CAPÍTULO I:
Relato da microintervençãoI
TÍTULO:OBSERVAÇÃO NA UNIDADE DE SAUDE
ESPECIALIZANDO: LIZANDRA VARGAS GARCIA
ORIENTADOR: ROMANNINY HEVILLYN SILVA COSTA ALMINO
COLABORADORES:
TOMAS IZAGUIRRE MIRANDA: DIRETOR DA UBS
No marco da reunião quinzenal da nossa equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF) realizamos a Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica – AMAQ.
Na atividade participaram membros da equipe da atenção básica da Unidade Básica de Saúde(UBS). A reunião começou com a análise da estrutura da unidade de saúde, a qual foi considerada adequada para satisfazer as necessidades de saúde da população da área de abrangência da UBS, ao tempo que dispõe dos espaços recomendados no manual de estrutura física das UBS incluindo os parâmetros de iluminação, ventilação e área recomendadas.
A seguir foi analisado o desempenho da equipe da atenção básica. Os participantes avaliaram o monitoramento e avaliação dos processos de trabalho e consideramos que os mecanismos a serem utilizados são eficientes e garantem a correta avaliação do desempenho dos atores envolvidos e das ações realizadas tendo como principais indicadores os relativos à eficácia na satisfação das demandas de saúde da população.
Foi analisado também o estado do equipamento técnico da unidade de saúde considerando que ainda temos insuficiências nos equipamentos necessários para garantir uma atenção integral e de qualidade as demandas de saúde, uma vez que não dispomos, por exemplo, de oftalmoscópio, otoscópio e sonar Dopler de mais resolutividade. Ademais, o atendimento de urgências é carente de equipamento para o tratamento de urgências cardiovasculares.
O abastecimento de insumos responde aos requerimentos necessários para manter os níveis de higiene e limpeza recomendados pelo Ministério da Saúde. O fornecimento de imunobiológicos é satisfatório e permite atingir os níveis de cobertura vacinal e de imunização da população contra doenças preveníeis Com relação ao abastecimento de medicamentos foi considerado satisfatório, pois temos um suprimento regular de quadro básico ao tempo que garante o tratamento oportuno e regular de portadores de doenças crônicas não transmissíveis, doenças infecciosas e parasitárias que predominam no quadro de saúde da população da área adstrita da UBS.
Os processos de educação permanente não funcionam adequadamente e não existe planejamento das ações de capacitaçãodos profissionais da UBS e nem sempre as atividades de educação permanente levam em consideração as suas necessidades da equipe.
Durante a reunião foi analisada a definição do território adstrito a UBS e o estado do cadastramento das famílias que moram dentro dos limites da área adstrita, confirmando-se que todas as famílias estão cadastradas na UBS.
Outro aspecto da avaliação da AMAQ analisado pelos integrantes da equipe foi a participação social na tomada de decisões na solução dos problemas de saúde; eles salientaram que, muitas vezes, as decisões são tomadas sem levar em consideração as prioridades dos diferentes atores sociais.
A gestão da equipe de saúde bucal foi avaliada, satisfatoriamente, pois tem uma adequada estrutura física e dispõe de profissionais suficientes para o desempenho do trabalho em função das necessidades dos usuários. Além disso, evidenciamos que os insumos e medicamentos são adequados para o trabalho da equipe de saúde bucal. Embora tenham sido salientadas as deficiências na execução do plano de manutenção do equipamento.
O trabalho do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) também foi analisado, assim a equipe considerou deficiente seu desempenho, pois ainda não dispõe dos recursos humanos necessários para garantir a continuidade do atendimento a pacientes que não tem solução aos problemas de saúde no marco da equipe de saúde a família (ESF), por exemplo, ausência de fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e outros especialistas que fariam o trabalho do NASF mais resolutivo.
Por fim, depois de ter analisado o conjunto das avaliações da gestão da atenção básica, concluímos que o problema de saúde mais relevante na UBS era o acompanhamento do programa de controle do câncer de colo de útero e câncer de mama, considerando que a cobertura do exame citopatológico é muito baixa na faixa etária de 25 a 64 anos, assim como a cobertura de mamografia na faixa etária de 50 a 69 anos é praticamente inexistente devido a dificuldades de acesso a esse serviço por parte da população.
No caso do exame preventivo de câncer de colo, as dificuldades tem estado relacionadas à deficiente organização das ações de educação a mulheres na faixa etária alvo desse programa.
