Controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na UBS Edith Kluppler Mendes, Município Lagarto-SE.
Na atualidade, a incidência e prevalência das doenças crônicas estão aumentando a cada dia mais, assim como suas complicações (BRASIL, 2011).
Nossa equipe realizou uma reunião, no dia 04 de Setembro de 2018, na Unidade Básica de Saúde. Contamos com a participação de uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, sete agentes comunitários de saúde (ACS), e o médico. O principal objetivo da reunião foi fazer uma auto avaliação do trabalho no tocante ao controle das doenças crônicas e suas complicações.
Foi respondido um questionário com questionamentos que nos fizerem pensar de forma crítica sobre a nossa assistência aos pacientes cadastrados com algumas doenças crônicas.
A UBS não tinha registro nenhum de usuários com diabetes e hipertensão arterial com maior risco de gravidade.
Foi programado um dia fixo da semana (quinta-feira) para a realização das consultas voltadas aos pacientes com doenças crônicas em uma tentativa de melhorar a organização das mesmas e facilitar o acolhimento da população.
A UBS não conta com marcação de exames na Unidade, mas a equipe tem uma pessoa que realiza os agendamentos pelo Sistema Único de Saúde-SUS em parceria com a Gestão da Secretaria de Saúde.
Os pacientes com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus de maior risco são avaliados na UBS e encaminhados ao Centro de Especialidades de referência que temos na cidade. Não foram achados registros de encaminhamentos, só ficha de urgência do paciente.
Realizamos exames, periodicamente, aos usuários de Diabetes e verificamos a pressão arterial, mas não realizamos exame de fundo de olho na UBS.
As pessoas com obesidade são avaliadas antropométricamente antes de entrar nas consultas sendo registrado seu peso e altura nos prontuários individuais. E realizada uma busca ativa na população, para identificar algum paciente novo com obesidade. Os pacientes são avaliados em consulta médica e encaminhados para a nutricionista e outras especialidades sim precisarem.
A equipe não conta com registros antigos de controle destes pacientes. A equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família-NASF começou realizar ações voltadas à atividade física e alimentação saudável em parceria com a nossa UBS. Ainda não contamos com ofertas de grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso, porque a população da nossa equipe mora em lugares de difícil aceso.
Foi feita uma proposta pela equipe de realizar, mensalmente, grupo educativo do Programa Hiperdia, onde os pacientes possam compartilhar das suas experiência e desafios encontrados. Além disso, propomos continuar realizando busca ativa na comunidade de pacientes com essas doenças ou que apresentem complicações e priorizaremos os exames e avaliação pelo especialista para aqueles pacientes com maior risco de complicações.
A principal dificuldade encontrada foi que a população em geral não tem um conhecimento de sua doença e dos riscos e complicações, fato que dificulta ter um controle efetivo do tratamento. Também se apresenta como dificuldade a falta de marcação na UBS para fazer alguns exames necessários para o controle e diagnóstico destas doenças, e agendamento para consultas com especialistas, por muitas vezes, demoram.
Durante essa micro intervenção foi atendido um número maior de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, tanto na consulta médica como nos grupos específicos de Hiperdia, demonstrando o bom resultado da busca ativa realizada pela equipe.
O compromisso principal e seguir trabalhando na pesquisa de pessoas com essas doenças e outras, como, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que achamos com frequência na comunidade. Além de realizar ações de saúde para diminuir os riscos e gravidade destas doenças em nossa área.
A equipe considerou essa micro intervenção de muita importância já que podemos utilizá-la como ferramenta para observar e trabalhar para melhorar ainda mais a atenção a esses usuários.
Anexo 01- Questionário das atividades realizadas no controle das doenças crônicas não transmissíveis:
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Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL |
Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?
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x |
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x |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?
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15 |
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15 |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?
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x |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?
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x |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?
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x |
Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM,existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?
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x |
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x |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?
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x |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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x |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”,se sua resposta foi SIM,existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?
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x |
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x |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?
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x |
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x |
Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”,se sua resposta foi SIM,existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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x |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?
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x |
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A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?
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x |
EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
x |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
x |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
x |
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Oferta ações voltadas àatividade física |
x |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
x |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
x |
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Encaminha para serviço especializado |
x |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
x |
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REFERENCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2010: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: MS, 2011.
Ponto(s)