Microintervenção 3: Planejamento reprodutivo, Pré-Natal e Puerpério.
Dr. Roberto Gainza Santos
Facilitadora: ROMANNINY HEVILLYN SILVA COSTA ALMINO
O Planejamento Reprodutivo previne a gravidez não planejada nem desejada, permite um maior intervalo entre os partos, proporciona às mulheres a independência quanto ao tempo dedicado a sua formação educacional, ter o controle da fertilidade como primeiro passo para decidir o momento certo para ter sua descendência.
Muitas das mulheres que engravidam estão em situação de vulnerabilidade social e não possuem adesão a métodos contraceptivos de uso diário, mensal ou trimestral. Elas não têm percepção do risco que podem ter quando acontece a gravidez e ainda mais sem recursos sócios- económicos, sem família, sem casal responsável de ela como grávida e logo após nascimento da criança que aumentam as necessidades para todos entre outras situações.
Também identificamos nelas as situações de saúde que podem complicar a gravidez, como: Diabetes Pré-Gestacional o Gestacional, a Hipertensão Arterial, as Cardiopatias, Asma Bronquial antes da gravidez o de começo, os distúrbios da tireoide, os processos infecciosos incluindo as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), uso de medicamentos, o hábito de fumar e o uso de álcool e drogas.
Mantendo nosso trabalho com a prática de ações de saúde que contribuam para a garantia dos direitos humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas preveníeis e evitáveis.
Realizamos busca ativa das gestantes, incluindo as adolescentes, além da atenção ao abortamento inseguro e às mulheres e às adolescentes em situação de violência doméstica e sexual, como também fazer um grupo de jovens para discutir a sexualidade e gênero.
Desde o começo do atendimento das grávidas é feito corretamente, são cadastradas e notificadas para o Município, preenchemos adequadamente a caderneta das mesmas, solicitamos todos os exames laboratoriais e ultrassograficos correspondentes às grávidas e seus esposos.
Muitas delas são atendidas por serviços privados, mas mesmo assim são cadastradas e notificadas por pertencer ao território da UBS.
Orientamos quanto aos cuidados nutricionais na gestação e os hábitos de vida saudável que devem ter nesse período até o parto e depôs deste. Também sobre a ingestão, diariamente, dos antianémicos (Sulfato Ferroso e Ácido Fólico).
Outra consulta de muita importância é a primeira consulta de puerpério e durante este, tendo em conta os cuidados com a mãe e seu bebé, como também a importância do aleitamento materno exclusivo ao menos até os seis primeiros meses de nascido.
Com base nessa reflexão, definimos nossas potencialidades e fragilidades neste acompanhamento e logo fizemos um plano estratégico para resolver as dificuldades encontradas já descritas.
As potencialidades que tivemos foram as seguintes:
Contamos na equipe de Saúde com uma Dentista a qual atende a toda gestante que pertence à UBS, temos união com o trabalho do NASF do Município onde trabalham Nutricionista, Psicologista e Fisioterapeuta, as quais dão atendimento direito ao total das grávidas.
Elas todas fazem os exames laboratoriais e a ultrassonografia na cidade já que de esse jeito tem uma maior confiabilidade nos resultados.
Outra é que a população em sentido geral mostra um interesse real nos temas da gravidez e, além disso, muitos dos esposos começaram a acompanhar as grávidas nas consultas de seguimento Pré – Natal.
Existência da maioria dos recursos para acompanhar todas as nossas grávidas.
As fragilidades foram como seguem:
Algumas grávidas não aceitavam ser atendida pelo médico ou enfermeiro da sua área da UBS.
Comparecem às consultas sem exames e na data diferente da marcada.
Falta de conhecimento sobre a importância de começar o pré-natal até a 12ª semana de gestação.
Para melhorar esta intervenção a equipe decidiu fazer uma atividade educativa mensal sobre os temas específicos da atenção pré-natal e do puerpério com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre fatores de risco, doenças, complicações, assim como a atenção ao puerpério.
Conscientizar a toda população do território sobre como fazer um planejamento saudável de uma gravidez, através de palestras educativas na Unidade Básica de Saúde e fora da mesma em qualquer um dos espaços da comunidade.
Por exemplo, temos um dia no mês onde fazemos uma intervenção nas escolas e conversamos com os professores e alunos adolescentes sobre o tema da sexualidade responsável, que muitos deles já têm começado sua prática, mostraram para eles cartazes ilustrados deste tema, sobre as doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência e a confiança que devem ter com sua família desde o primer momento que tenham relações sexuais.
Realizamos orientação sobre os métodos anticoncepcionais disponibilizados na UBS e em nosso município, para sua aquisição e uso.
Também por parte da equipe de saúde se visitou todas as gestantes e puérperas com a finalidade de avaliar sua situação física, emocional e mental, além de ensinar como cuidar delas e de suas crianças no processo de alimentação e aleitamento materno.
O que mais gostei desta intervenção foi que todos os integrantes da equipe mostraram-se responsáveis com o assunto e o que menos gostei foi que apesar de ter feito um trabalho muito bom na UBS com as grávidas, ainda precisa – se de muitas estratégias e tempo para conseguir mudar completamente o comportamento individual delas e suas famílias, já que as costumes e religiões frenam muitas vezes o desenvolvimento correto das ações da Equipe de Saúde da Família.
Ponto(s)