CAPÍTULO VI: DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS – UMA ABORDAGEM LÚDICA.
ORIENTANDO: WELLINGTON DA SILVA BESSA
ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIEIRA DE MELO
COLABORADORES: ESF DOS DOURADOS, NASF, CRAS E COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA.
As doenças crônicas não transmissíveis – DCNT estão intimamente associadas ao envelhecimento e à maior causa mortis das populações, segundo dados epidemiológicos. Elas abrangem as patologias cardiovasculares e metabólicas, sendo as mais comuns, hipertensão e diabetes mellitus, doenças essas que irão acompanhar o indivíduo até o fim da vida. No cotidiano dos atendimentos ambulatoriais da atenção básica, são as morbidades mais prevalentes e requisitam um olhar diferenciado por parte da equipe, pois a forma como são conduzidas ao longo do tempo irão determinar diferentes desfechos, positivos ou negativos na vida das pessoas (SILVA et al., 2017).
Diante da importância que esse assunto emana, a equipe da estratégia de saúde da família dos Dourados decidiu reservar um momento para discutir esse assunto, na intenção de buscar novas ideias e projetos para aperfeiçoamento da atenção e assistência nesse aspecto. Para isso, utilizaram um questionário (ANEXO 1) com pontos pertinentes para testar a qualidade do serviço, o qual foi respondido em conjunto. Após os resultados encontrados, viu-se que ainda existem pontos de fragilidades os quais podem ser trabalhados para melhoria da qualidade da atenção e que medidas desafiadoras precisam ser encaradas, pois alguns problemas vão de encontro com as condições de infraestrutura e insumos. Por outro lado, outras vertentes podem ser melhoradas, independentemente das limitações materiais, como a implementação de protocolos de atendimento em hipertensão e diabetes para todos os membros da equipe.
Após o conflito de ideias, a equipe decidiu realizar uma intervenção, cujo objetivo era fortalecer programas já existentes no município, como é o caso da caminhada mensal com os idosos e portadores de DCNT, grupo de tabagistas e grupo de obesos. Todos esses programas já existem e são ofertados para a população, através da parceria entre as estratégias de saúde da família e NASF. A proposta da intervenção seria um momento lúdico com o público alvo, de forma que atraísse o olhar de mais usuários para a importância das ações não farmacológicas e mudanças de estilo de vida – MEV para prolongamento da autonomia do indivíduo e melhoria da qualidade de vida.
A ação contou com presença expressiva de usuários e profissionais de saúde, em parceria com outros equipamentos sociais, CRAS e conselho comunitário. Foram realizadas palestras, rodas de conversa, atividades lúdicas e atividades físicas, de forma a tentar assegurar a atenção, permanência e fidelização das pessoas a essas propostas. A resposta dos participantes foi positiva e incentivadora da perpetuação de atividades com o mesmo enfoque.
O que se pode concluir com essa mobilização coletiva foi que, mesmo com os inúmeros veículos de informação, muitas pessoas ainda possuem pouco esclarecimento sobre o que fazer para adquirir hábitos de vida saudáveis e que sejam factíveis a sua realidade. Os portadores de DCNT são, em sua maioria, os mais fragilizados nesse aspecto, pois estão mais distantes dos portais de informação. Assim, o campo de projetos de intervenção para fortalecimento das atividades de promoção de saúde encontra-se amplo, sendo esse o alvo para a preservação das atividades já existentes e desenvolvimento de novas ideias.
Referências:
SILVA, A.M. et al. Doenças crônicas não transmissíveis e fatores sociodemográficos associados a sintomas de depressão em idosos. J Bras Psiquiatr. n.66. v.1. p.45-51. 2017.
Ponto(s)