Desde 2006, com a instituição do Pacto da Saúde, tem-se como uma das prioridades do Pacto pela Vida a redução da mortalidade materna e infantil neonatal, tal objetivo pôde ter resultados através de uma das atividades principais da Atenção Primária à Saúde, a qual perpassa desde o planejamento reprodutivo até acompanhamento pré-natal e puerperal. O planejamento reprodutivo é realizado pela Equipe de Saúde da Família 085 de forma multidisciplinar, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), periodicamente fazem reposição de códon masculino em depósitos instalados por eles em lugares estratégicos como centro comunitário e igrejas, além disso aproveitam a oportunidade de visitas domiciliares para dar evidência a importância da utilização de preservativo e informações sobre o uso correto.
A médica, enfermeiras e técnicos de enfermagem, realizam periodicamente ações de educação em saúde nos quais informam sobre planejamento familiar, diversidade sexual, disponibilidade na UBS Congós de diversos métodos anticoncepcionais, bem como a importância da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), esses pontos são conversados também em consultas de rotina com homens e mulheres em idade reprodutiva. Quando realizado o diagnóstico positivo de alguma DSTs, são seguidos os protocolos de tratamento direcionados pelo Ministério da Saúde, e caso conste na listagem de agravos de notificação, esta é procedida.
Ainda não são realizadas discussões sobre saúde sexual em grupos específicos, principalmente por que não havia espaço físico adequado para tal atividade, com a mudança de endereço da UBS, esta meta terá possibilidade de ser implementada.
Os ACS fazem busca ativa nas suas áreas de atuação por gestantes, inclusive adolescentes. Médica e enfermeira fazem busca ativa quando há má adesão ao acompanhamento pré-natal. Mas, a equipe não possui dados de gestantes que fazem pré-natal na rede privada.
Tanto na consulta de enfermagem, quanto na consulta médica, é realizada extensa anamnese e exame físico, realiza-se classificação do risco gestacional, com encaminhamento para pré-natal de alto risco se necessário, preenchimento de prontuário específico para pré-natal e do caderno da gestante.
Via de regra, os exames solicitados periodicamente no pré-natal são os preconizados no Caderno de Atenção Básica: Atenção ao pré-natal de baixo risco, publicado pelo Ministério da Saúde em 2012. Desta forma, podemos triar tanto DSTs quanto outras doenças clínicas na gravidez, tais como diabetes, doença hipertensiva, infecção do trato urinário e bacteriúria assintomática, toxoplasmose, dentre outras; possibilitando diagnóstico e tratamento adequado. É realizada atualização vacinal da gestante, não somente a proteção dela, mas também do feto. São administradas apenas vacinas de vírus inativados, bactérias mortas, toxoides e componentes de agentes infecciosos, tais como vacina dupla do tipo adulto, vacina contra influenza e vacina contra a hepatite B. Realiza-se repetidamente, em todas as consultas, avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional, orientações sobre hábitos saudáveis de vida e prescrição de ferro, informações sobre amamentação e importância do acompanhamento puerperal.
Destarte, a microintervenção objetivou estabelecer uma maneira de assegurar o seguimento do pré-natal das gestantes da área, com um plano macro de uma consulta mensal até a 28ª semana de gestação, quinzenalmente da 28ª a 36ª e semanalmente da 36ª a 41ª semanas de gestação, tendo como meta mínima a agenda preconizada pelo Ministério da Saúde (2012): uma consulta no primeiro trimestre, duas consultas no segundo trimestre e três consultas no terceiro trismestre. Para tanto, a equipe elaborou uma tabela com dados da gestante (nome, idade gestacional, endereço e contato), com pré-agendamento previamente combinado com a gestante do plano de acompanhamento pré-natal macro e inserção no prontuário de tabela como check-list do plano macro e meta mínima de pré-natal.
Assim, quando houve falta nas consultas médica ou de enfermagem do plano macro, foi realizado contato com a gestante através dos ACSs para reagendamento, e quando houver falta nas consultas consideradas de meta mínima a equipe deve realizar busca ativa da gestante, inclusive com visita domiciliar.
Nesse interim, frisa-se que o escopo da microintervenção não é apenas de cumprir uma meta mínima de acompanhamento pré-natal, mas sim um planejamento macro de assistência pré-natal que inclua um número de consultas que possibilitem além da triagem de doenças clínicas e identificação de riscos obstétricos, abranger aspectos psicoafetivos da mãe, pai e demais familiares, aspectos sociais que possam influenciar na saúde pré e pós concepção, e estabelecimento de vínculo na relação parturiente e equipe de saúde da família.
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