15 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

MICROINTERVENÇÃO Atenção As Doenças Crônicas não transmissíveis na UBS Manoel Domingos.

 ESPECIALIZANDO: BEATRIZ ROSALES PONCE

 FACILITADOR: ISAAC ALENCAR PINTO

Toda doença crônica demanda cuidados contínuos, sendo de vital importância ações de educação em saúde por parte das equipes da atenção primária ao usuário de forma geral e àquele que já encontra-se doente, buscando evitar o agravo da mesma. A abordagem deve estar fundamentada na promoção de saúde e na constituição de ambientes e contextos promotores de conscientização de que as práticas de alimentação saudável são necessárias, e que a mudança de estilos de vida não saudáveis vai garantir a saúde e o bem-estar da pessoa.

As principiais ações realizadas na nossa UBS Manoel Domingos estão direcionadas a prevenção e controle das DCNT, em particular a Hipertensão Arterial e Diabete Mellitus. Temos ações educativas para o controle de condições de risco (obesidade, sedentarismo, tabagismo) e prevenção de complicações, diagnostico de casos, cadastramento de portadores, busca ativa de casos, tratamento dos doentes, diagnóstico precoce de complicações e primeiro atendimento de urgência.

Temos como metas para o controle das DCNT:

– Pesquisa ativa de pacientes com sobrepeso e obesidade.

– Incentivar a realização de atividade física para evitar o sedentarismo.

– Promover o consumo de frutas e hortaliças.

– Promover a redução do consumo de sal.

– Promover a erradicação do habito de fumar em pacientes fumantes e em não fumantes evitar o inicio do habito.

Sendo possível isso por meio do compromisso da equipe de saúde realizar a busca ativa de pessoas com alguma complicação decorrente de alguma DCNT ou pacientes com risco de desenvolver uma DCNT. Essas ações serão desempenhadas principalmente pelo agente comunitário de saúde com ajuda dos demais membros da equipe. 

Na minha unidade de saúde, a estratégia para a prevenção das DCNT é bem simples, por exemplo: na triagem feita no dia a dia avaliamos o peso do paciente, e estatura com calculo do índice de massa corporal. Sabe-se que essas medidas corporais aumentadas são fatores de risco para as DCNT.

Diante desses achados, reforça-se a importância de intervenções precoces junto a esse público, promovendo educação em saúde, tais como incremento e adoção de hábitos alimentares saudáveis e a praticas de atividades físicas rotineiramente (para isso contamos com um professor de educação física), sendo oferecida atividade física aeróbica (aulas de zumba) três dias por semana numa das escolas que ficam por perto da nossa UBS.

É de muita importância o conhecimento por parte de nossos profissionais de saúde, dos indicadores de saúde bem como os determinantes sociais perante a conduta de tratamento. Outra ferramenta utilizada é a construção de murais interativos expostos em espaços institucionais como escolas e na nossa unidade de saúde, utilizados com o objetivo de repasse de informações sobre educação alimentar e nutricional.

No exercício da microintervenção a equipe realizou o seguinte questionário com o objetivo de avaliar a UBS e identificar as principais deficiências nessa linha de cuidado e assim poder trabalhar em prol de erradicar as mesmas.

 

 

Em relação às pessoas com HIPERTENSÃO ARTERIAL

Em relação às pessoas com DIABETES MELLITUS

QUESTÕES

SIM

NÃO

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta para pessoas com hipertensão e/ou diabetes mellitus?

 

ü   

 

ü   

 

Normalmente, qual é o tempo de espera (em número de dias) para a primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes na unidade de saúde?

 

7 dias

 

 

 

 

7 dias

 

A equipe utiliza protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão?

 

ü   

 

 

 

A equipe avalia a existência de comorbidades e fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos?

 

ü   

 

 

 

A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?

 

 

 

 

 

 

ü   

Em relação ao item “A equipe possui registro de usuários com diabetes com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe utiliza alguma ficha de cadastro ou acompanhamento de pessoas com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus?

