ACOMPANHAMENTO DOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
ESPECIALIZANDO: MAYLIN AROCHE RAMIREZ
ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Melitus (DM) são doenças graves e constituem grandes problemas de saúde pública no mundo inteiro. Geralmente uma doença está associada à outra, bem como a outras comorbidades, cardíacas, renais, dentre outras.
Essas doenças atingem todas as faixas etárias, porém a prevalência maior é entre os adultos e idosos. Ambas têm alto índice de mortalidade, principalmente quando se associam a outros fatores de risco, como sedentarismo, obesidade, tabagismo e alcoolismo.
O acolhimento das pessoas portadoras de HAS e DM, na Atenção Básica, é bastante importante, porque além do tratamento que é fundamental, é feito também o trabalho de orientação, educação e prevenção com os usuários pacientes. Sendo este, o mais relevante, uma vez que identifica fatores de risco na tentativa de evitar o surgimento de novos casos e, para isso, faz-se necessário rastreamento dos pacientes com maior risco.
No município onde trabalho, a realidade não difere do restante do Brasil, há muitos pacientes com HAS e DM e, de fato, não existe idade especifica para o aparecimento dessas doenças, sendo atendido pacientes de todas as idades.
Na Unidade Básica de Saúde (UBS) na qual trabalho o número de hipertensos é maior que o de diabéticos e fazemos o acompanhamento de cerca de 160 pacientes com hipertensão arterial e uma média de 130 de diabéticos.
Na UBS é feito o HIPERDIA semanalmente pela médica e enfermeira da Unidade. Na ocasião, é realizada a consulta dos pacientes agendados, aferição de Pressão Arterial (PA), medidas antropométricas e teste de glicemia, além disso, é feita a dispensação dos medicamentos de uso contínuo. O acompanhamento é realizado ainda pela equipe de saúde bucal, com a existência de um dia específico no cronograma para o atendimento.
Quando surge um novo paciente hipertenso ou diabético, é marcada consulta com brevidade para ser feito o cadastro na UBS e geralmente o tempo de espera é de uma semana. De antemão, é realizada a consulta médica, depois, o encaminhamento para a enfermeira. Esta realiza o cadastro para controle e agenda a próxima consulta. O paciente recebe a carteira do hipertenso/diabético, na qual são registrados os medicamentos de uso contínuo, valores de PA, glicemia capilar, bem como as datas das consultas subsequentes.
De acordo com a avaliação médica e os fatores de risco identificados no paciente, são classificados com maior ou menor risco. Dessa forma, as consultas são marcadas de acordo com o grau de risco, havendo atenção maior para os usuários com risco mais elevado.
Nas consultas, além da avaliação do paciente, são solicitados exames de rotina pelo menos a cada seis meses, sendo este tempo reduzido nos casos de maior risco ou com dislipidemia associada, passando a ser solicitados trimestralmente.
De acordo com o grau de necessidade, os pacientes do HIPERDIA são encaminhados para outros níveis de atenção. Geralmente, os principais encaminhamentos são feitos para nutricionistas e cardiologistas. Os encaminhados são registrados em livro específico disponível na UBS com a finalidade de melhor acompanhamento.
Dentro da Unidade, os principais serviços ofertados a este grupo são consultas; exames disponíveis na UBS, como teste glicêmico e exame do pé diabético; avaliação antropométrica e grupo de HIPERDIA, no qual são abordados temas relevantes para orientação dos pacientes. O exame do fundo do olho (fundoscopia) do paciente com DM não é realizado, uma vez que não dispomos do oftalmoscópio.
Além dos serviços ofertados dentro da Unidade pela equipe multiprofissional, todos os usuários são acompanhados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em suas residências. O trabalho dos ACS é grande importância e auxilia na atenção voltada aos pacientes pelo fato de que, através deles, as orientações são repassadas mais facilmente por conhecerem melhor a comunidade e ter acesso a suas casas.
Ponto(s)