13 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TULO: ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO  NA UBS SANTA LUCIA, NOVA CRUZ.

ESPECIALIZANDO: DRA YAMILET FERNANDEZ FERNANDEZ

ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIEIRA DE MELO

            A taxa de mortalidade infantil (referente às crianças menores de um ano) caiu muito nas últimas décadas no Brasil. Graças às ações de diminuição da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família e a outros fatores, os óbitos infantis diminuíram de 47,1 a cada mil nascidos vivos, em 1990, para 15,6 em 2010 (IBGE, 2010). Entretanto, ainda não é possível garantir a todas as crianças brasileiras o direito á vida e á saúde.Além disso uma alta incidência de mortes de crianças menores de um ano ocorrem no período neonatal,a maioria delas no primeiro dia de vida,quase sempre por causas evitáveis nos serviços de saúde,como na atenção pré-natal,atenção ao parto e recém nascido(BRASIL, 2012).

                  Visando melhorar a atenção à saúde da criança em nossa unidade, realizamos uma microintervenção em nossa unidade, onde analisamos, em uma reunião, se são feitas todas as ações preconizadas pelo PMAQ/AB acerca da saúde das crianças. Em nossa Unidade realizamos a consulta de puericultura nas crianças até dois anos; nós usamos protocolos voltados para atenção das crianças menores de dois anos; temos o cadastro atualizado das crianças até dois anos do território (feito pelos Agentes Comunitários de Saúde); usamos a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento e há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade; embora as vezes a unidade não tenha os insumos necessários para realizar essas fichas espelho e as mesmas sejam feitas de forma manual,porque as cadernetas devem servir de roteiro e passaporte para o seguimento de toda criança.

            No acompanhamento feito pela equipe acerca das crianças do território, temos registro de vacinação (em dia ou não); crescimento e desenvolvimento (adequado ou não); estado nutricional de cada criança(aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade ou não); Teste do pezinho (data da coleta, resultado); presença ou não de violência familiar assim como de acidentes. Além disso, a equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviços (CRAS, Conselho Tutelar).

            A equipe também realiza busca ativa das crianças prematuras, com baixo peso, com consulta de puericultura atrasada e com calendário vacinal atrasado. Também desenvolvemos ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para as crianças até seis meses e ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança.

            O acompanhamento a saúde da criança é feito por toda a equipe, principalmente pelo médico e a enfermeira com o calendário de consultas preconizado pelo Ministério da Saúde, com a exceção de algumas crianças que são mais vulneráveis e necessitam de maior atenção e são atendidas com maior freqüência.

            Em todas as consultas de rotina médica ou de enfermagem, o profissional de saúde avalia e orienta: anamnese e exame físico–peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos); alimentação; vacinas; prevenção de acidentes; identificação de problemas ou sinais de perigo segundo idade, vulnerabilidade familiar e de políticas de atenção, outros cuidados para uma boa saúde, quando retornar de forma imediata ou agendada. Todos esses dados são registrados na caderneta de saúde da criança e no seu prontuário de forma manual.

            Além disso, a equipe realiza várias atividades de atendimento a saúde da criança tais como: consultas de Crescimento e Desenvolvimento (CD) coletivo; palestras sobre vários temas: aleitamento materno, benefícios para a mãe e para o bebê; prevenção de acidentes, etc; as quais foram exitosas, pois o conhecimento da população continua melhorando depois de ter sido feitas.

            São feitas referências a outras especialidades nos casos de crianças que precisam de um acompanhamento pela atenção secundária, sempre continuando seu acompanhamento na unidade básica de saúde.

Também foi feita pela equipe uma planilha para o registro das crianças da nossa área.

Micro-área

Prontuário

Nome e sobrenome

Nome da mãe

Data de nascimento

Vacinação em dia

Comorbi-dades clínicas

Risco de acidentes

Violência familiar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Contamos com várias potencialidades em nosso município, por exemplo: temos a presença do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF); temos um especialista em Pediatria para avaliar os casos que precisam de acompanhamento pela atenção secundária assim como a presença de um hospital para avaliar os casos que apresentam alguma urgência. Também contamos com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde.

            Encontramos como dificuldade a presença de duas microáreas descobertas sem Agente Comunitário de Saúde, o que dificulta a coleta dos dados necessários assim como o acompanhamento às crianças com qualidade.

            Depois de feita a microintervenção observamos quais são as ações que ainda precisam ser feitas para dar um acompanhamento adequado às crianças de nossa área. Também aprendemos quais são as nossas vulnerabilidades e como podemos trabalhar para melhorar elas.

 

 

REFERÊNCIAS

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 272 p. 18: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 33)
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