 

 

ü   

 

ü   

 

A equipe realiza acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial?

 

ü   

 

 

 

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com hipertensão arterial sistêmica em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

ü   

 

 

 

A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?

 

 

ü   

 

 

Em relação ao item “A equipe possui registro dos usuários com hipertensão arterial sistêmica com maior risco/gravidade?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe coordena a fila de espera e acompanhamento dos usuários com hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes que necessitam de consultas e exames em outros pontos de atenção?

 

ü   

 

ü   

 

A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?

 

 

 

 

ü   

 

ü   

Em relação ao item “A equipe possui o registro dos usuários com hipertensão e/ou diabetes de maior risco/gravidade encaminhados para outro ponto de atenção?”, se sua resposta foi SIM, existe documento que comprove? Compartilhe um modelo (em branco) no fórum do módulo e troque experiências com os colegas de curso.

A equipe programa as consultas e exames de pessoas com diabetes mellitus em função da estratificação dos casos e de elementos considerados por ela na gestão do cuidado?

 

 

 

ü   

 

A equipe realiza exame do pé diabético periodicamente nos usuários?

 

 

 

ü   

 

A equipe realiza exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus?

 

 

 

 

ü   

EM RELAÇÃO À ATENÇÃO À PESSOA COM OBESIDADE

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza avaliação antropométrica (peso e altura) dos usuários atendidos?

ü   

 

Após a identificação de usuário com obesidade (IMC≥ 30 kg/m2), a equipe realiza alguma ação?

ü   

 

Se SIM no item anterior, quais ações?

QUESTÕES

SIM

NÃO

Realiza o acompanhamento deste usuário na UBS

ü   

 

Oferta ações voltadas à  atividade física

ü   

 

Oferta ações voltadas à alimentação saudável

ü   

 

Aciona equipe de Apoio Matricial (NASF e outros) para apoiar o acompanhamento deste usuário na UBS

ü   

 

Encaminha para serviço especializado

ü   

 

Oferta grupo de educação em saúde para pessoas que querem perder peso

ü   

 

 

Não foi difícil para equipe responder o questionário dado o fato de que na unidade são levadas a cabo a maioria das ações destinadas ao controle das DCNTs, mas a principal deficiência achada foi que não a UBS não possui um registro dos usuários hipertensos e diabéticos com maior risco/gravidade. Diante dessa situação, criamos um livro que registra os dados dos pacientes com Diabetes e Hipertensão, e as complicações principais que estes apresentam, para ter um melhor controle e realizar os encaminhamentos necessários e no tempo justo, para evitar mortalidade e sequelas.

Na questão da realização do fundo de olho em pacientes diabéticos, foge um pouco de nossas possibilidades a sua realização dado o fato que as consultas com o oftalmologista são agendadas na secretaria de saúde e o paciente fica em espera por longo período de tempo até que seja chamado. Como a maioria dos pacientes são pessoas com pouco poder econômico, não conseguem realizar uma consulta particular.

Dessa maneira, o nosso acionar como equipe de saúde se afeta já que a pesquisa de complicações como a retinopatia diabética se vê interrompida por questões burocráticas e relacionadas à gestão municipal. Além disso, outra  dificuldade encontradas foi a problemática da adesão ao tratamento, encontrada tanto nas nossas visitas feitas aos domicílios dos pacientes com DCNT como também na consulta de acompanhamento ao doente crônico.

Isso nos leva a refletir criticamente sobre a postura, o papel e a atuação da equipe multiprofissional no contexto da educação em saúde em direção à mudança e ao autocuidado, assim como o comprometimento do paciente na adoção da dieta, do tratamento medicamentoso e da orientação aos pacientes. Assim, realizamos nosso papel de educador, sendo o usuário o protagonista de sua própria vida formando a consciência critica do cidadão sobre os problemas de saúde e aos agravos que podem ter se não realizam uma boa adesão ao tratamento.

 

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