Especializado: Yisel Pena Carvajal
Orientadora: Rafael Soares Dias
TITULO :MELHORAR OS CUIDADO DA SAÚDE DA CRIANÇA NA EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
A puericultura é a arte de promover e proteger a saúde das crianças, através de uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com suas particularidades. Leva em conta a criança, sua família e o entorno, analisando o conjunto bio-psico-sócio-cultural. Nela avaliamos o crescimento que nada mais é que o processo dinâmico e contínuo, expresso pelo aumento do tamanho corporal.
O crescimento é influenciado por fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais) entre os quais se destacam a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança, que atuam acelerando ou restringindo tal processo. Já o desenvolvimento da criança se refere a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, maturação, aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais.
Na minha unidade realizamos acompanhamentos as crianças seguindo o calendário preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ou seja: na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês, além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida com consultas anuais.
Utilizamos a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento e mantemos na unidade o espelho das cadernetas ou outra ficha com informações equivalentes. Este atendimento é realizado pela enfermeira e pela medica e conta com ajuda dos ACS para fazer o acompanhamento da primeira semana de vida e efetuar os cadastros.
Os serviços da atenção básica (AB) devem ser considerados portas prioritárias e ordenadoras do cuidado à saúde da criança, esgotando todas as possibilidades de atenção à saúde antes de encaminhá-las a outros níveis de atenção, tais como média e alta complexidade. Por esta razão decidimos avaliar nossa equipe realizando uma reunião e aplicando um questionário de acordo com as recomendações do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica.
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)? |
x |
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A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território? |
x |
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A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento? |
x |
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Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?
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x
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No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre |
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Vacinação em dia |
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Crescimento e desenvolvimento |
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Estado nutricional |
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Teste do pezinho |
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Violência familiar |
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Acidentes |
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A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)? |
x |
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A equipe realiza busca ativa das crianças: |
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Prematuras |
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Com baixo peso |
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Com consulta de puericultura atrasada |
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Com calendário vacinal atrasado |
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A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses? |
x |
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A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança? |
x |
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Mesmo com todas as respostas positivas a equipe foi capaz de realizar uma reflexão profunda sobre os problemas que mais estão presentes netos seguimentos. O primeiro problema sinalado foi que muitas de nossas crianças menores de seis meses já fazem uso de alimentação artificial mesmo com as ações de promoção do aleitamento materno exclusivo realizadas pela equipe.
Para melhorar a situação, chegamos à conclusão de que as ações devem começar desde o acompanhamento pré-natal. Nas consultas e grupos de gestantes devemos intensificar as orientações sobre a importância do aleitamento materna exclusivo até os seis meses, os benefícios para o bebê, mãe, e família e orientar melhor quanto as técnicas de amamentação.
Outro problema sinalizado foi o atraso na consulta de puericultura de algumas crianças, pois as mães não comparecem nas datas agendadas ocasionando o atraso no acompanhamento. As soluções pensadas para esses casos foram: sensibilizar as mães sobre a importância das consultas para avaliar o crescimento e desenvolvimento e assim a saúde de seu filho, esclarecer como acontece o acompanhamento (tempo entre as consultas) e orientar quanto a importância de seguir as orientações das consultas tanto da enfermeira como da médica.
Nesta reunião chegamos à conclusão que, mesmo realizando todas as atividades recomendadas, sempre teremos problemas para resolver e aspectos à melhorar em nosso trabalho. Devemos sempre atualizar nossas ações para chegarmos a um produto final excelente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral Á Saúde Da Criança. Brasília ,2015.
SILVA, R.M.M.; VIERA, C.S. Acesso ao cuidado à saúde da criança em serviços de atenção primária .2014, vol.67, n.5, pp.794-802.
STARFIELD, B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília :UNESCO. Ministério da Saúde ,2002.726p.
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