13 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

A puericultura, para sua melhor eficácia é necessário que o profissional que a executa também tenha conhecimento de vida familiar, sócio econômica e cultural da criança, o que possibilitará que as ações desenvolvidas tenham mais chances de ser bem sucedidas (FADUL, 2012).

O crescimento e desenvolvimento da criança é o principal indicador de suas condições de saúde. Assim, o Ministério da Saúde (MS), prioriza seu acompanhamento desde o nascimento até os dez anos de idade na atenção básica de saúde, por meio de consulta de puericultura, buscando detectar precocemente alterações do crescimento e desenvolvimento da criança para evitar complicações (CHAVES et al., 2013).

Em nossa área, a puericultura é o segundo maior motivo de procura por atendimento médico. Até realizarmos este levantamento, fazíamos o atendimento de criança de 0 até 12 meses, mensalmente. A partir de então resolvemos após reunião, que nossa puericultura até 24 meses será de acordo com o cronograma orientado pelo MS,  sendo elaborada uma ficha que a partir de então será utilizada durante a consulta médica de crianças para que seja identificado e registrado em que mês de vida a criança deixou de comparecer para receber sua vacina. Em seguida o profissional médico entrará em contato com o ACS responsável pela micro área em questão. Esta ficha, além do controle que já existe, servirá de mais um instrumento para busca ativa de crianças faltosas, conforme calendário da tabela abaixo:

 

 Em primeiro lugar, houve uma reunião com a equipe para que as questões abaixo fossem respondidas conforme orientação:

 

            A equipe demonstrou algumas dificuldades na hora de responder os quesitos. Como foi solicitado a comprovação e como cada ACS possui uma pasta com todas as informações de suas tarefas, a partir de então tornou-se mais fácil o registro dos dados. No momento da reunião nenhum membro da equipe lembrava quando foi realizada a última ação de promoção de aleitamento materno exclusivo até 6 meses de vida da criança, então resolvemos em nossa UBS  criar uma Roda de Conversa entre equipe e usuários, em horário em que há uma maior demanda para vacinação e atendimento com o pediatra. Foram convidados também, especificamente, os usuários que compõe o nosso território. Aproveitamos também para falarmos sobre a importância da vacinação, demonstrando que em nosso território existe um percentual de vacinação baixo entre 6 e 24 meses. Outra observação foi que, em relação ao consolidado do mês de julho que enviamos à Secretaria Municipal de Saúde, foi verificado que o período em que há uma queda de vacinação regular  em nossa área se faz entre as idades de 6 meses a menos de 2 anos, voltando a se equilibrar nas idades de 2 e a menos de 5 anos de acordo com gráfico abaixo.

 

 

Todos sentimos a necessidade de melhorarmos inicialmente o aleitamento materno exclusivo até 6 meses de vida em nosso território, assim como a cobertura vacinal de 0 a 24 meses, pois, os instrumentos que temos utilizado até então, não estão, apesar de existirem, sendo utilizados com eficácia. Apesar da inquestionável importância que as vacinas tem na prevenção de doenças, principalmente na infância, muitas crianças ainda deixam de ser vacinadas pelos mais diferentes fatores que abrangem desde o nível social e econômico do país até causas relacionadas à crenças, superstições, mitos e credos religiosos, fatos que tem como agravante a grande predisposição à desnutrição, potencializando o risco de morte e/ou sequelas por doenças que deveriam e poderiam ser prevenidas.

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