19 de junho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

microintervençao 1

TÌTULO: TRABALHO EM EQUIPE MELHORA A SAÙDE DO POVO

 

ESPECIALIZANDA: ILIANA PUENTES BARROSO

 

ORIENTADORA: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA

 

A UBS onde trabalho tem de nome Nubia Bezerra da Silva, encontra-se situada em uma zona rural chamada Pereiros a 20 km aproximadamente da cidade de Parazinho, município de Rio Grande do Norte, pela estrutura se enquadra no porte 1, pois tem capacidade para só uma equipe de saúde, conta com uma estrutura moderna e confortável. .

Nossa equipe de saúde tem uma área de abrangência composta por um total de 2852 pacientes, divididos em 713 famílias, deles distribuídos em seis  (6) micro áreas, dos quais 603 moram na zona urbana e o resto na zona rural, geralmente em fazendas, povoados e assentamentos distantes uns de outros. A equipe está formada por uma médica, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, um cirurgião dentista, uma técnica em saúde bucal, uma recepcionista e seis (6) agentes comunitários de saúde, além de uma assistente em serviços gerais que também, cobrindo assim o 100% da população, a equipe trabalha em conjunto ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) do município.

Recentemente a equipe foi objeto de avaliação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) que procura contribuir para a superação das concepções da atenção primária. Para tanto, situa a avaliação como estratégia permanente para a tomada de decisão e ação central para a melhoria da qualidade das ações de saúde, sendo esta considerada como atributo fundamental a ser alcançado no SUS (AMAQ, 2017). Nessa direção, precisamos fazer uma autoavaliação previamente para tentar resolver a maior quantidade de dificuldades e conseguir uma pontuação satisfatória, para isso a equipe usou o instrumento “Auto avaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica“ (AMAQ). Para dita auto avaliação a equipe foi reunida contando com a participação de todos os membros, pois cada um representa uma peça importante no funcionamento da Unidade Básica de Saúde (UBS), o objetivo principal da reunião foi debater, analisar e dar resposta a cada um dos aspectos do instrumento.

Entre os pontos de análise foram avaliados e pontuados pela equipe os aspectos referentes à dimensão UBS relativos às subdimensões:

H – Infraestrutura e equipamentos
I – Insumos, imunobiológicos e medicamentos
J – Educação permanente e qualificação das equipes de Atenção Básica
K – Organização do processo de trabalho
L – Atenção integral à saúde.
M – Participação, controle social e satisfação do usuário
N – Programa Saúde na Escola.

As subdimensões H e N, foram classificadas de regular, as demais tiveram classificação satisfatória. Uma vez finalizada a discussão a equipe decidiu que o problema identificado para criar uma matriz de intervenção com resultado inferior de cinco (5) pontos e possível solução independente da gestão seria da subdimensione L- Atenção Integral à Saúde, o item 4.29 referente às seguintes queixas: a  equipe limitava dias específicos na agenda para o cuidado das pessoas com doenças crônicas,  equipe não contava com um cadastro das pessoas com hipertensão, diabetes e obesidade com base na estratificação de risco, a equipe não oferecia opções de grupos terapêuticos e de atividades educativas sobre alimentação saudável e incentivo à prática de atividade física na UBS ou em outros espaços do território, como Academia da Saúde, praças e associações, atividades essas, obstruídas pela grande demanda de consultas individuais e pela negativa de algum funcionários e usuários de usar um expediente do cronograma para realizar essa tipo de  atividades.

Quadro 1– Matriz de intervenção

Descrição do padrão: 4.29 – A equipe de Atenção Básica organiza a atenção às pessoas com hipertensão, diabetes e obesidade com base na estratificação de risco.
Descrição da situação-problema para o alcance do padrão: a  equipe limitava dias específicos na agenda para o cuidado das pessoas com doenças crônicas,  equipe não contava com um cadastro das pessoas com hipertensão, diabetes e obesidade com base na estratificação de risco, a equipe não oferecia opções de grupos terapêuticos e de atividades educativas sobre alimentação saudável e  não incentiva a prática de atividade física na UBS ou em outros espaços do território, como Academia da Saúde, praças e associações.
Objetivo/meta: Conseguir/fazer o cadastro de pacientes com diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas com base na estratificação de risco, mostrar a importância que tem as atividades de prevenção e educação em saúde para prevenção de doenças ou/e complicações.
Estratégias para alcançar os objetivos/metas Atividades a serem desenvolvidas Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades Resultados esperados Responsáveis Prazos Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados
Fazer o cadastro com estratificação de risco dos pacientes que sofrem diabetes e/ou hipertensão Consultas individuais Fichas de cadastro Melhorar o sistema de registro e cadastramento dos nossos pacientes Médica

Enfermeira

30 dias Exposição dos resultados na reunião do mês seguinte
Capacitação dos funcionários e usuários Palestras sobe importância de atividades educativas e preventivas na comunidade Notebook; Valorização das atividades preventivas Médica;

Enfermeira;

Técnica de enfermagem;

Direção da unidade.

15 dias Exposição de resultados na reunião do mês seguinte.
Criar “ O dia de cuidar nosso corpo” Caminhada matutina

Exercícios de alongamento com educador físico

Café de manhã saudável

Recursos humanos

Frutas e alimentos saudáveis

Estimular estilos de vida saudáveis Médica;

Enfermeira;

Técnica de enfermagem;

Direção da unidade.

Agentes comunitários de saúde

30 dias Exposição dos resultados na reunião do mês seguinte.

Além dessa primeira parte da intervenção proposta, a reunião também teve como objetivo criar uma forma de registro e monitoramento dos indicadores do PMAQ abaixo descriminados:

Média de atendimentos de médicos e enfermeiros por habitante.

Percentual de atendimentos de consultas por demanda espontânea.

Percentual de atendimentos de consulta agendada.

Índice de atendimentos por condição de saúde avaliada.

Razão de coleta de material citopatológico do colo do útero.

Cobertura de primeira consulta odontológica programática.

Percentual de recém-nascidos atendidos na primeira semana de vida.

Percentual de encaminhamentos para serviço especializado.

Razão entre tratamentos concluídos e primeiras consultas odontológicas programáticas.

Percentual de serviços ofertados pela Equipe de Atenção Básica.

Percentual de serviços ofertados pela Equipe de Saúde Bucal.

Índice de atendimentos realizados pelo NASF.

A equipe em conjunto com a gestão escolheu um modelo de sala de situação, que finalmente foi aprovado e materializado como ferramenta de monitorização dos serviços: ofertados de acordo com o modo abaixo

Foto-1. Sala de situação UBS Núbia Bezerra da Silva

Depois de várias horas de análises e discussão das condições, qualidade e dificuldades do trabalho da equipe, conseguimos identificar vários problemas passíveis de   serem resolvidos, alguns mais importantes e com possibilidades reais resolução. Entre rejeições e aceitações conseguimos compreender que o nosso principal objetivo é melhorar a saúde da comunidade e para alcançar esse objetivo devemos trabalho em conjunto, realizando as ações que tiverem ao nosso alcance e deixar de lado as diferenças em prol da coletividade. Nesse sentido devemos flexibilizar o nosso cronograma e agendas semanais, além de receber mais apoio para atividades de grupos dos agentes comunitários de saúde que foram os funcionários que menos gostaram de ” tirar dias de atendimento “.

REFERÊNCIAS

 

 

1-      BRASIL. Ministerio da Saùde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, BRASILIA-DF .Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da  Atençao Bàsica (AMAQ) 2017, 1ª edição, p: 27-28

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