Aperfeiçoamento da equipe para implantar o acolhimento
TITULO: Acolhimento, principo ético no sistema de saúde.
ALUNO. Alicia Espinosa Lòpez
ORIENTADOR. Cleyton Cèsar Souto Silva
Para iniciar este relato é muito importante dizer que acolhimento implica na maneira de receber ou de ser recebida, recepção, consideração, então uma amostra de um bom serviço começa com uma boa recepção e projeção do funcionário ao usuário.
A respeito da atenção básica, ela não é capaz de oferecer atenção integral isoladamente em todas as situações, ela pode dar conta de grande parte dos problemas e necessidades de saúde das pessoas e grupos populacionais, articulando diversos tipos de tecnologias, desde que tenha (ou construa) disposição e capacidade de identificar/compreender as variadas demandas/problemas/necessidades de saúde e de intervir nessas situações de forma resolutiva e abrangente. (BRASIl 2011)
As equipes de atenção básicas têm a possibilidade de estar perto da população e conhecer melhor as famílias a serem tratadas, sabendo quais são as principais problemáticas delas, pelo que devem ter maior responsabilidade no cotidiano dos serviços e assim oferecer um atendimento continuo, com maior organização e um enfoque comunitário, respondendo as necessidades diárias das famílias e assim impactar positivamente as vidas da população da área abrangente e visitantes estrangeiros, já que estamos expostos a constantes movimentos de pessoas e algumas famílias que se movem de um lugar para outro.
Nesse sentido é importante contribuir para o melhoramento do acolhimento das demandas espontâneas já que a maior porcentagem dos problemas de saúde pode ser resolvida na atenção primaria, porque é onde as pessoas normalmente procuram orientação e respostas para suas necessidades, por isso é importante ter funcionários capacitados no campo de trabalho, oferecendo um bom atendimento, informação ou orientação de qualidade, satisfazendo o usuário, e atendendo ás necessidades da comunidade.
Como foi estudado no módulo sobre acolhimento á demanda espontânea e a demanda programada, o príncipio do primeiro contato refere-se ao fato de ser a porta de entrada mais fácil e próxima do usuário para os serviços de um sistema de saúde. Logo deverá ser um lugar próximo da comunidade, com profissionais preparados e atendendo ás exigências das políticas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como das principais problemáticas de toda a faixa etária da área de abrangência, dividido por equipes, estando estas organizadas por um número de famílias.
Em resumo, os exemplos anteriores evidenciam que a atenção básica, para ser resolutiva, deve ter tanto capacidade ampliada de escuta e análise quanto um repertório, um escopo ampliado de ofertas para lidar com a complexidade de sofrimentos, adoecimentos, demandas e necessidades de saúde as quais as equipes estão constantemente expostas (BRASIL, 2011)
Na UBS Igarapé da Fortaleza do município de Santana, Estado Amapá, existem há muito tempo estratégias de acolhimento implantadas no sistema de trabalho, para demandas espontâneas e programadas para todas as equipes de saúde. Mas como há uma nova diretora no posto de saúde, foi necessário realizar uma reunião da equipe em conjunto com ela, para discutir e chegar a novos acordos com intuito de uma melhor organização para o nosso processo de trabalho do dia a dia. Na Quinta-Feira da última semana de Junho, foi realizada a reunião na UBS, na qual participaram todas as equipes de trabalho da unidade, na mesma foram falados viários assuntos relacionados com o horário de cada equipe, dias de visitas domiciliar, consultas de especialidades, entre outros, como limpeza na sala de vacinas e na sala de coleta para exames. Todavia com respeito ao acolhimento, foram tomados várias decisões: o primeiro exige que permaneçam os mesmos dias de agendamento de consulta programados para que não haja confusão com pacientes que mantém um acompanhamento médico regular, e assim garantir a satisfação dos mesmos.
No decorrer da reunião surgiu um segundo acordo: classificação de risco no atendimento, já que existe muita dificuldade com isso, pois geralmente todo o indivíduo ao chegar ao posto, deseja ser atendido de forma rápida, assim requer alguém capacitado para oferecer uma informação convincente sobre prioridades de atendimento, e que o usuário fique satisfeito.
O protocolo de Manchester escrito para serviços de prontos-socorros recomenda que o atendimento seja realizado em, no máximo 240 minutos, o que não se adequa aos serviços de Atenção Primária à Saúde, que possui uma clientela adstrita e pratica o vínculo e a longitudinalidade da assistência. Assim por exemplo um paciente que procura a unidade de forma espontânea, por achar que precisa de um exame de rotina ou para trocar uma receita vencida pode ser encaminhado para o agendamento programado, e não necessariamente ser atendido naquele momento, principalmente se a demanda espontânea do dia estiver sobrecarregada o serviço. (BRASIL, 2011)
Embora presenciemos dificuldades para a programação dos horários, pois todos os profissionais e funcionários da unidade de saúde devem participar, e o posto funcionam a semana toda, foi difícil, mas todos concordaram em ajustar as consultas e atividades no horário vespertino, para poder dar cumprimento ao mesmo, pois o curso de acolhimento já se encontra em andamento.
Também existem outras dificuldades de preocupação coletiva e que afeta os usuários na hora do acolhimento e atendimento médico com respeito à unidade, quanto a estrutura física e equipamento. No momento a UBS está apresentando problemas com o teto e paredes, neles encontram-se vazamentos, e ainda não foram resolvidos. Também as centrais de ar acondicionado de todas as salas não estão funcionando por problemas técnicos, a cadeira da sala de odontologia também não estão funcionando. Esses problemas foram registrados na ata da reunião comprometendo a nova diretora a resolvê-los ou pelo menos fazer todo o possível para melhorar a qualidade dos serviços e assim oferecer um bom acolhimento á população que precisa, e os trabalhadores também. A quarta estratégia foi apresentar um relatório por escrito de todas essas problemáticas na prefeitura e exigir dela a resolução imediata.
Na realização dessa microintervenção fez-se necessária, uma vez que promoveu a autoavaliação da equipe, a organização e delimitação das funções de cada integrante (as quais permanecem as mesmas, segundo as recomendações do Ministério da Saúde), a diferença se faz com o pessoal do SAME na busca por melhorar o acolhimento após o curso sugerido. As potencialidades estão na observação dos pontos a crescer e promover a valorização das atividades exercidas com excelência de forma a valorizar também os profissionais que as realizam para que as mesmas sejam feita com maior profissionalismo e responsabilidade.
A reunião foi muito produtiva já que cada membro da equipe explicou os problemas que afetam diretamente a recepção e acolhimento do usuário e seu ponto de vista para dar uma solução, pois aprendemos que devemos procurar soluções para os problemas em equipe e que haja uma melhor comunicação entre profissionais, funcionários, e usuários, garantindo assim um atendimento de qualidade para todos.
Daqui para frente espera-se mais organização no trabalho, conhecimento teórico nos funcionários, para coloca-los em prática, humanismo para com o próximo e, maior satisfação na população enquanto a resolução dos problemas, gerando menos queixas no dia a dia e menos acúmulos de pessoas em filas para marcação de consultas agendadas. Também acreditamos que oferecendo mais informação á população sobre quais são as prioridades de atendimento vá ficar clara a forma de trabalho da UBS e haverá mais compressão por parte do usuário face ao tempo de espera que leva para ser atendido.