22 de junho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

RELATO DE EXPERIENCIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TÍTULO: AUTOAVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS                                                                   

 

               INDICADORES NA EBS 142 DA UBS JOAQUIM SALDANHA.

 

 

 

AUTOR:      ISMEL SAUL GARCIA TOLEDO

 

 

 

ORINETADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA                                                                            

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma das principais diretrizes atuais do Ministério da Saúde do Brasil, e executar a gestão pública com base na indução, monitoramento e avaliação de processos e resultados mensuráveis, garantindo acesso e qualidade da atenção em saúde a toda a população. Nesse sentido, o Ministério da Saúde (MS) propõe várias iniciativas centradas na qualificação da Atenção Básica, e entre elas, destaca-se o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). (BRASIL, 2015).

No contexto do PMAQ, o Ministério inclui autoavaliação como ponto de partida da fase de desenvolvimento, é um dispositivo que pretende provocar na equipe a constituição de um grupo sujeito da mudança e da implantação de novas práticas de atenção, gestão, educação e participação (BRASIL, 2016).

Ainda dentro das medidas estabelecidas pelo PMAQ, para a avaliação contínua da Atenção Básica, está incluído o monitoramento dos indicadores de desempenho das Equipes Básicas de Saúde, como forma de monitorar o comportamento das medidas de saúde, A partir do 3º ciclo do PMAQ, o monitoramento de onze (11) novos indicadores de desempenho de saúde deve apoiar ainda mais as Equipes de Atenção Básica na gestão do cuidado em seus territórios (BRASIL, 2017). Nesse sentido, e como plataforma para a avaliação e o monitoramento das ações na Atenção Básica, o Ministério da Saúde lança o novo SISAB, que moderniza a plataforma tecnológica, utilizando o software eSUS AB, composto por o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PECAB) e a Coleta de Dados Simplificada (CDSAB) e seus instrumentos de coleta de dados, atendendo a diversos cenários de informatização e de conectividade (BRASIL, 2013).

Sabendo disso, apresento minha experiência durante a microintervenção feita na UBS Dr. Joaquim Saldanha, na cidade de Mossoró em Rio Grande do Norte, com o objetivo de melhorar a qualidade de nosso trabalho. O relato incluiu a experiência vivida durante o processo de autoavaliação da EBS, as conclusões da mesma e a elaboração de uma matriz de intervenção para responder às dificuldades encontradas e também comentamos como são monitorados os indicadores e a utilidade do sistema de registro de dados PEC.

Nosso relato de experiência inclui uma primeira parte que descreve o processo de condução da autoavaliação baseado no AMAQ, descrito no quadro 1, e  a preparação da matriz de intervenção, (quadro 2).

 

          QUADRO 1- RESULATDOS DA AUTOAVALIAÇÃO.

 

Subdimensão

Nº Padrões

Pontuação

A-   Implantação e implementação da atenção básica no município

 

9

63

B- Organização e integração da Rede de Atenção à Saúde

2

15

C- Gestão do trabalho

 

4

60

D- Participação, controle social e satisfação do usuário

 

4

24

E- Apoio institucional

 

2

10

F- Educação permanente

 

6

48

G- Monitoramento e avaliação

 

4

24

H- Infraestrutura e equipamentos

 

8

40

I- Insumos, imunobiológicos e medicamentos

 

8

40

J- Educação permanente e qualificação das equipes de Atenção Básica

 

3

22

K- Organização do processo de trabalho

 

14

84

L- Atenção integral à saúde

 

35

175

M- Participação, controle social e satisfação do usuário

 

4

24

N- Programa Saúde na Escola

6

42

 

 

 

 

 

 

 

         

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Fonte: do autor.

 

 

 

    QUADRO 2 – MATRIZ DE INTERVENÇÃO.

IDENTIFICAÇÃO DO PADRÃO:  K 4.9
DESCRIÇÀO DO PADRÃO: A Equipe faz registro e monitoramento das solicitações deos exames, encaminhamentos às especialidades, também como os retornos
 

Descrição da situação encontrada

 

Resultados esperados

Estratégia para alcançar os objetivos

 

 

 

Responsável

 

Prazo de execução

 

Mecanismo e Indicador para avaliar o alcance dos resultados

 

A ESF não tem registro de acompanhamento das solicitações de exames e encaminhamento às especialidades nem dos retornos.

 

Garantir que a equipe mantenha registro das referências, contra referências, e solicitações de exames de todos os usuários em especial dos casos mais graves e complexos.

 

1. Discutir a proposta com o, gerente de unidade.

 

2. Criar registro de referências, contra referências e solicitações de exames de todos usuários em especial de os casos mas graves e complexos.

