CAPÍTULO V: ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA – A AMAMENTAÇÃO COMO PASSO FUNDAMENTAL NO PLENO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.
ORIENTANDO: WELLINGTON DA SILVA BESSA
ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIEIRA DE MELO
COLABORADORES: ESF DOS DOURADOS, ESF DO MACEIÓ, NASF E COORDENAÇÃO DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA.
O nascimento de uma criança é um marco para a história de uma família. A partir do momento que um casal decide se tornarem pais, medidas preventivas devem ser tomadas para o pleno desenvolvimento de uma gestação saudável, perdurando-se após o nascimento. O recém nascido necessita de obra prima para que cresça e se desenvolva de maneira correta. O aleitamento materno se mostra medida fundamental para que isso aconteça, pois é ele que irá fornecer os macro e micro-nutrientes nas proporções adequadas, assim como, garantirá imunidade contra possíveis doenças infecciosas. Sabe-se que é recomendado a amamentação exclusiva até os seis meses de vida, entretanto, grande parcela da população é deficitária na garantia desse fornecimento, baseado nisso, essa micro intervenção tem a proposta de informar as futuras mães sobre a importância do aleitamento materno, assim como, esclarecer mitos e sanar dúvidas e dificuldades, até então muito comuns. Dessa forma, espera-se que o percentual local de crianças recebendo aleitamento materno exclusivo aumente, alcançando todos os recém-nascidos.
Para que se chegasse ao consenso de que esse assunto deveria ser abordado, foi realizado uma reunião, dentro da equipe, para diálogo e preenchimento do questionário (em anexo), o qual demonstrou deficiências do serviço e dificuldades em alcançar todos os preceitos estabelecidos na avaliação, tornando-se ferramenta essencial para o planejamento de futuras intervenções. Além dessa atividade, realizou-se encontro entre as equipes da atenção primária, NASF e representante da gestão e a partir da vivência dos profissionais em seus ambientes de trabalho e dos seus relatos, chegou-se a um consenso sobre qual tema abordar primeiramente, tendo-se em conta o impacto que o mesmo poderia causar nas condições de saúde dos conceptos, uma vez conseguindo-se alcançar o público sugerido.
Decidido isso, elaborou-se coletivamente os assuntos a serem abordados e a metodologia de transmissão de conteúdo, palestra em data show e roda de conversa dirigida.
Chegado o momento da intervenção, contou-se com a presença de um número significativo de pessoas, metade delas sendo gestantes, além de puérperas, familiares, profissionais de saúde e representante da gestão. O público foi atencioso para com os palestrantes – médicos, educadora física, odontólogo, assim como, participativo durante as rodas de conversa e atividade lúdica.
Mediante a troca de experiências, foi possível observar vários pontos de deficiência de informação, conceitos ultrapassados e mitos tomados como verdades, transmitidos entre as gerações, o que reforça o diagnóstico situacional da comunidade sobre suas fragilidades sócio-educativas e sobre a importância de se debruçar cada vez mais sobre o tema. Entretanto, também pode-se perceber a vontade de aprender e a fixação de questões elementares quando perguntados sobre o assunto, o que reflete uma eficiência quase imediata dessas atividades promotoras de saúde sobre a comunidade, reforçando a ideia não só de educação dos mesmos, mas de futuros multiplicadores de informações àqueles não alcançados pelos programas de promoção de saúde.
É consenso entre as comunidades científicas de que o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementar até o primeiro ano de vida são medidas essenciais para que o crescimento físico e desenvolvimento cognitivo se deem de maneira plena. Além das inúmeras vantagens provenientes ao concepto e até mesmo à genitora, tem baixo custo e alta praticidade. Também é notório que os motivos que levam as mães a substituição do tipo de leite estão relacionados a questões sócio-educativas, elementos que podem e devem ser revertidos, mediante intervenções educacionais e utilização do direito de amamentar, de forma que o público alvo tenha noção da importância disso e venha a se empenhar na garantia dessas medidas preventivas, de modo que, em um futuro breve, as próximas gerações se beneficiem dessas mudanças.
Dito isso, não poderia deixar de ser mencionado o fato da equipe realizar outras atividades relacionadas a saúde da criança e do adolescente, como é o caso do programa saúde na escola e ação de prevenção ao tracoma, realizado nas áreas de maior risco. Ambos, projetos de sucesso e grande aceitação perante a população, os quais reforçam a importância das ações de promoção de saúde e tonificam o incentivo para novos projetos.
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