18 de Maio de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

RELATO DE EXPERIÊNCIA DA MICROINTERVENÇÃO I

ESPECIALIZANDA: DRA. MARIUSKY FUENTES AGUILERA. RMS 2400300

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ANTÔNIO GABRIEL NETO, DO MUNICÍPIO RIACHO DE SANTANA, RIO GRANDE DO NORTE

A garantia da qualidade da atenção apresenta-se atualmente como um dos principais desafios do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa qualidade deve compreender os princípios de integralidade, universalidade, equidade e participação social (BRASIL, 2017).

O Programa de Melhoria da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), emitido em julho de 2011, através da Portaria 1645 do Ministério da Saúde, visa induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, com garantia de qualidade, como também fomentar transparência e efetividade das ações governamentais. Apresenta um eixo estratégico de desenvolvimento, composto por autoavaliação, monitoramento, educação permanente e apoio institucional, que deve ser entendido como transversal a todas as fases, de maneira a assegurar que as ações de promoção da melhoria da qualidade da atenção possam ser desenvolvidas em todas as etapas do ciclo do PMAQ-AB (BRASIL, 2013).

A autoavaliação no âmbito do PMAQ-AB é percebida como o ponto de partida da melhoria da qualidade dos serviços, pois entendemos que processos auto avaliativos comprometidos com a melhoria contínua da qualidade poderão potencializar outras estratégias da fase de desenvolvimento do PMAQ-AB (BRASIL, 2017).

Os processos auto avaliativos na atenção básica devem ser contínuos e permanentes, constituindo-se como uma cultura. internalizada de monitoramento e avaliação pela gestão, coordenação e equipes/profissionais (BRASIL, 2017).

Esses processos auto avaliativos devem ser constituídos não apenas pela identificação de problemas, mas também pela realização de intervenções no sentido de superá-los. Não sendo possível intervir em tudo aquilo que se julga necessário – a considerar tempo, recursos, aspectos políticos etc. –, é fundamental que sejam estabelecidas prioridades de investimento para construir estratégias de ação com iniciativas concretas para a superação dos problemas identificados (BRASIL, 2017)

Tem como objetivo incentivar os gestores a melhorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos aos cidadãos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) por meio das equipes de Atenção Básica à Saúde. A meta é garantir um padrão de qualidade por meio de um conjunto de estratégias de qualificação, acompanhamento e avaliação do trabalho das equipes de saúde. (BRASIL, 2015)

No caso da Unidade Básica de Saúde (UBS) Antônio Gabriel Neto, no município Riacho de Santana, é fundamental garantir a qualidade da atenção básica, como parte desse processo nosso Equipe de Saúde tem realizado varias ações para garantir o melhoramento do acesso e qualidade da atenção básica, e cada profissional colabora com esse programa.

Eu, médica na UBS, durante o estudo da Especialização de Saúde da Família tenho aumentado meus conhecimentos respeito à Atenção Básica no Brasil, sendo fundamental para colaborar com o PMAQ. Nesta unidade do Modulo Observação na Unidade Básica de Saúde, a realização da micro intervenção tem sido muito importante, porque durante o desenvolvimento de cada tarefa incorporei experiências interessantes.

Na primeira etapa, foi realizada a Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica (AMAQ), para isso foi feita uma reunião de equipe, prévia explicação a cada profissional da importância desse exercício para identificação das potencialidades e das fragilidades do nosso equipe de Atenção Básica (AB), e a busca de soluções para os problemas encontrados.

Durante a atividade existiu interação entre os profissionais e diversidade de opiniões, até identificar o problema prioritário e estabelecer uma matriz de intervenção. Realizamos a avaliação seletiva, a dimensão avaliada foi Unidade Básica de Saúde, obtendo 64 pontos na subdimensão Infraestrutura e Equipamentos, ou seja, muito satisfatório e 72 pontos na subdimensão Insumos Imunobiológicos e Medicamentos, muito satisfatório (Anexo 1).

O  problema identificado foi na subdimensão: Infraestrutura e Equipamentos, no padrão de Qualidade 3.4: A Unidade Básica de Saúde dispõe de linha telefônica e de equipamentos de informática com acesso a internet para os profissionais desempenharem suas atividades; nesse ponto qualificou com 5 pontos, ou seja insatisfatório, pois na UBS não existe telefone. Para a comunicação, é usado o telefone celular pessoal, além disso existe só um computador com o Programa E-SUS para todos os profissionais acessar ao sistema, não existindo o funcionamento do prontuário eletrônico nem do Telessaúde, importante ferramenta para comunicação com outros níveis de atenção.

Para a solução do problema realizamos a Matriz de intervenção (Anexo 2) com atividades que priorizam o fortalecimento do trabalho para melhorar a qualidade da atenção básica. Na segunda parte da atividade, foi analisado pelos profissionais o instrumento de registro dos indicadores de desempenho: fichas de atendimento individual, fichas de atendimento odontológico, livros de registro de C e D além outros (Anexo 3).

Em geral a atividade realizada foi útil e interessante, pois o equipe interagiu e identificamos as fragilidades existentes e como fazer para solucioná-las e dessa maneira incrementar a qualidade da Atenção Básica.

Anexo 2. Matriz de intervenção

 Descrição do padrão: 3.4 A UBS dispõe de linha telefônica e de equipamentos de informática com acesso a internet para os profissionais desempenharem suas atividades.

Descrição da situação problema: A gestão não disponibiliza acesso a uma linha telefônica na UBS, nem equipamentos de informática com acesso internet suficientes para os profissionais desempenharem suas atividades, comunicação interprofissionais, acesso a dados e indicadores de saúde, educação permanente, participação no telessaúde, integração entre os serviços e aumento da resolubilidade da AB.

Objetivo: Disponibilizar os recursos suficientes para acesso dos profissionais a comunicação, educação permanente, participação no telessaúde, integração entre os serviços e aumento da resolubilidade da AB.

Matriz

Anexo 3: Registro dos indicadores

Ficha de atendimento odontológico individual

Ficha de atendimento individual

Ficha de visita domiciliar e territorial

Ficha de atividade coletiva

Livro de saude da mulher

Livro C e D

Reunião equipe de saude 1Reunião de equipe de saude 2

Reunião equipe de saude 3

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. AMAQ. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pmaq.php?conteudo=3_ciclo>. Acesso em: 29 abr. 2018.

______. Departamento de Atenção Básica. PMAQ. Portal do Departamento de Atenção Básica. 2015. Disponível em:

<http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pmaq.php>. Acesso em: 29 abr. 2018.

______. Portal da inovação na Gestão do SUS. Diretrizes da Política o que é PMAQ. Experiencia Guarulhos. 2013. Disponível em:

<http://apsredes.org/laboratorio/gestao-trabalho/experiencia-guarulhos/diretrizes-pmaq/>.

Acesso em: 29 abr. 2018.

1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars (1 votes, average: 5,00 out of 5)
Loading...
Ponto(s)