na atenção básica. As estratégias elaboradas versam sobre manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no Sistema Único de Saúde (SUS); Registrar informações referentes aos serviços ofertados pela Unidade Básica de Saúde; Armazenar os dados da situação de saúde, considerando as caraterísticas socioeconômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas.

         Utilizamos como recursos humanos para o desenvolvimento das atividades o médico, a enfermeira, o técnico de enfermagem, o cirurgião dentista, os agentes de comunitários de saúde (ACS). Os recursos materiais utilizados foram os livros de registros, a folha de atendimentos diários e os prontuários. Designou-se como responsável a médica Ana Lucia Pena, a enfermeira Maria José Araújo, a técnica de enfermagem Fabíola Araújo, a cirurgiã dentista Magna Queiroz e ACS Andreza Carla de Oliveira, Fernanda Regís, Maria de Fátima Neto e Edileusa Bezerra. Os prazos os 30 dias do mês de abril.

        No terceiro momento colocamos em prática a micro intervenção e abordamos a importância do tema do cadastramento nas atividades educativas realizadas na Unidade de Saúde; Selecionamos um membro da comunidade, por micro área, para apoiar a adesão dos usuários ao cadastramento; Monitoramos semanalmente os novos cadastros; Elaboramos os livros de registros dos serviços ofertados pela Unidade Básica; Atualizamos diariamente os livros de registros; Revisamos os livros de registros ao terminar a jornada do trabalho; Realizamos uma reunião semanal da equipe para monitorar o comportamento da alimentação do sistema e-SUS avaliando a qualidade do preenchimento dos registros baseados nos critérios de preenchimento do sistema ESUS-SIBSA; Sistematizamos   um contato semanal com o Departamento de Estatística da Secretaria de Saúde como complemento da informação fornecida.

         Com relação às principais fragilidades e potencialidades para o desempenho do processo de trabalho, destaca-se como fragilidade os insuficientes registros dos serviços da unidade básica e os cadastramentos familiares e individuais incompletos. Já como potencialidades, consideramos a existência de um território definido, e uma equipe de saúde com motivada a realizar o trabalho.

       Com a micro intervenção aprendemos a utilizar a informação como uma ferramenta no trabalho diário, o que contribuiu para a melhoria da qualidade da informação necessária para a alimentação ao sistema e-SUS de forma regular e consistente. Além disso, a execução da micro intervenção permitiu ter melhor conhecimento do território adscrito e um melhor planejamento das atividades que são desenvolvidas na unidade básica. Desta forma foi possível conhecer o percentual dos serviços prestados.

        As dificuldades encontradas foram o cadastramento das famílias e dos indivíduos no SUS incompletos; A falta de registros das informações referentes aos serviços ofertados pela Unidade Básica e a utilização de forma sistemática no gerenciamento dos processos de saúde; Insuficientes registros dos dados da situação de saúde, considerando as características socioeconômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas as quais são indispensáveis na avaliação do processo saúde-doença em uma dimensão mais completa.

        Os impactos alcançados com a micro intervenção foram: incremento do cadastramento das famílias e dos indivíduos no SUS; Registro das informações referentes aos serviços ofertados pela Unidade Básica de Saúde e utilização de forma sistemática; Registros dos dados da situação de saúde considerando as caraterísticas socioeconômicas, culturais e epidemiológicas assegurando melhor apoio informacional das atividades desenvolvidas pela equipe de saúde e que é necessário para tomada de decisões.

        Com a continuidade do micro intervenção espera-se atingir melhor qualidade dos dados reportados, garantindo a incorporação à rotina do serviço, para um adequado processo de trabalho e maior resolutividade dos problemas da população do território adscrito. Ainda é preciso melhorar os conhecimentos dos ACS na utilização dos equipamentos de informática para garantir uma boa alimentação do sistema informação vigente na atenção básica.

      Quadro 1: Matriz de intervenção do padrão 4.16 da AMAQ para Unidade Básica Parque das Luzes do Município Jardim de Piranhas no estado Rio Grande do Norte

Descrição do Padrão 4.16: A equipe da Atenção Básica realiza alimentação do sistema de informação vigente da atenção básica de forma regular e consistente

 

Descrição da situação problema: A Equipe não realiza uma boa alimentação do sistema de informação vigente da atenção básica

Objetivo/metas: Melhorar a alimentação do sistema de informação vigente da atenção básica.

Estratégia para alcançar os objetivos/metas

 

Atividades a serem desenvolvidas (Detalhamento da execução)

 

Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades

Resultados esperados

Responsável

– Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no SUS.

– Registrar informações referentes aos serviços ofertados pela Unidade Básica de Saúde.

– Registrar os

dados da situação de saúde considerando as características socioeconômicas culturais, demográfica e epidemiológica.

 

 

– Alimentar o sistema de informação e-SUS-SISAB.

– Registrar informações dos serviços utilizados.

 

– Recursos Humanos: médico, enfermeira, técnico de enfermagem, cirurgião dentista e ACS.

 

– Recursos Materiais: livros de registros, folha de atendimentos diários e prontuários.

Informar o 100% das informações no e-SUS da população adstrita.

Médica: Ana Lucia Pena

                                                                    Enfermeira: Maria José de Araújo

                                                                    Técnica de enfermagem: Fabiola Paiva

                                                                      Odontóloga: Magna Queiroz

Agentes de Saúde: Andreza Carla Maria de Fatima Fernanda Regis Edileusa Bezerra

                                                                                      

 

Fonte: Elaborado pelo próprio autor.   

Estrutura física da Unidade Parque das Luzes

                 

 

 

 

 

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