CAPÍTULO VI:
TÍTULO: CONTROLE DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE : UM DESAFIO PARA TODO TRABALHADOR DA SAÚDE.
ESPECIALIZANDO: Kariellis Columbie Perez
ORIENTADOR: Maria Betânia Morais De Paiva
As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) são multifatoriais, ou seja, determinadas por diversos fatores, sejam eles sociais ou individuais. Elas se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. As principais DCNT são as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, Diabetes Mellitus (DM) e neoplasias e constituem um dos maiores desafios para os profissionais da saúde.
Embora a Atenção Básica (AB) tenha o papel de reconhecer o conjunto de necessidades dos pacientes e dar respostas adequadas e oportunas estas doenças, o controle depende muito da qualidade de vida dos pacientes, pois seus principais fatores de risco são tabagismo, alcoolismo, alimentação inadequada, inatividade física e excesso de peso. Como o usuário com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é, usualmente, um grande frequentador da Unidade Básica de Saúde (UBS), buscando-a por diversas razões como, por exemplo: renovação de receitas, consulta de acompanhamento, verificação da pressão e/ou glicemia, atendimento para agudização de sua condição crônica, entre outras. Em virtude da relevância desse tema, a equipe de saúde decidiu fazer uma análise na reunião mensal com o objetivo de melhorar nosso atendimento e buscar soluções para os problemas enfrentados no tempo já trabalhado. Desse modo, foram analisadas algumas questões e percebemos que nos faltava muito para um atendimento de qualidade. Na reunião de equipe utilizamos um questionário com questões norteadoras com base nas prioridades do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ. Segue abaixo o instrumento utilizado para reflexão da equipe:
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Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL |
Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?
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x |
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x |
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Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?
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7 |
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7 |
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A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?
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x |
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A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?
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x |
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A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?
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x |
Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?
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x |
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x |
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A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?
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x |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?
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x |
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A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?
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x |
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Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?
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x |
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x |
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A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?
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x |
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x |
Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso. |
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A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado? x
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x |
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A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?
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x |
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A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?
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x |
EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos? |
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x |
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Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação? |
x |
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Se SIM no item anterior, quais ações? |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
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Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS |
x |
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Oferta ações voltadas à atividade física |
x |
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Oferta ações voltadas à alimentação saudável |
x |
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Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS |
x |
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Encaminha para serviço especializado |
x |
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Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso |
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x |
Na nossa UBS a consulta de Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA) faz parte da agenda programada semanal da equipe onde as consultas são agendadas previamente pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS) correspondente. No ato da consulta, inicialmente é uma pequena palestra educativa sobre estes temas, em seguida realizamos a consulta em companhia do ACS, onde avaliamos a existências de novos fatores de risco que possam complicar a doença; se o paciente está em dia com os exames de rotina solicitados e avalia a necessidade de encaminhamento para o nível especializado nas respectivas especialidades como a nutrição, cardiologia, endocrinologia, assim como, odontologia e ginecologia. No caso dos pacientes diabéticos, seguimos o protocolo acima discriminado e realizamos o exame físico na busca por sinais de alguma lesão no pé de forma sistemática e criteriosa. No caso de incidências de novos caso é marcado uma consulta no prazo de 07 dias avaliar a condição geral doo pacientes.
Após a conclusão da análise percebemos que temos muitas fragilidades pois não contamos com um registro de usuários com maior risco e gravidade, nem um registro dos pacientes encaminhados para outro ponto de atenção, só fica registrado no prontuário individual do paciente; outra das nossas dificuldades é a baixa disponibilidade de ofertas na Rede de Atenção à Saúde (RAS) para realização do exame do fundo de olho para nossos pacientes e muitos deles não tem condição financeira para pagar o exame. Como potencialidade destaco que na nossa unidade além do Núcleo Ampliado em Saúde da Família (NASF), também contamos com o apoio da especialidade de cardiologia e ginecologia na UBS e realizamos atividades educativas voltadas para a educação alimentar e atividades físicas.
Para melhorar nosso atendimento e ter um melhor controle de nossos pacientes cogitamos a realização de diferentes registros, aumentar o número de atividades a realizar no mês, falar com a gestão para priorizar os exames dos pacientes com DCNT. Esperamos dessa forma poder contribuir para um melhor monitoramento destas doenças, sempre pensando no melhor para o paciente.
REFERENCIAS
http://portalms.saude.gov.br/noticias/43036-sobre-a-vigilancia-de-dcnt
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