MICROINTERVENCION I
TITULO- Observacao das ações de apoio ao autocuidado e ampliação da autonomia das pessoas com doenças crônicas na unidade Basica de Saude.
ALUNA- Yendris Gonzalez Crespo
FACILITADOR PEDAGOGICO- Janio Rodrigues Rego
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), são doenças multifatoriais que se desenvolvem no de correr da vida e são de longa duração. Atualmente elas são consideradas um sério problema de saúde pública e já são responsáveis por 63 % das mortes no mundo, seguindo estimativas da Organização Mundial de Saúde. As DCNT de causa cardiovascular são as mais frequentes, e a primeira causa de morte no Brasil e na maior parte de outros países. (AIRES, 2017)
Dentro dos fatores de risco para as doenças crônicas encontramos o fumo, a inatividade física, alimentação inadequada e uso prejudicial de álcool. Saúde Nova.
(ADA, 2011).
Pressão Arterial Elevada (PAE), é uma das doenças crônicas não transmissíveis que afetam ao longo dos anos a saúde da população mundial, sendo o principal fator de risco da doença coronária, dada a sua natureza multifatorial e sua origem que em 95% dos casos é de causa desconhecida e somente em 5% surge como uma complicação de outro tipo de doença. (DEE, 2017).
A ocorrência dessa doença está distribuída em todas as regiões do mundo e sua prevalência tem aumentado associado estilos de vida inadequados com hábitos alimentares inadequados. É fundamental o conhecimento acerca dos principais fatores de risco desta doença, uma vez que conhecê-los é o primeiro caminho para modificá-los, aqueles que são modificáveis, quanto mais fatores de risco tem a pessoa, existe a possibilidade de desenvolver a hipertensão arterial e/ou outras doenças cardiovasculares e outras mais letais, portanto, seu controle reduz a morbidade e mortalidade por doenças Cérebro Vascular, Insuficiência Cardíaca, Cardiopatia Isquêmica e Insuficiência Renal.(ACOLI, 2012).
Nosso trabalho como equipe profissional na Unidade Básica de Saúde (UBS), tem como principal objetivo dar um atendimento com qualidade e integralidade aos pacientes, pelo qual, sempre analisamos os problemas que podem se apresentar na nossa prática médica com respeito ao acesso e qualidade da atenção básica e assim resolver os mesmos com eficiência. Esta microintervenção tem como objetivo, expor como nossa equipe vai analisando e dando soluções aos problemas que podem se apresentar durante a realização da microintervenção na atenção básica na comunidade, sendo de muita importância, pois constituem um guia para o aperfeiçoamento e/ou a melhora do acesso e qualidade da atenção básica na comunidade.
Depois de um ano de trabalho nossa equipe se reuniu pela primeira vez para realizar uma análise e avaliação dos resultados obtidos no processo de trabalho assim como os pontos positivos e negativos. Para isso, convocamos a participação de toda equipe incluindo os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), já que são os que permanecem na comunidade diretamente com os pacientes conhecendo suas demandas e limitações e também os trabalhadores da área, que além de formar parte da comunidade, enfrentam todos os dias os problemas que podem se apresentar na UBS, assim como, os líderes informais da comunidade, os quais são de grande ajuda para em disseminar a informação até a população.
Determinados um grupo de problemas os quais receberam uma pontuação de 0 a 10 para avaliar o grau de satisfação dos mesmos para com o acesso e qualidade da atenção básica. Dentro dos problemas encontrados temos: a situação geográfica de algumas comunidades que dificulta o acesso oportuno a UBS, baixo nível socioeconômico que dificulta o cumprimento dos tratamentos e indicações médicas, as deficientes condições higiênico-sanitárias, sendo esta uma barreira na prevenção de doenças transmissíveis e também o aumento no número de pacientes hipertensos sem controle e monitoramento da sua doença.
Foi realizado uma abordagem em equipe de acordo com a Auto Avaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da atenção Básica (AMAQ), a fim de conhecer as principais causas que estão afetando este grupo, e que favorece a descompensarão da sua doença. As principais causas identificadas foram a não adesão do tratamento farmacológico, a dieta inadequada, a falta de exercícios físicos e a presença de alguns hábitos tóxicos (álcool, cigarro e café), e não comparecimento as consultas programadas, além do baixo nível cultural que apresenta a maioria da população, e o conseguinte desconhecimento da doença e complicações mais frequentes. A equipe de saúde reconheceu ter como fragilidade, a não realização de ações necessárias de apoio ao autocuidado e ampliação da autonomia das pessoas com doenças crônicas.
