Título: Controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na Unidade Básica de Saúde Paulo Amaral município Estância, estado Sergipe.
Especializando: Dra. Yuralmis Cruz Gonzalez
Orientadora: Maria Helena Pires Araújo Barbosa
Neste relato de experiência, mostrarei como nossa equipe de atenção básica de saúde realiza o cuidado de usuário com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como guiamos nossos usuários para uma vida saudável, como os ensinamos a viver com a doença, visto que embora não seja curável, pelo menos elas podem ser controladas. Nosso objetivo é criar sensibilizar as pessoas com diagnóstico de DCNT porque com isso eles melhoram sua qualidade de vida e de saúde, e a equipe de saúde aprende muito mais sobre essas doenças.
Eu fiz uma reunião de equipe onde foram abordados vários temas sobre Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus e Obesidade. Avaliamos diferentes aspectos assim como as ações que realizamos para o correto atendimento dos nossos usuários. Nesta reunião também percebemos as dificuldades pelas quais estamos passando e nos propusemos a erradicá-las com a elaboração e implementação de um plano de ação correto.
Nesta reunião todos os membros da equipe tiveram seu espaço de tempo para apresentar seus critérios. Iniciei a reunião com a fala dos Agentes Comunitários de Saúde (ASC) que mostraram quantos usuários são cadastrados por diagnóstico de DCNT, assim como quais são as características deles em termos de nutrição, exercício físico, sedentarismo e uso de medicamentos. Nós conversamos sobre o agendamento de consultas e eu expliquei que não deveriam exceder o máximo de sete dias após agendamento.
Concluímos que no dia marcado para a consulta, primeiro o enfermeiro fará a pré-consulta e então eu realizarei a consulta. Começaremos a identificar ativamente os usuários com alto risco de sofrer dessas doenças fazendo visitas domiciliares, medindo pressão arterial, avaliando como é a dieta, se realizam exercícios físicos ou não, entre outros fatores. Todos concordaram e também é importante mencionar que aproveitaremos a oportunidade para realizar palestras educativas sobre essas doenças.
É importante destacar que nossa equipe realiza consultas para pessoas com hipertensão e diabetes mellitus na quinta-feira em todas as semanas. A primeira consulta de pessoas com hipertensão arterial ou diabetes na unidade de saúde é de sete dias após agendamento. Sobre hipertensão arterial e a diabetes mellitus é preciso expor que nosso trabalho em equipe é realizado tendo em conta diversos aspetos que na sequência mencionarei.
Utilizamos protocolos para estratificação de risco dos usuários com hipertensão e avaliamos a existência e aparição de fatores de risco cardiovascular dos usuários hipertensos. Temos ficha de cadastro e acompanhamento de indivíduos que vivem com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Infelizmente nossa equipe não possui registro de usuários com diabetes e hipertensão arterial com maior risco, algo em que devemos trabalhar para aperfeiçoar nossos atendimentos.
Fazemos acompanhamento de usuários com diagnóstico de doença cardíaca para pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial, além de programar as consultas e exames tanto em nossa UBS como em outros pontos de atenção para diminuir os riscos de complicações e gerar um melhor cuidado deles. Realizamos exame do pé diabético e indicamos exame de fundo de olho periodicamente em pessoas com diabetes mellitus.
Tendo em conta a obesidade, primeiramente realizamos avaliação antropométrica dos indivíduos atendidos e, após o dignóstico de obesidade, realizamos ações como acompanhamento deles na UBS. Nós oferecemos ações voltadas, à atividade física e alimentação saudável e é importante ressaltar que acionamos o apoio matricial de acordo com as demandas apresentadas.
Reconhecemos que existem dificuldades em nossa unidade, pois não temos registro de usuários hipertensos e diabéticos com maior risco, portanto, é algo que devemos trabalhar. Esse é um desafio e vamos fazê-lo o mais rapidamente possível com a ajuda de todos os membros da equipe. Vamos também aumentar o nosso trabalho fazendo palestras educativas para toda a população, tanto aqueles que sofrem essas doenças como para aqueles sadios com o propósito de aumentar seus conhecimentos e que assim possam evitar a complicações decorrentes das DCNT.
Com esta microintervenção aprendemos que o trabalho em equipe deve ser uma prioridade para que tudo ocorra bem em nossa unidade de saúde. Também aprendemos que não é bom para nossos usuários esconder as dificuldades que apresentam porque com a nossa ajuda eles tem a oportunidade de melhorar sua qualidade de vida e de saúde. Por fim, aprendemos mais sobre nossa população e estamos cientes das nossas dificuldades e iremos erradicá-las com o nosso trabalho diário.
Ponto(s)