27 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: ATENÇÃO AOS USUÁRIOS DO PROGRAMA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE SANTA LUZIA I NO MUNICÍPIO DE TOUROS/RN

Especializando: Joice Cristina Dantas Brandão Marinho

Orientadora: Maria Betânia Morais de Paiva

Colaboradores: Enfermeira Louyse Mayara, Agentes Comunitários de Saúde Ediene, Suely e Isis, nutricionista Amanda, educador físico Lucas

 

            Dando continuidade às microintervenções propostas, nossa equipe reuniu-se mais uma vez dessa vez, para discutir sobre nossa abordagem aos pacientes portadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) e obesidade.

            Em nossa unidade básica de saúde (UBS), dispomos de um dia, nos dois turnos, para atender essa demanda específica. Os agentes comunitários de saúde (ACS) agendam as consultas mensalmente, de modo que pelo menos uma vez por mês sejam avaliados parâmetros como pressão arterial (PA), glicemia capilar e peso.

            Em nossa opinião, esse grupo é o de maior demanda na unidade e, por se tratarem de doenças que podem evoluir para complicações sistêmicas maiores, necessita de maior atenção e uma abordagem multidisciplinar ampla e atuante. Além de ações, palestras, atividades que conscientizem não só os pacientes, mas também seus familiares e cuidadores, uma vez que uma grande quantidade desses pacientes se encontra na terceira idade.

            O questionário foi respondido na reunião de equipe e discutido as ações que nossa UBS ainda não realiza, bem como, as dificuldades na aplicabilidade delas em nosso contexto.

Questionário para microintervenção

 

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

x

 

x

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

7

 

7

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

 

x

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

x

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

x

 

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

x

 

x

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

x

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

x

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

x

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

x

 

x

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

x

 

x

 

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

x

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

x

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

x

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

x

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

x

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

x

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

x

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

x

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

x

 

Encaminha para serviço especializado

x

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

X*

 

           

            Percebemos ao responder esse questionário, que a equipe ainda precisa se aprimorar em alguns aspectos do cuidado ao paciente com DCNT entre os quais destaco:

1)    Necessidade em estratificar através de protocolos, por escrito e em folha anexa, os pacientes portadores de HAS e DM para termos maior controle daqueles com comorbidades mais graves, dando prioridade em retornos, realização de exames, encaminhamentos e maior atenção por parte do NASF também.

2)    Necessidade de obter junto a secretaria municipal de saúde (SMS) oftalmoscópios para realização da fundoscopia bem como, o treinamento dos profissionais, capacitando-os para a realização do exame. Nessa perspectiva, foi encaminhada através de ofício à SMS a solicitação dessas demandas.

3)    Ampliação do grupo de obesos criado pela SMS. As atividades do grupo tiveram início este ano, porém abrange uma quantidade bastante limitada de pacientes. O grupo conta com auxílio de psicólogos, nutricionistas, educador físico e médico. Os ACS escolhem 2 pacientes obesos e com determinação para reeducação alimentar e para realizar mudanças nos hábitos de vida e seleciona-os para encaminhamento ao grupo, que irá ter um seguimento semanal por até 12 meses. A iniciativa da SMS é interessante e esperamos que com o tempo o acesso de pacientes possa ser ampliado.

Os pacientes com DCNT possuem um grau de complexidade um pouco maior em virtude das várias comorbidades que os acompanham bem como, as passíveis de serem desenvolvidas. Por se tratar também de um grupo cuja faixa etária abrange uma quantidade significativa de idosos requer uma atenção redobrada por parte da equipe desde o acesso e acolhimento desse público que em virtude da faixa etária muitos apresentam limitações de locomoção e estão restritos ao seu domicílio. Esse aproximação promove o estreitamento do vínculo com toda equipe e estabelece uma rotina de procura pela UBS por parte dos usuários com DCNT e seus familiares.

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