A LINHA DE CUIDADO EM SAÚDE DA CRIANÇA COMEÇA PELA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
ESPECIALIZANDO: OSMEL SANCHEZ GARCIA
COLABORADORA: TATIANE LIMA BEZERRA
ORIENTADORA: DANIELE VIERA DANTAS
A microintervenção 5 foi realizada a partir de uma convocação com programação estruturada e participação ativa do médico, enfermeiro, técnicos em enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e coordenador da atenção básica na Unidade Básica de Saúde (UBS)/Estratégia Saúde da Família (ESF) Centro I do munícipio de Pedra Preta, Rio Grande do Norte.
Após responder o questionário, com a colaboração mútua de nossa equipe, protocolos voltados para atenção a crianças e conhecimentos baseados em nossas experiências diárias, constatou-se que a UBS apresenta estrutura de acolhimento baseada nos principio da bioética profissional, dinamicidade no fluxograma de classificação de risco e correto atendimento com apoio na puericultura.
Nossa ESF possui um calendário para atendimento, de demanda espontânea ou programada, de consultas de puericultura na segunda-feira, pela manhã, e quinta-feira, à tarde, atendendo entre 10 e 15 crianças por semana, geralmente com doenças infecciosas gastrointestinais e respiratórias comums. Nesses casos, além do atendimento, a equipe dispõe de mural ou mini-cartaz na mesa de atendimento médico e de enfermagem no qual às mães tem a posibilidade de melhor compreender sobre as medidas gerais de prevenção das ditas doenças. Para nossa equipe, a elaboração correta da puericultura constitui um elemento essencial quepermitecriar linhas de solução possíveis para enfrentamento dos problemas de saúde.
A equipe trabalha para o cadastramento de crianças de até dois anos e para tal os ACS realizam busca ativa na comunidade, possuem cadernetas para registrar os dados das crianças e avisam o dia da consulta para as mães ou responsáveis. Na zona rural, a equipe encontra dificuldades de acesso as residências e as famílias de comparecer a UBS, devido a pouca disponibilidade de transporte.
Outra questão fundamental é a busca ativa das crianças com prematuridade e com baixo peso, enfatizando a promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida, com benefícios para diminuição da morbidade e das taxas de morte súbita do lactente; redução do risco de hospitalização por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), asma, alergias, dermatite atópica e doenças metabólicas.
O PSF recebeu da Secretaria Municipal da Saúde grande remessa de Cadernetas de Saúde da Criança que permite satisfatório acompanhamento e avaliação no atendimento, possibilitando realizar registro e orientação sobre crescimento e o desenvolvimento infantil. A UBS também realiza encontros programados com as mães abordando temas como antecedentes pessoais e familiares, pré-natal e puerpério, desenvolvimento neuropsicomotor, importância de alimentação saudávél, atualização vacinal, prevenção de accidentes, identificação de problemas ou sinais de perigo segundo a idade, vulnerabilidade familiar, consultas agendadas ou de urgencia, teste do pezinho e da orelhinha e outros cuidados para boa saúde.
Nas visitas domiciliárias e consultas reforçamos o papel do ACS e da equipe de saúde, aspectos sobre o binômio mãe e Recém-Nascido (RN) no contexto da família, apoio ao aleitamento materno, imunizações, coleta de sangue para o teste do pezinho, acompanhamento cuidadoso do crescimento e do desenvolvimento, avaliação da mamada, reforço das orientações dadas no pré-natal e na maternidade.
Outra questão do nosso plano de atenção a saúde da criança, é o acompanhamento da incidência e prevalência do índice de violência nas crianças. Em nosso município, não é comum casos desse tipo, a família é orientada sobre a importância de estabelecer limites de forma amorosa e serena para ajudar a criança a canalizar positivamente a agressividade e não se expressar de forma violenta e destrutiva. Além disso, os pais e/ou os responsáveis são orientados sobre a sexualidade e prevenção de violência sexual, sabendo-se que a criança vivencia a sexualidade pela maneira como são tocadas, seguradas, confortadas, acariciadas, afagadas e cuidadas, sendo assim deve-se estimular as crianças e a familia vínculos seguros para facilitar a formação da autoestima, da resiliência e da visão positiva do mundo.
Em nossa equipe tambem fazemos implementação de bate-papo com nossas pacientes para a identificação de sinais de violência e alterações comportamentais da criança como choros sem motivo aparente, irritabilidade frequente sem causa, olhar indiferente, apatia, tristeza constante, demonstrações de desconforto no colo, reações negativas exageradas a estímulos comuns ou imposição de limites, atraso no desenvolvimento, perdas ou regressão de etapas, dificuldades na amamentação, recusa alimentar, vômitos persistentes, aumento da incidência de doenças injustificável por causas orgânicas, com a finalidade do bem-estar individual da criança e família.
Ponto(s)