TÍTULO V: Compartilhar para crescer
ESPECIALIZANDO: Wlysses Jhonatas Abreu Tavares
ORIENTADOR: Túlio Felipe Vieira de Melo
O baixo índice de mortalidade infantil é um importante indicador de qualidade de desenvolvimento regional. Atualmente o fascínio pelo desenvolvimento integral da criança tem aumentado mundialmente resultando na elevação progressiva da sobrevivência infantil, enfatizando que a prevenção de problemas ou de patologias nesta faixa etária promove resultados positivos e duradouros (CAMPERO et al, 2010).
Apesar dos avanços alcançados, os indicadores de saúde demonstram que ainda falta um longo caminho a percorrer para garantir às crianças brasileiras o direito integral à saúde, como assumido em nossas leis. Os índices de mortalidade infantil –embora bastante reduzidos na última década –ainda são altos, em especial no nordeste brasileiro. Na maioria dos casos, os óbitos poderiam ser evitados se as crianças fossem encaminhadas para um serviço de saúde qualificado, com uma equipe profissional preparada para atender com eficiência e agilidade. (CAMPERO et al, 2010)
Para desenvolvimento integral do programa Crescimento e Desenvolvimento, o profissional deve buscar conhecer e compreender a criança em seu ambiente familiar e social, além de suas relações e interação com o contexto socioeconômico, histórico, político e cultural a qual está inserida. Isto se torna indispensavel, pois sem o envolvimento destas questões, não atingiremos o sucesso esperado (CAMPERO et al, 2010).
As ações preventivas, foco do programa, procuram evitar complicações da criança mediante orientação às mães acerca dos cuidados para com seus filhos, identificando circunstancias de risco e buscando agir de forma antecipada nas intercorrências. (CAMPERO et al, 2010)
Frente uma realidade do aumento da incidencia de morbimortalidade infantil, demosntrada atraves de dados da Secretaria de Saúde do Natal, que demandou a necessidades de medidas a fim de reverter esta realidade. Seguindo essas orientações associadas a observado de uma diminuição da assiduidade das consultas das crianças na nossa unidade foi criado plano de intervenção.
Em reunião com a equipe 90, da UBS Parque dos coqueiros, foram respondidos os questionarios abaixo e observado que a nossa maior fragilidade, encontrava-se na falta da criação de ações conjuntas, para pomoção e prevenção de sáude dessa população. Foram introduzidos também, pelos Agentes Comunitarios de Saúde, questões sobre a dificuldade de contato com muitas familias, por não estarem presentes no domicilio durante as visitas. Vimos que não temos conhecimento de casos de violência infantil e que não estava sendo registrados os casos de acidentes. A enfermeira da equipe também compartilhou conosco os casos de mães que perderam as cadernetas e que sem o registro da folha espelho os dados dessas crianças ficam perdidos.
QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?
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X |
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A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?
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X |
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A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?
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X |
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A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?
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X |
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Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?
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X |
No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
Vacinação em dia |
X |
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Crescimento e desenvolvimento |
X |
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Estado nutricional |
X |
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Teste do pezinho |
X |
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Violência familiar |
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X |
Acidentes |
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X |
A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?
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X |
A equipe realiza busca ativa das crianças:
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
Prematuras |
X |
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Com baixo peso |
X |
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Com consulta de puericultura atrasada |
X |
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Com calendário vacinal atrasado |
X |
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A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?
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X |
A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?
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X |
A partir dessas questões, foi introduzido a ideia de desenvolvermos uma ação o CD (Crescimento e Desenvolvimento) através de consultas compartilhadas, com as crianças e seu cuidador, uma vez por mês. Tendo como meta aumentar a adesão, melhorar o desenvolvimento psicossocial, habilidades motoras, instituindo o acompanhamento das crianças quanto a educaçáo e a orientaçáo aos pais em relação ao cuidado integral, à priori a estimulação ao aleitamento materno, conscientização da importancia de respeitar o calendario de vacinação, nutrição, higiene e inclusão social.
Durante as consultas, foram aferidos peso, altura e perímetro encefálico, que são alguns dos critérios utilizados para acompanhamento do crescimento físico infantil, sendo todos registrados em gráficos padronizados pela Organização Mundial de Saúde esperados para cada faixa etária; avaliação do desenvolvimento psicomotor utilizando os marcos do desenvolvimento; analise da dieta e insentivo a uma alimentação saudavel e praticas de exercicios fisicos; avaliação da carteira de vacinação e discussões sobre a importância da vacinação; registro dos dados em folha espelho; atendimento clinico sobre as intercorrencias clinicas; distribuição de material educativo sobre prevenção de acidentes.
Com a intervenção, podemos dismitificar varias inverdades em torno da vacinação, vimos mães que não queria vacinar o filho porque acredita que pode causar morte subita da criança, por as donças ja serem erradicadas acreditar que não há necesidade, por acreditarem que são perigosas por conter mercurio na sua composição. Observamos uma necessidade de uma maior atenção sobre a reeducação alimentar, devido a prevalencia de obesidade infantil.
Desta forma observamos a importancia do programa CD(Crescimento e Desenvolvimento) no cuidado integral da saúde da criança e do adolescente, como protagonista na redução da morbimortalidade infantil, atraves da promoção de saúde, prevenção de doenças, condutas diagnosticas e terapeuticas.
Referências
CAMPERO, P.; MACÊDO, D.; LEITE, R.; OLIVEIRA, C. O.; FERRO, D.; DANTAS, M. M.; SOUZA, E.; SOUZA, L.; ROCHA, N. CD – Crescimento e Desenvolvimento: cuidando e promovendo a Saúde da Criança. Revista Extensão & Sociedade, v. 1, n. 1, 27 jul. 2010.
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