TITULO: AUTOAVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DOS INDICADORES NA ÁREA EQUIPE 115 NA UBS DR SALEM DUARTE.
ESPECIALIZANDO: DR JUAN DE DIOS MIRANDA RIEUMONT.
ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA.
Colaboradores.
Enfermeira: Aldenora Fernandes de Queiroz.
Técnica de enfermagem: Maria Luzanira Viana de Oliveira.
Dentista: Kelly Patrisa Oliveira.
Auxiliar de saúde Bucal: Antonieta Fernandes de Queiroz.
Agente de saúde comunitária: Cosma Nunes da Silva Medeiros.
Agente de saúde comunitária: Emmanuele Tayana dos Santos.
Agente de saúde comunitária: Maria Alcineide Ferreira Duarte de Meneses.
Agente de saúde comunitária: Maraia das Dores Lopes Duarte Cavalcante.
Agente de saúde comunitária: Maria da Gloria Silva.
Agente de saúde comunitária: Joana Fernandes da Silva
Agente de saúde comunitária: Maria Ubiracilda Linhares.
Agente de saúde comunitária: Zoraide Pinheiro de Andrade.
Agente de saúde comunitária: Margarida Alves .
Nesta experiência, será relatado o processo de auto- avaliação dos serviços de saúde prestados pela Equipe de Atenção Básica (EAB) da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Dr. Salem Duarte, através dos critérios avaliativos da Auto-avaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica(AMAQ).
Será descrito também a formulação de uma matriz de intervenção a partir de questões levantadas durante realização do AMAQ, que é um instrumento de monitoramento dos indicadores de qualidade do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).
O AMAQ é uma ferramenta validada nacional e internacionalmente. Ela é capaz de promover reflexões sobre as responsabilidades dos profissionais e gestores de saúde no âmbito da atenção básica, visando promover o acesso com qualidade aos serviços oferecidos (BRASIL, 2013).
Através da autocrítica, o AMAQ permite estimular mudanças na prática de saúde do dia-a-dia, para que cada vez mais os serviços se aproximem dos ideais preconizados pelo SUS e pelas políticas nacionais de saúde.
Para realização do instrumento pela equipe, foi agendada reunião técnica a fim de realizar a leitura e debate dos padrões e indicadores expostos no material. Foram convocados para reunião todos os membros da equipe de saúde. Houve a presença do médico, enfermeira e Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s). O Dentista e a enfermeira não puderam participar, pois estavam com problemas de saúde.
Foram respondidos os critérios relativos à dimensão “Unidade Básica de Saúde”, subdivisões: Infraestrutura e equipamentos (H); Insumos, imunobiológicos e medicamentos (I); Educação permanente e qualificação das equipes de atenção básica (J); Organização do processo de trabalho (K); Atenção integral a saúde (L); Participação, controle social e satisfação do usuário (M) e; Programa Saúde na Escola – PSE (N). A pontuação de cada critério era atribuída após debate e consenso do grupo acerca do tema disposto.
Para realização. O resultado das pontuações e classificação conforme critério do AMAQ, foi o disposto na tabela abaixo.
Tabela 1 – Resultado das Pontuações e Classificações dos Critérios Avaliados
Subdimensão |
Pontuação |
Classificação |
H – Infraestrutura e Equipamentos |
98 |
Satisfatório |
I – Insumos, Imunobiológicos e Medicamentos |
50 |
Regular. |
J – Educação Permanente e Qualificação das Equipes de Atenção Básica |
24 |
Satisfatório |
K – Organização do Processo de Trabalho |
100 |
Satisfatório |
L – Atenção Integral a Saúde |
262 |
Satisfatório |
M – Participação Social e Satisfação do Usuário |
27 |
Satisfatório |
N – Programa Saúde na Escola |
24 |
Regular |
Folha de resposta e classificação.
Subdimensão J: Perfil da Equipe -30 pontos .
No padrões |
4.1 |
4.2 |
4.3 |
Soma total |
Resultados obtidos |
9 |
10 |
10 |
29 |
Clasificaçao |
Muito Insatisfatorio |
Insatisfatorio |
Regualar |
|
Satisfatorio |
Muito Satisfatorio |
Pontos |
0 a 5 |
6 a 11 |
12 a 17 |
|
18 a 23 |
24 a 30 |
Subdimensão –k :Organização do processo de trabalho -120 pontos .
Classificação da dimensão: Perfil de equipe, processo de trabalho e atenção Integral a Saúde.
