18 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO:  AÇÕES PARA MELHORAR O DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA UBS ERIONALDO CORREIA PEREIRA.

ESPECIALIZANDO: LIUDMILA GUILLEN FERRAN.

ORIENTADOR: MARIA HELENA PIRES ARAUJO BARBOSA.

 

Um pilar fundamental na atenção básica é o controle de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e a Diabetes Mellitus (DM), tema de trabalho desta microintervenção. Para isso a equipe de saúde realizou uma reunião no dia 23 de agosto às 14:00 horas, onde respondemos o questionário (quadro 2) que aborda as ações preconizadas pelo Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB).

Quadro 2: Ações de controle das DCNT na UBS Erionaldo Correia Pereira

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

X

 

X

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

 1 dia

 

1 dia

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

 

X

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

X

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

 

X

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

 

X

 

X

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

 

X

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

X

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

X

 

 

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

X

 

X

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

 

X

 

X

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

 

X

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

X

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

X

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

X

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

X

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

X

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

X

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

X

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

 

X

Encaminha para serviço especializado

X

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

 

X

 

Como respostas positivas temos que nossa equipe realiza acolhimento aos usuários com doenças crônicas na Unidade Básica de Saúde (UBS), realiza consulta para pessoas com hipertensão e  diabetes mellitus com funcionamento os dias de quinta-feira pela manhã. Os agentes de saúde tem um papel fundamental na divulgação do dia da consulta e também com o agendamento prévio dos clientes com diagnóstico de DCNT. Às vezes realizamos a consulta em sala condicionada dentro de cada microárea, garantindo uma abordagem mais próxima aos nossos usuários e familiares .

O tempo de espera  para a primeira consulta de pessoas com diagnóstico de HAS e DM normalmente é de 1 dia, embora possamos argumentar que no momento em que é descoberto é o mesmo momento em que a consulta é realizada.

Em cada consulta a equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular de usuários que hipertensos, as consultas e exames estão programadas para pessoas com hipertensão e diabetes, temos cadernos que garante a coordenação e acompanhamento desses usuários,

O exame do pé diabético é realizado de acordo com a estratificação dos elementos considerados no manejo do cuidado. Em relação ao atendimento de clientes com obesidade, a equipe realiza avalição do peso e altura de cada indivíduoa a ser atendido e realiza ações de promoção como entrevista individual. Se o índice de massa corporal (IMC) for igual ou superior 30, além de ser encaminhado  nutricionista, com acompanhamento desses usuários na unidade, o usuário é oferecido para fazer caminhadas como atividade fisica, palestras são realizadas na unidade e a comunidade para a alimentação saudável.

Depois de  falar sobre os aspectos positivos da nossa equipe, podemos nos referir ao negativo que ainda precisamos melhorar. Podemos dizer que a equipe usa os protocolos para estratificação de risco de usuários com hipertensão, mas não com estabilidade adequada. Não temos registro de clientes com diabetes com maior risco ou gravidade. Nós não temos uma ficha de registro para esses clientes. No acompanhamos usuários com diagnóstico de doença cardíaca em pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial sistêmica. Nós não temos um registro de usuários com hipertensão com risco ou gravidade maior, nem o registro desses usuários que são encaminhados para outro ponto de atendimento. Não realizamos exame de fundo de olho com sistematicidade, apenas encaminhamos usuários para o especialista.  A equipe de apoio matricial não monitora esses usuários na UBS e não oferece educação em saúde para pessoas que querem perder peso.

Por estas razões, decidimos fazer uma microintervenção com o objetivo de prevenir o desenvolvimento das DCNT e suas complicações, além fortalecer o cuidado dos usuários com doenças crônicas. Para cumprir os objetivo proposto fizemos algumas ações: como fazer registros de usuários com hipertensão e diabetes com maior risco ou gravidade para melhorar sua qualidade de vida, diante um acompanhamento diferente aos outros usuários com consultas agendadas com mas frequência sendo encaminhados para outro  ponto de atendimento.

Durante a microintervenção nossa equipe de saúde passou a consultar doenças crônicas na própria comunidade com boa participação de todos os profissionais. Na tarde de terça-feira é o dia de encontro da equipe. A atividade a ser desenvolvida na quinta feira é na microárea e a consulta começa com palestras educativas, de manhã e à tarde são realizadas as visitas domiciliares. No dia 27 de setembro houve uma atividade recreativa no rio São Francisco, que é uma área de nosso território, com atividade física incluída. Essa atividade foi realizada com 35 clientes e pode ser considerada uma atividade diferente e bem sucedida, visto que ela foi realizada com um grupo de usuários com diagnóstico de DNCT que realiza caminhadas 3 vezes por semana.

No transcurso do trabalho não apresentamos dificuldades, pois os profissionais tinham conhecimento com respeito ao tema com boa articulação entre os professionais da equipe que cada dia é melhor, a mudança que nos observamos nesta micro intervenção é que temos melhor acompanhamento sobre os clientes com doenças crônicas com maior risco e gravidade. Entretanto, espera-se que esta micro intervenção possa melhorar a qualidade das doenças crônicas na nossa UBS.

 

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