7 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO:  CONTROLE DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE 

ESPECIALIZANDO: IDANIA GONZALEZ MOREJON

ORIENTADORA: MARILIA RUTE DE SOUTO MEDEIROS

       As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam a maior carga de morbimortalidade no Brasil. Em 2011, o Ministério da Saúde lançou seu Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, enfatizando ações populacionais para controlar as doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doença respiratória crônica, predominantemente pelo controle do fumo, inatividade física, alimentação inadequada e uso prejudicial de álcool (BRASIL, 2011).

      A atenção a saúde das pessoas com doenças crônicas não transmissíveis é muito importante para o controle individual adequado de cada paciente na tentativa de prover uma qualidade de vida melhor e minimizar danos em saúde (BRASIL, 2011).

     Durante a microintervenção realizada com toda a equipe da nossa UBS, foi discutido um questionário com questões relacionadas ao cuidado dos pacientes hipertensos, diabéticos e obesos. Em nosso território a equipe realiza ações educativas baseadas na medicina preventiva para um melhor controle dos pacientes com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais ações têm como finalidade proporcionar um melhor estilo de vida de nossos pacientes.

      A nossa equipe realiza palestras educativas onde se abordam diferentes temas e enfatizam a importância de manter uma dieta adequada e saudável, os principais alimentos que devem ser incluídos na dieta e os que devemos  excluir, além disso, ressaltamos a importância de manter o uso racional e continuo dos medicamentos já que muitos pacientes acreditam que estão totalmente controlados de sua doença e abandonam o tratamento.

     Temos também um grupo de pacientes com Doenças Não Transmissíveis incorporados à atividade física organizada pelo ACS de cada paciente, pela enfermeira e médico todas as quintas férias de manhã com uma participação de mais de 20 pacientes com o objetivo de melhorar as condições físicas dos pacientes ajudando aquelas pessoas que querem perder peso, onde realizamos aferição da pressão e a glicemia capilar de cada integrante do grupo. Além disso, a equipe realiza o acompanhamento dos usuários na UBS com doenças crônicas não transmissíveis mediante a organização de agenda a cada 30 dias, já que cada mês os pacientes procuram a UBS para medicação de controle.

     Em média, o tempo de espera para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial e diabetes mellitus é de apenas uma semana. Favorecendo o aumento do vínculo dos usuários e a equipe de saúde, além disso favorece a adesão ao tratamento, às consultas agendadas e a satisfação dos pacientes com o serviço. O debate e realização do questionário foram de suma importância para todo a equipe, umas das dificuldades para responder o questionário foi que ainda temos alguns itens que precisam ser melhorados para um melhor atendimento dos usuários relacionados com a falta de realização do exame do pé diabético regularmente, a falta de  realização do exame de fundo de olho, assim como a falta de um registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco encaminhados para outro ponto de atenção.  Além disso o questionário nos mostrou uma forma mais organizada para realizar nosso trabalho e garantir um melhor atendimento dos pacientes e trabalhar sobre a base da dificuldade encontrada.

     As DCNT representam elevada carga de doença no Brasil. Tendências recentes indicam que a mortalidade de algumas DCNT como as doenças cardiovasculares e as respiratórias crônicas, está diminuindo, o que sugere que o enfrentamento está ocorrendo na direção certa. Por consequência, o número de portadores de DCNT que requerem atendimento tende a aumentar. As longas filas no SUS para consultas, exames especializados e cirurgias mostram o ônus que essas doenças causam ao sistema público de saúde e ilustram a necessidade de organizar, qualificar e ampliar o atendimento. O aumento da obesidade, se não controlado, ameaça os avanços recentes no controle das DCNT.

 

Questionário para microintervenção:

 

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

x

 

x

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

7dias

 

7 dias

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

x

 

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

 

x

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

x

 

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

               X

 

 

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

               X

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

X

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

X

 

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

X

 

 

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

 

X

 

X

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

X

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

 

X

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

X

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

X

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

X

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Encaminha para serviço especializado

X

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

X

 

 

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

 

 

 

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