 

3. Acompanhamento personalizado  dos casos encaminhados as especialidades  e com exames pendentes.

 

3. Reunião de análise do comportamento dos casos encaminhados e com solicitações de exames.

 

 

 

 

Samara, enfermeira da equipe

 

 

– Ismel Saul, médico da equipe

 

 

 

 

 

 

 

Todos os ACS da equipe

 

 

 

 

Saul e Samara médico e enfermeira da equipe

 

Primeira semana do mês de Maio

 

Primeira semana do mês de Maio

 

 

 

 

 

 

 

 

Permanente

 

 

 

 

 

2ªe 4ª semana de cada mês.

.

Análise todos os meses na reunião de equipe.

     Fonte: do autor.

 

  Na segunda etapa de nossa microintervenção, a equipe básica de saúde realiza uma análise do sistema de registros de dados, PEC e a importância de monitorar os indicadores também no contexto do PMAQ, nossa equipe acompanha a cada mês o comportamento dos principais indicadores, no relatório de produção do PEC da equipe, obtemos o resumo de cada mês dos principais indicadores do nosso trabalho. Um exemplo de como um desses indicadores é monitorado em nossa equipe, ( quadro 3).

 

QUADRO 3 – MÉDIA DE ATENDIMENTOS MEDICOS E ENFERMEIROS POR MÊS

 

 

 

JANEIRO

 

FEBREIRO

 

MARCO

 

ABRIL

 

MAIO

 

JUNHO

NA Media NA Media NA Media NA Media NA Media NA Media
Atendimentos medico e enfermeiro  

176

 

5,0

 

159

 

4,5

 

114

 

3,2

 

294

 

8,4

       

  Fonte: do autor.

 

 Uma vez concluídas todas as etapas de nossa microintervenção, fizemos uma análise retrospectiva de todo o processo, com o objetivo de destacar os elementos mais significativos da experiência.

Considero que o exercício de auto avaliação da equipe não só nos ajudou a identificar as dificuldades e formar um plano de ação para resolve-las,  também acho que nos mostrou a importância do trabalho em equipe na busca coletiva por melhores resultados do nosso desempenho na Atenção Básica, acredito também que foi um primeiro passo para iniciar o processo de mudanças necessárias em nossa ótica do trabalho, o seja, de como deve ser o funcionamento de uma EBS, quais são seus objetivos e os métodos para alcançá-los.  Acredito que a implementação na atenção básica do novo sistema de registro de dados, SISAB, tem sido muito útil para nós, pois facilita a avaliação e o monitoramento das ações e indicadores de desempenho das nossas equipes básicas.

Como aspecto negativo, podemos apontar que, infelizmente, vários dos problemas identificados, especialmente aqueles relacionados à estrutura e recursos materiais, dependem da gestão municipal e que estão causando um efeito negativamente na qualidade dos serviços que oferecemos. Também como um elemento negativo, destacamos que infelizmente, não encontramos outros relatos de experiências relacionadas ao tema, o que teria sido uma boa referência e também enriquecido nosso trabalho. Gostaria que outras pessoas interessadas neste tópico no futuro pudessem usar nossa experiência em seu desempenho na Atenção Básica e também como referencia em trabalhos investigativos.

RENGÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ): manual instrutivo 3º Ciclo (2015 –  2016). Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Acesso em: 2. maio, 2018. Disponível em:<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/ Manual instrutivo 3 Ciclo PMAQ.pdf >.

—— Ministério da Saúde. Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica, (AMAQ). 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Acesso em: 2. maio, 2018. Disponível em:<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/AMAQ_AB_SB_3ciclo.pdf>.

—— Ministério da Saúde Tutorial para preenchimento da autoavaliação.  Acesso em: 3. maio, 2018.Disponível em: <http://amaq.lais.huol.ufrn.br/amaq_homologacao/static/assets/docs/como_fazer_autoavaliacao.pdf>.

—— Ministério da Saúde. Portal do Departamento de Atenção Básica. Noticias. Indicadores de desempenho do PMAQ: Quais são, e por que monitorá-los?. 2017. Acesso em: 3. maio 2018. Disponível em:<http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias. php?Conteúdo=_&cod=2447>.

 ——Ministério da Saúde. Portaria nº 1.412, de 10 de julho de 2013. Institui o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB). 2013h. Acesso em: 3. maio 2018. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1412_10_07_2013.html>.

——MINISTÉRIO DA SAÚDE . E-SUS Atenção Básica: Sistema com Coleta de Dados Simplificada – CDS: Manual para preenchimento das fichas. Brasília: Ministério da Saúde, 2013b. Acesso em: 3. Maio, 2018. Disponível em:<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/manual_cds.pdf>. 

 

 

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