7 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: A ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA NA SAÚDE NA UNIDADE DE SAÚDE SALÉM DUARTE

ESPECIALIZANDO: LEDYS HERRERA BACERRA

ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA

COLABORADORES: MEIRE SOUSA, AMANDA KALINE, IONE DE ARAUJO, MARIA EDLEUZA SOARES, POLIANA SANTANA

 

Esse capítulo traz o relato de experiência realizado sobre a microintervenção relacionada à atenção em saúde da criança, sobre a determinação dos requisitos mínimos do Programa Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB), coletados em reunião com a equipe de saúde.

O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança envolve a idade de 0 a 11 anos e o Ministério da Saúde (MS) implementa orientações em seus manuais e protocolos da saúde da criança para serem seguidos na Unidade Básica de Saúde (UBS).

Segundo o Ministério da Saúde (2012), recomenda-se sete consultas de rotina no primeiro ano de vida  na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês além de duas consultas no 2º ano de vida no 18º e no 24º mês e  a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças.

Durante todas as consultas, é muito importante o preenchimento da caderneta de saúde da criança. Além disso, deve-se explicar para os pais como buscar as informações nela. A caderneta de saúde da criança é um documento que deve ficar de posse da família e se devidamente preenchido pelos profissionais de saúde, contém informações valiosas sobre vários aspectos de saúde da criança, que podem ser utilizadas por diversos profissionais e serviços (BRASIL, 2012).

Assim, foi realizada uma reunião com a equipe com o objetivo de avaliar os serviços em saúde da criança no seu Desenvolvimento e Crescimento (CD) que são prestados pela Equipe de Saúde da Família (ESF). A princípio, a equipe ficou receosa, mas ao final acabou colaborando para a coleta dessas informações.

Foi gerado uma ficha espelho do PMAQ/AM sobre as ações na atenção a saúde da criança:

 

Fonte: PMAQ/AB

Foi constatado que a equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (CD), utiliza os protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos, possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território, utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento, havendo espelhos destas e fichas com informações equivalentes.

Referente ao acompanhamento das crianças no território, em cerca de 90% da vacinação está em dia, com acompanhamento do estado nutricional. O teste do pezinho é realizado, há a prevenção da violência familiar junto ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS)  e conselho tutelar e há a prevenção de acidentes. Os agentes comunitários de Saúde (ACS) realizam a busca ativa de crianças prematuras, com baixo peso, com consulta de puericultura atrasada ou com calendário vacinal atrasado.

Durante a reunião, como potencialidade a equipe pode expor suas ideias para os problemas estabelecidos e propor melhorias para as ações que já estavam funcionando e que são voltadas para a saúde da criança. Como dificuldades, a equipe apontou um problema na cobertura vacinal, no qual há um atraso no calendário vacinal de muitas crianças atendidas. Mas diante desse problema, a equipe interagiu e propôs ainda a realização de uma busca ativa de crianças com vacinas atrasadas.

A cobertura vacinal é um importante indicador de saúde das populações e da qualidade da atenção dispensada pelos serviços básicos de saúde, além de apontar aspectos da saúde infantil e da atuação dos serviços, subsidia o processo de planejamento, especialmente a reestruturação das ações (PEREIRA, 2009).

O declínio acelerado de morbimortalidade por doenças imunopreveníveis nas décadas recentes, em nosso país e em escala mundial, serve de prova inconteste do enorme benefício que é oferecido às populações por intermédio das vacinas (DATASUS, 2014).

Após análise situacional na qual foram observados problemas como crianças com esquema de vacinação inferior ao esperado, foi proposto uma ação para capacidade de enfrentamento do problema de esquema de vacinação inadequada das crianças na população adstrita.

Foi realizado o dia D, de vacinação em atraso, com um evento na ESF em um sábado, onde foi ofertado pipoca e algodão doce para chamar a atenção das crianças para o evento, oferecendo orientações para os pais que compareciam ao local. Assim, foi conferido a carteira de vacina das crianças e a caderneta de saúde e seu espelho da unidade e as vacinas foram atualizadas.

Com a realização dessa microintervenção, cerca de 80% das crianças que estavam com o esquema vacinal atrasado, compareceram no dia D e foram vacinadas. Esse tipo de ação mostra que qualquer equipe que se une e desenvolve um trabalho interdisciplinar é capaz de progredir para a atuação de serviços de qualidade.

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

 

DATASUS. Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI- PNI).        Ministério         da            Saúde. Disponível       em: <http://pni.datasus.gov.br/login_rel.php?pagina=CoberturaMenorUmAno.php>. Acessado em: set. 2018.

 

PEREIRA, D. R. et al. Cobertura vacinal em crianças de 12 a 23 meses de idade: estudo            exploratório            tipo      Survey.           Rev     Eletr    Enferm.,v 11,n.2,p.360-367,2009.

 

 

 

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