7 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

AÇÕES PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO USUÁRIO COM DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UNIDADE DE SAÚDE

 

ESPECIALIZADA: LISANDRA DUENAS HERNANDEZ

COLABORADORA: IONARA BORGES (ENFERMEIRA)

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

 

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são caracterizadas por um conjunto de doenças que não tem envolvimento de agentes infecciosos, sendo significativo para a ocorrência a presença de fatores de risco, história natural prolongada, longo curso assintomático com períodos de remissão e exacerbação, podendo levar muitas vezes  ao desenvolvimento de incapacidades, por isso toda DCNT demanda cuidados contínuos sendo de vital importância ações de educação em saúde por parte da nossa equipe ao usuário (BRASIL, 2001).

As ações de prevenção e promoção em saúde são as atividades principais na nossa área, buscando realizar monitoramento constante dos fatores de risco. Como atividades prioritárias feitas na nossa Unidade Básica de Saúde (UBS), após o estudo deste módulo para a prevenção e o controle das DCNT, em particular a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM), temos ações educativas para o controle de condições de risco (obesidade, sedentarismo, tabagismo, entre outros), prevenção de complicações, diagnóstico de casos, cadastramento dos usuários, busca ativa de casos, tratamento, diagnóstico precoce de complicações e primeiro atendimento de urgência.

Na UBS, temos como metas para o controle das DCNT: deter o crescimento da obesidade em crianças e adultos; incentivar, realização de atividade física, alimentação saudável e redução do tabagismo. Isto é possível por meio da atenção as especificidades socioambientais, culturais, econômicas, sanitárias e epidemiológicas, com o cadastramento da população, busca ativa de usuários assim como pacientes com risco a desenvolver DCNT, sendo importante para o controle e avaliação das nossas ações, as reuniões da nossa equipe regularmente.

Na unidade, uma das estratégias simples para a prevenção das DCNT é a triagem feita diariamente, na qual avaliamos peso, circunferência abdominal e estatura com cálculo do índice de massa corporal dos usuários. Sabe-se que essas medidas corporais aumentadas são fatores de risco e, frente a achados anormais, reforça-se a importância de intervenções precoces junto a esse público, promovendo educação em saúde, tais como incremento e adoção de hábitos alimentares saudáveis e a práticas de atividades físicas rotineiramente. Quanto da operacionalização destas intervenções, contamos com nutricionista e educador físico que compõe a equipe para atividades de zumba, oferecida três dias por semana em uma das escolas próxima a UBS.

No que diz respeito a ações de promoção, utilizamos construção de murais interativos expostos em espaços institucionais como escolas e na nossa unidade de saúde, que são utilizados com objetivo de fomento de informações sobre educação alimentar e nutricional.

No caso do tabagismo, como fator de risco para DCNT, criamos grupos de fumantes com ajuda do Núcleo de Ampliado de Saúde da Família (NASF) e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que realizam a busca ativa. Este grupo reúne-se mensalmente e nele são realizados palestras e debates sobre os malefícios do cigarro e o tratamento para cessar o hábito de fumar.

Usamos como método para estratificar o risco e o preenchimento dos registros de pacientes diabéticos e hipertensos o Escore de Framingham, estratificando assim os pacientes com risco cardiovascular.

Todo doente crônico tem consulta mensal programada para avaliar o estado de saúde assim como para avaliar o tratamento medicamentoso e dietético, programamos a realização de exames de quatro em quatro meses.

O questionário abaixo foi preenchido pela equipe da UBS e resume as ações realizadas aos usuários com DCNT.

Questionário para microintervenção

QUESTÕES

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

X

 

X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

Preencher em dias sete dias

 

Preencher em dias sete dias

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

X

 

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

X

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

X

 

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

X

 

X

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

X

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

X

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

X

 

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

X

 

X

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

X

 

X

 

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

X

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

X

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

X

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Oferta ações voltadas à atividade física

X

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

X

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Encaminha para serviço especializado

X

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

X

 

 

Uma das dificuldades encontradas nos usuários com DCNT foi a adesão ao tratamento, encontrado tanto nas visitas domiciliares como na consulta de seguimento. Isto leva a refletir criticamente sobre a postura, o papel e a atuação da equipe multiprofissional no contexto da educação em saúde em direção a mudança e ao autocuidado, a adoção da dieta, o tratamento medicamentoso, a orientação dos professionais da saúde e a mudança nos estilos de vida, atingindo a redução dos sinais e sintomas da doença e evitando o agravo e as complicações.

Neste sentido, ressalta-se a importância do nosso papel de educador, sendo o usuário o protagonista de sua própria vida, formando a consciência crítica de cidadão, sobre seus problemas de saúde e agravos.

 

REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Brasília: MS, 2011.

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