24 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Observação e aperfeiçoamento na Unidade Básica de Saúde.

 

O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) tem como finalidade ampliar o acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, assegurando um modelo de qualidade comparável nacional, regional e localmente, de uma forma que permita maior eficácia e transparência das ações do governo para melhorar a Atenção Básica. (Brasília-DF 2017).

Este programa está organizado em 4 fases que se complementam, estasfases formam um ciclo contínuo para a melhoria do acesso e a qualidade da atenção básica. A primeira fase do PMAQ compreende a etapa formal de aderência ao Programa, a qual consiste em fazer contratos em que os compromissos e indicadores sejam refletidos para logo ser firmados entre as Equipes de Atenção Básica e os gestores municipais, e destes com o Ministério da Saúde num processo que abarca acordo local, regional e estadual e a participação do controle social.A segunda fase consiste em desenvolver uma série de ações que serão realizadas pelas Equipes de Atenção Básica, pelas gestões municipais e estaduais e pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de proporcionar os movimentos de mudança da gestão, do cuidado e da gestão do cuidado que fornecerá um melhor acesso e qualidade na Atenção Básica. Esta fase está composta por quatro dimensões, as dimensões de Autoavaliação; Monitoramento; Educação Permanente; e Apoio Institucional. Na terceira fase, serão tomadas ações para fazer uma avaliação externa das condições de acesso e de qualidade de todos os municípios e Equipes da Atenção Básica que existem dentro do Programa. Por último, a quarta fase é constituída por um processo de conciliação único das equipes e dos municípios com o aumento de novos indicadores de qualidade, fomentando a institucionalização de um processo periódico e organizado a partir dos resultados obtidos pelos integrantes do PMAQ. (Brasil, 2015).

Para a avaliação do trabalho o PMAQ dispõe de um instrumento de autoavaliação que ajuda na preparação de ações da equipe de saúde nomeado Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ). Com ele são identificados os nós críticos que devem ser trabalhados e melhorados, assim como, as ações de intervenção que devem ser executadas.

A autoavaliação é o ponto de partida para as ações de melhoria e qualidade dos serviços, devendo ser entendido como um processo necessário e contínuo nas ações de monitoramento e acompanhamento pelos gestores, profissionais e equipes.Os cuidados prestados nos serviços de saúde estão se tornando cada vez mais substanciais, incrementando o potencial para a acontecimento de erros e falhas, afetando a segurança do paciente nesses serviços. (Brasília–DF 2017).

Em reunião realizada coma equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) muitas questões foram discutidas e analisadas em conjunto. Utilizamos a AMAQ em nossa microintervenção como o instrumento de autoavaliação para identificar as principais potencialidades e as dificuldades que afeta a saúde de nossa comunidade.

Durante nosso debate foram avaliadas as dimensões e subdimensõesde acordo com o instrumento autoavaliativo, o problema encontrado foi na dimensão Educação Permanente, Processo de Trabalho e Atenção Integral à Saúde, na subdimensãoAtenção Integral à Saúde pela falta de ações de atenção à saúde às pessoas com hipertensão com base na estratificação de risco, a motivação da pessoa, a adesão e a resposta ao tratamento e o grau de autonomia para o autocuidado. Ainda observamoso desconhecimento da população com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) da importância de levar o tratamento adequado, tanto o tratamento farmacológico e não farmacológico.

 A atividade forneceu muita informação e conhecimentos de como melhorar este problema que afeta a gestão do paciente com hipertensão. Além disso, comunidade não tem percepção do risco e acham que a doença pode ser controlada só com remédios naturais e tratamento de curto prazo.  Não aderem adequadamente ao tratamento e desconhecem as futuras complicações que isso implica.

A HAS é uma morbidade que se não tratada de forma correta pode trazer consequências grave a saúde dos indivíduos, tais como, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva e insuficiência renal e eventos coronarianos entre outros. Devido às consequências que pode trazer o descontrole da HAS para o paciente, a família, e para a comunidade torna-se de grande relevância a abordagem deste problema para proporcionar um maior empoderamento desses pacientes e para uma melhor gestão dessa morbidade. (SBC.2016).

Diante disso foi desenvolvida uma matriz de intervenção com atividades que priorizam o fortalecimento do trabalho, como é possível observar abaixo:

 MATRIZ DE INTERVENÇÃO

 

DESCRIÇÃO DO PADRÃO: Incentivar as atividades de promoção à saúde e prevenção de complicações em pacientes com hipertensão arterial.

DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA PARA O ALCANCE DO PADRÃO: Falta de ações de promoção de saúde aos pacientes com hipertensão arterial.

OBJETIVO/META: Melhorar a atenção à saúde e prevenir as complicações da pessoa com hipertensão.

Estratégia para alcançar os objetivos\metas:

Atividades a serem desenvolvidas:

Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades:

Resultados esperados:

Responsáveis:

Prazos:

Ampliar a cobertura dos pacientes hipertensos

Cadastrar mais de 65% dos hipertensos da área de abrangência no Programa de Atenção à Hipertensão Arterial.

 

1.Humanos: Equipe de Saúde da Família.

2.Materiais: Ficha de cadastro e Prontuários. 

 

Conhecer o número real de pacientes hipertensos da comunidade.

Equipe de Saúde da Família.

60 dias.

Realizar atividades educativas para elevar o nível de conhecimento da comunidade sobre a doença.

Palestras educativas sobre estilos de vida saudáveis e principais complicações da doença.

1.Humanos: Médico.

Enfermeiro.

2.Materiais:Pôsteres, folhetos e materiais informativos atualizados.

Elevar o nível de conhecimento e percepção de risco da população.

1.Médico

2.Enfermeiro.

30 dias.

Identificar os principais fatores de risco que afetam ao paciente hipertenso.

1.Interrogatório e exame clinico apropriado do paciente.

2.Realização de exames laboratoriais.

3.Pesquisa ativa na comunidade de pacientes hipertensos com fatores de risco.

1.Humanos: Equipe de Saúde da Família.

2.Materiais:

Consultório médico.

Disminuçaõ dos principais fatores de risco no paciente hipertenso.

Equipe de Saúde da Família.

 

60 dias.

Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados:

Aumento no índice de atendimentos dos pacientes hipertensos.

Melhora na qualidade de vida e o estado de saúde do paciente hipertenso e diminuição das complicações e encaminhamentos para o serviço de emergência.

Aumento na qualidade da gestão e tratamento do paciente hipertenso

 

 

REFERÊNCIAS:

 

Manual Instrutivo para as Equipes de Atenção Básica e NASF. Brasília-DF 2017.

 

Manual Instrutivo 3º Ciclo (2015 – 2016) para Equipes de Atenção Básica e NASF. Saúde Mais Perto de Você – Acesso e Qualidade. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Brasil 2015.

 

Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica. Brasília–DF 2017.

 

7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3, setembro 2016.

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