8 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

 

ESPECIALIZANDA: PATRÍCIA OLIVEIRA SILVA

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

 

          A importância do aleitamento materno se dá não só por se tratar de um alimento completo, mas também porque o leite materno contém anticorpos produzidos pela mãe que protegem o bebê contra várias doenças, o ato de sugar ajuda no desenvolvimento da musculatura da face e há o fortalecimento do vínculo mãe-bebê.

          Por ser um alimento completo, o leite materno deve ser fonte exclusiva da alimentação do lactente até os seis meses de idade sem a necessidade de adicionar nenhum tipo de complemento, nem mesmo água. Porém, a partir dessa idade, a mãe deve começar a introduzir outros tipos de alimentos, gradualmente, na alimentação da criança, além de água. Essa introdução de alimentação complementar deve ser orientada pelos profissionais da saúde.

           Na unidade de saúde, há um dia (dois turnos) por semana no qual são realizadas as consultas de Crescimento e Desenvolvimento (C e D), sendo elas feitas pelas enfermeiras de cada área, beneficiando lactentes e pré-escolares de até dois anos, já com retorno agendado para consulta subsequente. O C e D é acompanhado através do cartão da criança avaliando peso, altura, perímetro cefálico e Índice de Massa Corpórea (IMC) para a idade, além de vacinas, marcos do desenvolvimento neuropsicossocial, orientações alimentares e de cuidados do bebê. Caso algum desses parâmetros esteja alterado, o médico da área é informado e orienta a enfermeira a proceder sobre o assunto ou agendar consulta, se for necessário. Também são realizadas consultas de pediatria agendadas pela própria mãe com o médico da área, que ocorrem na frequência de um turno por semana. A sala de vacinas funciona todos os dias da semana nos dois turnos, estando os profissionais aptos a receber adultos, crianças, idosos e gestantes.    

          Pensando nisso, foi planejado e organizado para a Unidade de Saúde da Família Vista Verde uma palestra que contou com a presença de todos os profissionais de saúde da unidade e foram convidados a participar mães com filhos de até um ano de idade e gestantes, de todas as quatro áreas cobertas pela unidade de saúde.    

       Inicialmente foi realizado um primeiro momento no qual os profissionais falaram acerca da importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, incentivando a adesão das mães a essa prática e desmistificando as principais crenças, em especial a crença de que o leite materno sozinho não é suficiente para alimentar e ajudar no desenvolvimento do bebê e de que é necessário complementar a amamentação com água em dias quentes para que o bebê não fique desidratado.

           Também foram feitas orientações acerca da introdução da alimentação complementar a partir dos seis meses de idade, inicialmente com “papa de frutas”, amassadas apenas e jamais liquidificadas, uma vez que a textura ajuda no desenvolvimento da musculatura mastigatória do bebê; oferecida com colher; sem a necessidade de adição de açúcar; sem misturar dois tipos diferentes de fruta inicialmente, para que a criança aprenda a reconhecer e se acostumar com o sabor de cada fruta e em quantidades graduais alternando com aleitamento materno.

         Também foi orientado que a partir da introdução da “papa de frutas” deve-se iniciar a inclusão da “papa salgada”. Esta devendo conter inicialmente cereais, tubérculos e verduras cozidos (batata, cenoura), e gradualmente serem associados a carnes, sendo oferecida ao longo do dia em alternância com água, aleitamento materno e “papa de frutas”.

          A partir da explanação das orientações foi aberto um espaço para perguntas das mães, com dúvidas relativas às dificuldades enfrentadas na amamentação e os tipos mais adequados de alimentos que devem ser utilizados para complementar a alimentação do bebê, sua quantidade e forma de preparação, além dos alimentos que devem ser evitados nos primeiros anos de idade.

         Esta experiência foi bastante positiva em relação à educação em saúde, trazendo as orientações para todas aquelas mães que tinham dúvidas e para aquelas mães que estavam agindo de forma inadequada com amamentação e alimentação complementar por falta de informação.

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