Subdimenções |
Muito insatisfatório |
Insatisfatório |
Regular |
Satisfatório |
Muito satisfatório |
1pt |
2pt |
3pt |
4pt |
5pt |
|
J |
|
|
|
|
X |
K |
|
|
|
x |
|
L |
|
|
|
|
X |
M |
|
|
x |
|
|
Soma dos pontos |
17 |
|
|
|
|
Após realização da auto-avaliação foi selecionado um dos problemas levantados pelo questionário para confecção de uma matriz de intervenção. Foi escolhido o problema, considerando os seguintes critérios: nota ≤ 5, factibilidade de resolução e independência da gestão municipal.
A matriz de intervenção formulada pela equipe abordou o tema acolhimento, visto ser um ponto deficiente na unidade e causador de muitos conflitos entre funcionários e usuários, causados por densidade populacional que é 6 mil habitantes. O padrão número 13, subdivisão K, “A equipe realiza acolhimento à demanda espontânea” obteve nota 4 na avaliação. As principais críticas apontadas foram: não há disponibilidade de vagas para avaliar os pacientes com os diferentes especialistas, ocorre discordâncias a respeito nas gestantes que não assistem a consultas planejada.
Quadro 1 – Matriz de Intervenção.
Descrição do padrão:
Descrição da situação-problema para o alcance do padrão: não há disponibilidade de vagas para avaliação dos pacientes com os especialistas, ocorre discordâncias a respeito nas gestantes que não assistem a consultas planejada.
Objetivo/meta: Garante que todas as gestantes assistam a consulta, e que todos
os pacientes que precisam ser avaliados por especialista para que sejam atendidos.
Estratégias para alcançar os objetivos/metas |
Atividades a serem desenvolvidas |
Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades |
Resultados esperados |
Responsáveis |
Prazos |
Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados |
|
Capacitação dos funcionários |
Encontro com gestantes que não assistem a consulta para falar da importância da mesma. |
Aula elaborada em slide acerca do tema; Notebook |
Melhorar a assistência á consulta. |
Médico. Enfermeira. |
20 dias |
Exposição de impressões em reunião técnica mensal |
|
Definição do dos usuários na UBS com diferentes doenças que realmente precisam encaminhamento e dar prioridade dependendo da sua necessidade. |
Capacitação da equipe de saúde para definição dos usuários com maior prioridade dependendo da doença .
|
Recursos humanos. |
Garantir que todos os pacientes sejam atendidos por os especialistas em tempo breve. |
Médico; Enfermeira; Direção da unidade. |
3 dias |
Exposição de impressões em reunião técnica mensal |
|
A segunda parte consistia em estabelecer uma ferramenta para registrar e monitorar os indicadores de qualidade do PMAQ. Estes indicadores são: média de atendimentos de médicos e enfermeiros por habitante; percentual de atendimentos de consultas por demanda espontânea; percentual de atendimentos de consulta agendada; índice de atendimentos por condição de saúde avaliada; razão de coleta de material citopatológico do colo do útero; cobertura de primeira consulta odontológica programática; percentual de recém-nascidos atendidos na primeira semana de vida; percentual de encaminhamentos para serviço especializado; razão entre tratamentos concluídos, encaminhamentos para serviço odontológicas programáticas; percentual de serviços ofertados pela EAB; percentual de serviços ofertados pela Equipe de Saúde Bucal e índice de atendimentos realizados pelo NASF.
Ficou estabelecido o uso dos dados do painel. Os indicadores que serão acompanhados foram escolhidos considerando a maior facilidade na coleta de dados e importância na prática diária da equipe. Os dados acompanhados serão: média de atendimento de médicos e enfermeiros por habitante, percentual de atendimentos por demanda espontânea, percentual de atendimentos por consulta agendada e número de preventivos realizados.
Como aspecto negativo, podemos apontar que, infelizmente, vários dos problemas identificados, especialmente aqueles relacionados na atenção médica especializada que dependem da gestão municipal. Gostaria que no futuro pudessem usar nossa experiência em um melhor desempenho na Atenção Básica e também como referência em trabalhos investigativos.
Durante a realização das atividades, todos os membros da equipe foram autocríticos para expor os erros do próprio trabalho e há uma tendência em continuar buscando solução as diferentes dificuldades, deficiências e mudar a realidade da comunidade.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica – AMAQ. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Série B. Textos básicos de saúde)