29 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇAÕ PRIMÁRIA NA UBS CENTRO UM, NOVA CRUZ.

ESPECIALIZANDO: Isabel Zayas Ferrer

ORIENTADOR: Maria Betânia Morais De Paiva

Um grande desafio atual para as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) é a atenção em saúde para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Estas condições são muito prevalentes, multifatoriais com coexistência de determinantes biológicos e socioculturais e sua abordagem, para ser efetiva, necessariamente envolve as diversas categorias profissionais das equipes de saúde e exige o protagonismo dos indivíduos, suas famílias e comunidade. (1)

Na minha Unidade Básica de Saúde (UBS) foi feita uma reunião com a equipe e o tema discutido foi atenção às DCNT na atenção primária. Para isso foi respondido um questionário com as prioridades do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) sobre esse tema.

Nossa equipe realiza consulta para pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e/ou Diabetes Mellitus (DM) e cada semana temos um dia dedicado a consulta para esses pacientes com atendimento médico e de enfermagem. O tempo de espera para a primeira consulta de pessoas com HAS e/ou DM na unidade de saúde pode variar segundo o paciente. Se tiver alguma condição de risco ou gravidade, a consulta é imediata. Se não tiver, então a consulta é agendada em até máximosete dias. A equipe também utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão e avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos o que fornece um melhor atendimento.

Além disso, a equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade. Os dados foram recolhidos pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

No

Micro-área/

Prontua-rio

Nome e Sobre-nome

SUS

Idade

Tipo de

DM

Comorbida-desclínicas

Presença de úlceras

Data da última consulta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A equipe também utiliza fichas de cadastro e acompanhamento de pessoas com HAS e ou DM; realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial e programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado.

Ademais a equipe possui registro dos usuários com HAS com maior risco/gravidade. Esse registro foi preenchido com a colaboração de toda a equipe.

No

Micro-área/

Prontua-rio

Nome e Sobre-nome

SUS

Idade

Tipo de

HAS

Comorbida-des clínicas

Doença cardiaca

Data da última consulta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com relação à fila de espera e acompanhamento dos usuários com HAS e/ou DM que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção, a equipe realizar a acompanhamento e monitoramento de parte desses casos e os demais pacientes é encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e ela é a responsável de coordenar isso.

A equipe não possui o registro completo dos usuários com HAS e/ou DM de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção. Muitas vezes os encaminhamentos são feitos por outros especialistas e coordenados pelos níveis secundários sem informar à UBS nem à SMS.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com DM em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado em coordenação com a SMS; às vezes demora por causa de falta de recursos, mas são remarcados quando não for possível nesse momento. A equipe também realiza exame do pé diabético periodicamente aos usuários e exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus.

Em relação às pessoas com obesidade a equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) de todos os usuários atendidos. Após a identificação dos usuários com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2); eles são encaminhados à consulta com o nutricionista do Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF) para ofertar ações voltadas à alimentação saudável; são indicados os exames necessários e é agendada sua próxima consulta na UBS para seu acompanhamento. Se alguns desses pacientes precisa uma consulta no serviço especializado sua referência é coordenada pela equipe e pela SMS.

Em nossa UBS são realizadas várias ações na atenção à saúde das pessoas vivendo com DCNT em nosso território; por exemplo: ofertamos palestras sobre hábitos e estilos de vida saudáveis; ofertamos ações voltadas à atividade física como caminhadas pela saúde com a participação da equipe; coordenamos um grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder pesoe realizamos palestras sobre o cuidado geral que as famílias com esse tipo de pacientes precisam ter.

Depois de responder o questionário e realizada a microintervenção, a equipe aprendeu que ainda temos que trabalhar mais na atenção às pessoas com DCNT em nossa população, pois o acompanhamento fornecido não é suficiente. Temos vários pacientes com presença de obesidade sem avaliação adequada pela equipe, assim como pacientes que recusam de cumprir com as indicações necessárias.

Nossa UBS conta com várias potencialidades como a presença de NASF e de vários especialistas no municípiopara avaliar os pacientes que precisam de um acompanhamento pela atenção secundária. Além disso, contamos com a presença de um hospital municipal que fornece atendimento aos casos de urgência referidos pela equipe.

Foi identificado como uma grande dificuldade para fazer o trabalho, a presença de duas microáreas descobertas sem ACS, o que dificulta a coleção dos dados necessários, assim como o acompanhamento adequado desses pacientes.

Observamos como mudou a idéia da equipe sobre todas as ações que podem ser feitas na atenção primária para fornecer um adequado atendimento aos pacientes com DCNT.

 

REFERÊNCIAS

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 162 p. 16: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35).
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