Neste capítulo iremos falar sobre a saúde da criança. Durante os estudos, foi proposto um questionário com preguntas sobre como estamos realizando o acompanhamento da criança para promover sua saúde. Em uma reunião de equipe, foi apresentado o questionário e respondido o mesmo, conforme a seguir, na tabela 4. Após essa atividade percebemos que nossa equipe realiza as consultas de crescimento e desenvolvimento com periodicidade, anotando as informações tanto na caderneta da criança quanto no prontuário do paciente.
Assim, com essas informações “espelhadas” em nosso prontuário, podemos ter o controle sobre as condições da criança, como a situação vacinal, por exemplo. Com isso, podemos orientar os pais sobre a importância de manter atualizada a vacinação. Procuramos realizar as consultas na época da vacinação conforme recomendado pelo ministério da saúde, aproveitando a ida a unidade para fornecer a vacina e garantir que a criança fique com a vacinação atualizada.
Então, fazemos de rotina no mínimo nove consultas para crescimento e desenvolvimento. A primeira consulta na primeira semana de vida, outra com um mês, dois meses, no quarto mês, sexto mês, nono mês e um ano de idade. Após, fazemos uma consulta com dezoito meses e outra com dois anos. A partir de dois anos pretendemos seguir a sugestão do Ministério da Saúde de realizar consultas anuais próximas ao mês de aniversário.
Tabela 4 – Questionário sobre as ações realizadas pela equipe para a atenção à saúde da criança.
QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)? |
X |
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A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos? |
X |
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A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território? |
X |
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A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento? |
X |
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Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade? |
X |
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No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre: |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
Vacinação em dia |
X |
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Crescimento e desenvolvimento |
X |
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Estado nutricional |
X |
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Teste do pezinho |
X |
|
Violência familiar |
|
X |
Acidentes |
X |
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A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)? |
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X |
A equipe realiza busca ativa das crianças: |
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QUESTÕES |
SIM |
NÃO |
Prematuras |
X |
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Com baixo peso |
X |
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Com consulta de puericultura atrasada |
X |
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Com calendário vacinal atrasado |
X |
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A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses? |
X |
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A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança? |
X |
|
Sobre o acompanhamento das crianças do território, ao fazer as visitas os agentes de saúde sempre procuram saber sobre a situação das crianças, como o estado vacinal, estado nutricional, se estão realizando a consulta de crescimento e desenvolvimento (CD), os testes ao nascer, como o teste do pezinho, entre outros, mantendo atualizada essas informações e realizado a busca ativa dos que estão com deficiência nutricional e vacinas atrasadas.
Nas visitas, a equipe aproveita para reforçar informações sobre a alimentação adequada conforme a idade da criança e prevenção de acidentes, como evitar que a criança fique na cozinha, evitar deixar ferro esfriando no chão, entre outros. Porém, o que percebemos ao realizar essa parte do questionário é que ainda não estamos muito atentos às questões sobre violência familiar. Pelo menos na nossa área ainda não houve registro, mas é preciso observar melhor o comportamento da criança e dos pais, para assim ser possível detectar esta grave situação familiar.
Sobre o aleitamento materno, desde o pré-natal já informamos as mães sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, sem água ou a introdução de outros líquidos, e que a partir de 6 meses, já podem introduzir frutas e legumes em forma de papa e sopa, sem usar liquidificador, e manter o aleitamento materno com livre demanda até os dois anos de idade. Após o nascimento da criança, procuramos visitar a mão e o recém-nascido para reforçar essa informação e observar como está sendo a pega do bebe para a amamentação.
No momento a nossa equipe não está realizando ações de promoção sobre o aleitamento, apenas passando as informações quando estamos com os pacientes. Mas o que há na nossa unidade é uma pessoa responsável por essa ação de promoção ao aleitamento materno exclusivo e introdução de alimentos saudáveis para todos do nosso território, independente da equipe a qual pertence, no caso uma enfermeira de outra equipe. Ela procura realizar essa ação mensalmente com a ajuda de agentes comunitários de saúde, e avisa para todas as outras equipes ficarem sabendo o dia da ação e passar a informação para atingirmos o máximo de mães e filhos possíveis.
Na reunião, acordamos que a questão da observação sobre a violência familiar será incluída tanto nas visitas dos agentes quanto nas consultas pelos médicos e enfermeiros, para assim ampliarmos o nosso olhar para saúde da criança e contribuir cada vez mais para o crescimento e desenvolvimento das mesmas. Na reunião dessa vez não houve a participação da enfermeira pois a mesma está em licença médica sem previsão de retorno. As consultas de CD eram realizadas mais pela enfermeira, e encaminhado ao médico quando houvesse alguma alteração.
Mas no momento, devido ao afastamento da enfermeira por motivo de doença, o médico da equipe está realizando as consultas de CD junto as consultas já realizadas sobre as doenças da infância. Por esse motivo, algumas consultas de CD não estão dentro do prazo que gostaríamos, mas a nossa equipe continua emprenhada em busca de melhorias e mantendo as reuniões com periodicidade.
Ponto(s)