8 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

PROMOÇÃO DA SAÚDE EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS

 

ESPECIALIZANDA: RAQUEL TIEZZI FERNANDES

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

 

As doenças crônicas, em geral, se caracterizam por início insidioso, prognóstico variável e duração longa ou por tempo indeterminado. A apresentação clínica da doença varia com o decorrer do tempo e pode apresentar períodos de agudização, gerando incapacidades. Para a abordagem dessas doenças, faz-se necessário o uso de tecnologias leves, leves-duras e duras, associadas ao estímulo de mudanças no estilo de vida (BRASIL, 2013).

À atenção ao indivíduo com doença crônica é fundamental a coordenação e integração dos serviços e ações de saúde pelas redes de Atenção à Saúde (RAS), além da integralidade e qualidade do cuidado à saúde (MENDES, 2011). Como atributo da RAS, o serviço de Atenção Primária em Saúde é o primeiro nível de atenção, além de ser para de entrada ao sistema. O atendimento multidisciplinar oferecido pela equipe nesse nível deve cobrir a população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo às necessidades do indivíduo e sua saúde (BRASIL, 2010).

Nesta perspectiva, para esta microintervenção, com a finalidade de criação de novos projetos e ações para a melhoria da atenção às pessoas com doença crônica, a equipe se reuniu e respondeu o questionário proposto baseado em Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), conforme Figuras 1 e 2.

 

Com o objetivo de aumentar o conhecimento acerca de suas doenças crônicas, ações para controle, além do tratamento exclusivamente medicamentoso, visando propiciar ao indivíduo um espaço para compartilhar experiências próprias e troca de conhecimento, a equipe optou pela criação de um grupo chamado BEM ESTAR.

 

O enfoque do grupo não na doença, mas na saúde. Hábitos mais saudáveis serão estimulados, além de abordar temas de acordo com a demanda do grupo. A faixa etária prioritária para o grupo é de idosos, porém é aberta a qualquer indivíduo de qualquer faixa etária que manifeste interesse em participar.

 

Na primeira experiência do grupo percebeu-se uma demanda muito grande dos idosos em espaços de socialização. Eles sentiam-se sozinhos ou sobrecarregados por demandas familiares, sejam financeiras ou de cuidado, dedicando-se pouco ao auto-cuidado.

 

Além de conversas, promovemos momentos de relaxamento e alongamento, refeições saudáveis e, futuramente, serão promovidos caminhadas e passeios. Incentivamos a socialização dos indivíduos para além do grupo.

 

A equipe de forma geral sentiu-se estimulada com a criação do grupo. Como desafios, teremos o aumento da adesão da população ao grupo, além de aumentar a participação de toda a equipe de saúde, já que alguns membros não participaram fazendo com que outros se sentissem sobrecarregados.

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 31 dez. 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html>. Acesso em: jul. 2013.

 

______. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

 

MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.

 

 Figura 1. Questionário para diagnóstico da atenção a saúde aos usuários com hipertensão arterial e diabetes mellitus.Figura 2. Questionário para diagnóstico da atenção a saúde aos usuários com obesidade.

 

 

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