Assim a ESF implementou um plano de ação visando estimular a realização deste exame, através de atividades educativas em escolas, igrejas, centros de trabalhos e comunidade em geral , além das lideranças comunitárias tem sido incluídas no plano de atividades educativas para serem conscientizados sobre o impacto deste programa na expectativa de vida da população feminina, também foi implementado um sistema de agendamento de atendimento priorizados mediante os agentes comunitários de saúde (ACS), os quais realizam, simultaneamente, visitas a pacientes faltosas a essas consulta.
Segue abaixo a matriz de intervenção:
Descrição do padrão: Dimensão: Educação permanente, processo de trabalho e atenção integral à saúde Subdimensão: atenção integral à saúde 4.26. A equipe de Atenção Básica desenvolve ações sistemáticas de identificação precoce do câncer de colo uterino e de mama e faz busca ativa dos casos de citologia alterada.
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Descrição da situação problema para o alcance do padrão: A unidade de saúde apresenta baixo nível de realização dos exames citopatológico preventivo de câncer de colo de útero e não realiza mamografia em mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.
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Objetivo/meta: Realizar exame citopatológico de câncer de colo de útero em 60% das mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e realização de mamografia em 30% das mulheres na faixa etária de 50 anos a 69anos.
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Estratégias para alcançar os objetivos/metas: – Incentivar a realização de exame citopatológico de câncer de colo a mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos. – Incentivar a realização de exame de mamografia em mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. – Realizar busca ativa – Disponibilizar recursos – Controle e Monitoramento das ações
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Atividades a serem desenvolvidas (detalhamento da execução): 1- Ações educativas em comunidade, empresas, igrejas, entre outros locais. 2- Disponibilizar atendimento prioritário a pacientes identificadas no acolhimento à demanda espontânea na faixa etária de 25 a 64 anos e não tenham realizado exame de citopatológico de colo de útero. 3- Busca ativa mediante visitas domiciliares de pacientes possíveis de realizarem exame citopatológico. 4- Atendimento prioritário de pacientes com agendamento prévio em visitas domiciliares, consultas médicas e outras ações de saúde. 5- Agendamento de atendimentos para realização de mamografias em hospitais na capital do estado. 6- Fornecimento dos insumos e materiais necessários para garantir a qualidade do exame de Prevenção ao Controle de Câncer de Colo do Útero (PCCU). 7- Atendimento priorizado a pacientes com exames citopatológicos de câncer de colo de útero e mamografias com resultados positivos. 8- Registro de todos os atendimentos e procedimentos no marco do programa de controle de câncer de colo de útero e câncer de mamas;
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Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades: – Livro de atas – Canetas – Fixador – Kit de exame citopatológico de câncer de colo. – Transporte para traslado de amostras e pacientes. – Projetor – Luvas -Lâmpada auxiliar |
Resultados esperados: – Aumentar a proporção de mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos com exame citopatológico realizado
– Elevar a proporção de mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos com mamografia realizada |
Responsáveis: – Equipe de saúde da família. – Coordenador da atenção básica – Secretário municipal de saúde
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Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados: – Reunião quinzenal da equipe de atenção básica para o monitoramento dos indicadores; – Número de pacientes atendidos em consultas priorizadas provenientes de acolhimento à demanda espontânea – Número de atendimentos priorizados a pacientes encaminhado de visitas domiciliares da equipe saúde da família, ACS e consultas médicas programadas. – Número de exames citopatológicos realizados no período. -Número de mamografias realizadas no período – Número de exames com resultados positivos. – Número de pacientes em consultas de acompanhamento com exames positivos. – Disponibilidade e dos insumos e materiais necessários para garantir a qualidade dos exames cito patológicos. |
Segue abaixo o instrumento de monitoramento de um dos indicadores do PMAQ
Instrumento de avaliação dos indicadores do PMAQ na unidade básica de Saúde Davi Cavalcante lima
ACESSO E CONTINUIDADE DO CUIDADO
1-Atendimentos de médicos e enfermeiros de consultas agendadas e de demanda espontânea
Media de atendimentos por médicos e enfermeiros em demanda espontânea e consulta agendada por habitantes |
• Média de atendimentos de médicos |
% |
Média de atendimentos de enfermeiros |
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Total de atendimentos |
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Demanda espontânea |
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Consulta agendada |
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Total de atendimentos |
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Ponto(s)