Relato de Experiência V de ALINA SUAREZ CONCEPCION

Título: A linha de cuidado em saúde da criança na equipe 011 da Policlínica Alberto Lima.

Especializando: Alina Suárez Concepción.

Facilitador pedagógico: Cleyton Cezar Souto Silva.

          A taxa de mortalidade infantil (referente às crianças menores de um ano) caiu muito nas últimas décadas no Brasil. Graças às ações de diminuição da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família e a outros fatores, os óbitos infantis diminuíram de 47,1 a cada mil nascidos vivos, em 1990, para 15,6 em 2010. (BRASIL, 2012)

          No contexto atual, diante dos desafios apresentados e reconhecendo as iniciativas e o acúmulo de experiências, o Ministério da Saúde organizou uma grande estratégia, a fim de qualificar as Redes de Atenção Materno-Infantil em todo o País com o objetivo de reduzir as taxas, ainda elevadas, de morbimortalidade materna e infantil no Brasil. Trata-se da Rede Cegonha. A prioridade da atenção à criança até 2 anos, prevista na Rede Cegonha, veio se somar ao recente lançamento pelo governo federal do “Brasil Carinhoso”, um conjunto de ações interministeriais, envolvendo saúde, educação, assistência social pela Primeira Infância Brasileira. A proposta é a proteção e o fomento ao desenvolvimento integral da criança neste período crítico e sensível da primeira infância. (BRASIL, 2012)

          Nossa equipe, 011, fez uma avaliação dos indicadores do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ/AB), em reunião da equipe, realizada na Policlínica Alberto Lima, com a presença de todas as Agentes Comunitárias de Saúde, a enfermeira, a técnica de enfermagem e a médica. Ao termino da reunião uma serie de preguntas foram avaliadas evidenciando-se no Anexo.

          A equipe não realiza todas as consultas de puericultura nas crianças de até dois anos, pelo que é insuficiente, e não está atualizado o cadastramento de crianças até dois anos do território devido á constante mudança de domicilio de um bairro da população. Para o acompanhamento, a equipe utiliza a caderneta de saúde da criança, existe uma ficha espelho ou prontuário com informações equivalentes a caderneta. A vacinação é registrada também na caderneta ou prontuário.

          Como ponto negativo encontramos que não existem registros de pacientes que sofrem de violência familiar e acidentes, registros do estado nutricional assim como os registros para o controle de realização dos testes nas crianças recém-nascidas (teste de olhinho, de orelhinha, do pezinho e linguinha),

          Outros dos aspetos analisados foi a realização de ações de educação em saúde, onde toda a equipe reconheceu que ainda são insuficientes, em relação a aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses e à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança.

          Nós vemos que temos dificuldades com o processo de atendimento as crianças e a equipe estabeleceu um conjunto de ações para dar solução as dificuldades encontradas: realizamos um registro para o cadastramento das crianças, principalmente de 0 a 2 anos de vida, que foi posteriormente preenchido pelas ACS, durante 2 semanas. Outra das ações foi elaborar um cronograma de avaliação das crianças de nossa área, começando inicialmente de 0 a 2 anos de vida.

          A equipe elaborou também os registros do estado nutricional, de acidentes, de controle dos testes de pezinho, orelhinha, olhinho e linguinha, além do registro de pacientes que sofrem de violência familiar. Os registros foram realizados durante as visitas domiciliar realizadas pela equipe, e nas consultas de puericultura realizadas atualizamos na caderneta, os dados de cada criança.

          Nossa equipe também realizou outras atividades de educação em saúde. Foram realizadas pela enfermeira e o médico da equipe palestras, conversas com as mães das crianças de até 6 meses de nascimento, com o tema de Aleitamento Materno e orientações nutricionais, com o objetivo de incentivar a prática da amamentação assim como sua importância, além de incentivar a reflexão sobre o desenvolvimento e crescimento do bebê.

          Essa Microintervenção foi muito importante porque nos permitiu desenhar estratégias para melhorar o atendimento das crianças de 0 a 2 anos, seguindo as recomendações do PMQA.

          Com essa Microintervenção, conseguimos modicar o atendimento em crianças com menos de dois anos, conseguindo incorporar a maioria de nossas crianças nas consultas de puericulturas, mediante a pesquisa ativa para recuperar aqueles sem atendimento, e assim diminuir o atendimento de doenças que podem ser prevenidas com as orientações da consulta de puericultura.

          Durante a construção da Microintervenção a maior dificuldade ficou na assistência das mães e crianças as consultas de puericultura, pelo que o trabalho continuado de toda a equipe vai ser decisivo para a realização das atividades planejadas.

          Foi uma potencialidade nesta microintervenção, a participação de todos os integrantes da equipe e ou interesse em continuar superando-se e de melhorar tudo em quanto os atendimentos relacionados com o crescimento e desenvolvimentos das crianças, para assim garantir o bem-estar de toda a população.  

Referência.

1-BRASIL. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento, Cadernos de Atenção Básica, n. 33, 2012.

ANEXO 1  

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