2 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

RELATO DE EXPERIÊNCIA

 

TÍTULO: O DESAFIO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UBS ALAGAMAR (SE)

ESPECIALIZANDO: PAULINO FELIPE SILVESTRE LIMA

ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO

 

A sexta micro intervenção ocorreu na Unidade Básica de Saúde (UBS) Alagamar, que atualmente possui 1676 pacientes cadastrados, cobrindo uma área de cerca de 512 famílias, de classe baixa. A unidade apresenta muitos pacientes com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), principalmente Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Melittus.

A microintervenção foi realizada com base nos princípios do Programa de Melhoria do Acesso a Qualidade na Atenção Básica a Saúde (PMAQ-AB). Optou-se por realizar a intervenção em dois momentos distintos, num primeiro fazendo uma avaliação da real situação a atenção aos usuários com doenças crônicas não transmissíveis e num segundo momento de como corrigir erros e melhorar essa atenção.

A equipe da UBS Alagamar realiza consulta para pessoas com hipertensão ou diabetes melittus, de modo que, normalmente, o tempo de espera para a primeira consulta é de um ou dois dias. São utilizados os protocolos do Ministério da Saúde com objetivo de estratificar o risco de cada usuário que foi diagnosticado com hipertensão, como também a equipe possui registro de usuários com maior risco para a diabetes. Quanto a esses registros, existe uma ficha de acompanhamento tanto para hipertensos como para diabéticos, e são acompanhados aqueles pacientes com doença cardíaca e que possuem também Hipertensão Arterial, de modo que são programadas consultas e exames destes usuários com hipertensão arterial e estratificação de risco mais elevado, principalmente aqueles com maior gravidade.

A equipe de saúde também coordena a fila de espera tanto de pacientes que necessitam de exames e consultas em outros pontos de atendimento. Para aqueles casos que exigem mais cuidado, há a programação de consultas e exames, na própria unidade, e quando não há disponibilidade, ocorre em uma unidade de maiores recursos. Existe o exame de pé diabético, todavia não existe o exame de fundo de olho, mas os usuários que necessitam são referenciados para outros centros.

Quando o paciente é avaliado na primeira consulta, é realizado avaliação antropométrica, que é verificado o IMC, altura, peso, e na identificação de obesidade ou subnutrição as medidas são tomadas (consulta médica). Quanto a obesidade são ofertadas medidas voltadas a prática de atividade física, alimentação saudável, apoio matricial do NASF, serviço especializado, e grupo de educação para quem quer perder peso.

Após esta primeira avaliação ficou combinado a realização de reuniões sistemáticas para adoção de medidas que possam melhorar a atenção às DCNT.

Na primeira reunião ficou acertado, com a equipe de saúde, que seria criado uma planilha específica para anotação dos dados tanto de Hipertensão Arterial Sistêmica como de diabetes melittus, com objetivo de controlar melhor e estratificar o risco dando mais atenção aos usuários com risco mais elevado.

Como dificuldade pode-se atentar a adesão ao tratamento por parte dos usuários, que em muitos casos não cumprem com todas as recomendações médicas. Quanto as potencialidades, pode-se elencar a união da equipe de saúde em promover uma melhor atenção a estes pacientes.

 

 

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