A potencialidade da equipe, destaco, foi o trabalho em união, com uma adequada comunicação, também o apoio dos líderes formales e informais da comunidade, e o conhecimento necessário por parte dos profissionais da UBS para realizar as diferentes atividades. A microintervenção foi de grande ajuda permitindo identificar os problemas no nosso processo de trabalho e também ressaltamos os objetivos atingidos até o momento, incentivando a manter a equipe unida em prol sobre melhorar este agravo e a qualidade dos serviços prestados à população em geral, além do apoio adequado aos pacientes no autocuidado o e ampliação da autonomia, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas com doenças crônicas.
REFERENCIAS
-ACIOLI, S. A prática educativa como expressão do cuidado em Saúde Pública. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v.61, n.1, p.117-21, jan./fev. 2012.
-ADA, N. R. et al. Hipertensão arterial sistêmica secundária. J. Bras. Nefrol, v.32, supl.1, São Paulo, set. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sc. Acesso em: 20 nov. 2011
-ALMEIDA, J. F. de; FERREIRA, V. S. C. O processo de trabalho dos agentes comunitários de saúde na produção do cuidado aos hipertensos na estratégia saúde da família. In: FRANCO, Túlio Batista; ANDRADE, Cristina Setenta; FERREIRA, Vitória Solange Coelho (Orgs.). A produção subjetiva do cuidado: cartografias da estratégia saúde da família. São Paulo: Hucitec, 2012.
-ANDRADE, L. O. M. de; BARRETO, I. C. de H. C.; BEZERRA, Roberto Cláudio. Atenção primária à saúde e estratégia saúde da família. In: CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa et al. (Orgs.). Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2016
-ASSIS, T. D.; BARRETO, S. M.; PASSOS, V. M. A. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Brasília, v.15, n.1, p. 35-45, jan./mar., 2016.
-AYRES, J. R. de C. M. Cuidado e humanização das práticas de saúde. In:
DESLANDES, S. F. Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2017. Disponível em: <http:www//hiperdia.datasus.gov.br>…
-BARROSO, M. G. T.; FARIAS F. L. R. Abordagem transdisciplinar nas práticas educativas em saúde. In: BARROSO, M. G. T. e outros. (Org.) Educação em saúde no contexto da promoção humana. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2013.
-Portal da saúde Silverthorn, Dee Unglaub (2017). Wikipédia.
-Rev. Saúde Pública vol.51 supl.1 São Paulo 2017.Wikipedia
INDICADOR |
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No de atendimentos pelo médico |
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No de atendimentos pelo enfermeiro |
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No de atendimentos por consulta agendada |
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No de atendimento por demanda espontanea |
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MATRIX
Descriçao do padrao: 4.31- A equipe de Atenção Básica realiza ações de apoio ao autocuidado e ampliação da autonomia das pessoas com doenças crônicas. |
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Descrição da situação- problema para o alcance do padrão: A Equipe de Ateçao Basica não realiza suficientes ações de apoio ao autocuidado e ampliação da autonomia das pessoas com doenças crônicas. |
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Objetivo/ meta: Lograr que a equipe básica de saúde aumente o nível de apoio ao autocuidado e a ampliação da autonomia das pessoas com doenças crônicas. |
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Estrategias para alcançar os objetivos/ metas |
Atividades a serem desenvolvidas (detalhamento da execução) |
Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades |
Resultados esperados |
Responsaveis |
Prazos |
Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados |
Realizaçao de atividades por parte da equipe de saúde em conjunto com os lideres da comunidade para aumentar o nível de conocimento da populaçao |
Palestras |
Recursos humanos (integrantes da equipe básica de saúde) e recursos materiais (pancartas informativas e boletines) |
Aumento do nível de apoio ao autocuidado e ampliação da autonomia das pessoas com doenças cronicas |
Enfermeiro Agentes de saude |
Um mes |
Interrogatorio realizado aos pacientes durante o atendimento médico e de enfermagem. Reviçao dos datos estadísticos acerca do motivo do comparecimento dos pacientes a consulta |